III - Cupido

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Cupido

Há quem diga que o cupido é um anjo
Que agracia corações com suas flechas
Mas digo a ti, cupido, que não prestas
Pois tu só causas dor e desarranjo.

Sei que não passas de um monstro sangrento
Com tuas garras disfarçadas de flores
Destrói corações cheios de amores
Enchendo-os com lástima e tormento.

Ai de mim julgar-te por aparência
Nada mais és que um grande impostor
Que de nada entende sobre o amor
Agindo apenas por conveniência.

Se tu confias tanto em tua missão
Acerta, então, teu próprio coração!

Andreo Lima

Versos soturnos e outros escritos sobre o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora