Criminoso

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*NOTAS DA AUTORA*

Boa noite meus amores, que jogo foi esse hein? Quase dei um troço kkkkkk mas agora estou aqui para alegrar (ou não) a noite de vocês 😂
Então espero que gostem e desculpem quaisquer erros 🖤

Boa leitura a todos! 🫶🏻
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Fiquei em silêncio tentando ouvir o que eles iriam conversar, mas acabou que não foi nada demais, eu sabia que Raniele não iria conseguir falar nada pro Garro, não tão recente assim.

Me afastei da porta e ela logo se abriu, eles entraram e me encararam, eu abaixei a cabeça e suspirei fundo, precisava me concentrar e treinar bem, não podia deixar nenhum pensamento tirar minha concentração.

Quando o treino acabou, Raniele me esperou no estacionamento, eu o vi parado perto do meu carro, e já imaginava que ele queria conversar.

- Você ia falar algo pra ele mais cedo? - Me aproximei já perguntando do assunto que eu queria saber.
- Eu ia... Mas não consegui. - Ele respondeu colocando as mãos dentro no bolso do moletom.
- Entendi... Eu também não iria conseguir.
- Mas nem é sobre isso que eu quero falar com você, quero dizer pra você não deixar minhas pernas doendo igual ontem.

Comecei a sorrir ao ouvir essa frase.

- Você que pediu. - Me aproximei dele o suficiente para nossos rostos sentir a respiração um do outro.

Eu quase o beijei, se ele não tivesse me segurado pela cintura.

- Não podemos aqui...

Revirei os olhos e dei dois passos para trás, era óbvio que ele estava com medo do Garro aparecer, mas eu deixei passar dessa vez.

- Vou indo nessa então, a gente se fala amanhã, no majestoso.
- É mesmo... Temos um jogo importante amanhã.
- Depois de tantos dias corridos e loucos, eu perdi a noção do tempo e dos ocorridos. - Respondi sorrindo.
- Eu também... Até amanhã então.

Dei um abraço rápido nele e entrei no carro, voltei para a minha casa e tentei descansar o máximo que eu podia, eu tinha que entrar com tudo nesse clássico paulista.

E como eu havia prometido pra mim mesmo, foi feito, raça e vontade não faltou da minha parte, fiz o que pude em quase noventa minutos de jogo, a vitória passou perto da gente.

- Droga, não queria empatar! - Resmunguei fechando o armário do vestiário com força.
- Acontece, acontece. - Coronado falou batendo nas minhas costas.

Eu tinha reparado que o Raniele estava muito mal na partida, cansado e dolorido, e já imaginava o porquê, me aproximei dele enquanto o via trocar de roupa.

- Não correu nada hoje.
- Claro, depois daquele dia, não consigo nem agachar direito, minhas coxas doem.
- Você foi bem louco também né? Me segurar assim, ainda mais eu que peso oitenta quilos.
- Você tem razão, mas foi muito bom. - Ele abaixou a cabeça e começou a sorrir.
- Idiota... Vamos embora daqui.

Terminamos de nos trocar e fomos andando até o ônibus, percebi que minha mochila havia ficado para trás e voltei para buscá-la.

Entrei no vestiário e vi que a mesma estava no canto, abaixei para pegar e ouvi duas pessoas conversando por trás da porta do banheiro.

- Você disse que era pra eu vir sozinho né? Eu contra você!
- Tá metendo o louco? Me deixa em paz que é melhor pra você!

Eu conhecia aquele sotaque de argentino, abri a porta lentamente e bisbilhotei mais um pouco.

- Mas você falou, você me ameaçou em campo.
- Ameacei? Você mereceu, agora vai embora porque esse português horrível seu tá me irritando.
- Todos ustedes son bandidos...
- Como é?

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