25 / Dificuldade

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🥀# ANA FLÁVIA,
point off view.

Arrasada é pouco para descrever como me senti diante a rejeição de Gustavo, nunca imaginei que um dia me deixaria ser levada pela baixa estima

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Arrasada é pouco para descrever como me senti diante a rejeição de Gustavo, nunca imaginei que um dia me deixaria ser levada pela baixa estima. O cansaço físico e mental me custou me caro, as profundas olheiras pelas noites mal dormidas, a falta de sol na minha pele, dores nas costas, a saudade de um momento de descanso e a falta de coragem de retomar minha vida sexual com Gustavo por vergonha de ficar despida em sua frente, apesar de saber que ele jamais me olharia de outra forma que não fosse com amor.

Naquela noite, entrei no banheiro e tomei outro banho deixando as lágrimas lavarem meu rosto, olhando para minha barriga ainda flácida, meus seios inchados pelo leite, meu cabelo coitado, sem comentários, eu sentia minhas unhas moles e como se não bastasse tempo é uma coisa que eu não ando tendo. Meu horário de sono não bate com o da minha filha, sendo assim ela dorme e eu não. E quando eu tento dormir ela está acordada, quando tomei a iniciativa de tentar e vi que Gustavo esboçava uma reação me senti ainda pior. Cheguei a pensar que ele já tinha arrumado outra desde que eu mesma não ando me sentindo bonita para nada, ter um bebê suga suas energias de uma maneira...

Sei que não ando sendo fácil, meu humor está péssimo, assim como a minha cara nos últimos dias. Eu nunca passei tanto tempo sem ter um orgasmo, então quando ataquei Gustavo que dormia profundamente na cama, eu estava sedenta, não era uma questão apenas de precisar, eu necessitava daquilo.

Veio o dia seguinte e Gustavo não me procurou, assim veio dois, três, uma semana, um mês e mais alguns dias... Me perguntava se ele estava sentido falta do nosso contato, se sentia falta da nossa relação, dos nossos momentos de carinho, é como se somente eu me lembrasse de como é bom ter aquilo, seu toque, seus beijos, seu pênis me possuindo e me fazendo dele... O calor chega sobe e meu bombeiro não está aqui para apagar meu fogo, ô mundo injusto.

Para a graça de Deus Aurora resolveu concordar com meu horário, o que deveria ser mais um incentivo para Gustavo se recordar que a quarentena acabou há tempos - minhas olheiras sumiram, mas o cansaço e a falta de tempo não, Gabriela ainda aparece para me visitar - cá entre nós, ela sempre vem ver a Aurora, fui jogada para escanteio até por Gabi, então é aí que me desabafo, tentando tirar metade do peso que está sobre as minhas costas.

— Ele mudou a carga horária dele? Porque para dar conta de dois empregos, socorro! Amiga, se você quiser dar uma de Rochelle, e gritar: eu não preciso dessa merda, meu marido tem dois empregos. Você pode.

— É, mas ele não é meu marido. — Digo óbvia.

— Dá no mesmo Ana, estraga prazeres. — Solto uma risada da careta que ela fez.

— E Sim, Gustavo reduziu os horários, demais até, mais para me ajudar do que para ele descansar. — Posiciono Aurora em meus braços e ela abocanha meu seio assim que o sente, seus olhinhos estão arregalados pelo choro recente e eu apenas a acalmo enquanto ela dá suas sugadas fortes, traçando meus dedos em sua cabeça, lhe fazendo um carinho. — Devagar meu amor, mamãe não vai fugir.

Romance | Miotela ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora