Entre o amor e o ódio existe Kim Taehyung.

Laços. 🏀

— Por favor, entre. – Hoseok deu passagem e sua visita entrou. — Fique a vontade!

— Obrigado.

Hoseok a recepcionou muito bem vendo que seu ômega híbrido parecia disperso. Taehyung o ajudou a ir até o quarto enquanto o alfa fazia sala para a visita mais velha. Não queria forçar nenhum contato com seu ômega, por isso achou melhor Taehyung o acompanhar até o quarto para se acalmar.

— Me desculpe, eu não queria incomodar vocês.

— A senhora não incomoda. – Hoseok a entregou um copo com água. — Como você está?

— Muito bem. – A mulher suspirou cansada. — Como ele está? Vejo que ele sorrir mais.

O alfa sentiu seu coração gelar, ficava pensando o quanto aquela mulher era forte. Abriu mão do próprio filho para vê-lo feliz, o deixou ir para longe para que pudesse sorrir. Queria muito que Yoongi conseguisse se acertar com sua mãe. Mas tudo seria no tempo do seu ômega.

Hoseok ficou conversando com a mulher sobre Yoongi. Havia um sorriso bonito no rosto da mais velho e agora ela parecia mais tranquila ao saber que seu filhote estava de fato feliz.

Demorou poucos minutos para Yoongi voltar para a sala sendo acompanhado de Taehyung, Hoseok apenas se aproximou e puxou o ômega para o quarto. Deixaria Yoongi sozinho com sua mãe, eles precisavam daquilo.

— Oi Mãe, a senhora está bem? – Yoongi sentou de frente para mulher.

— Sim, agora eu me sinto bem. Você parece feliz, fico tranquila em ver isso.

— Eu tenho pessoas que me amam de verdade, mãe. Eu tenho um lar e um lugar para voltar.

— Que bom meu filho, que bom. – A mulher sorriu larga. — Eu queria pedir perdão, mas sei que jamais serei merecedora disso.

— Não tem nada para perdoar. – Yoongi a tranquilizou. — Eu sei que a senhora não pode largar aquele homem, mas mesmo depois de tudo, você foi uma boa mãe.

— Eu teria sido uma boa mãe se te poupasse de todo o sofrimento. Mas fui incapaz de proteger meu único filhote.

— Por favor, pare de falar isso mãe. – Yoongi se aproximou da mesma e segurou suas mãos geladas. — Eu tenho um alfa e um ômega que me amam muito, com eles eu consigo amar e viver feliz todos os dias da minha vida. Eu quero casar e construir minha família, quero ter filhotes. Eu tou feliz mãe, a senhora me ensinou que mesmo com as dificuldades não devemos desistir. Terei uma família e continuarei a nossa linhagem, não se preocupe mãe, eu serei muito feliz.

— Eu sei que sim meu filho, eu desejo tudo de melhor para você. – A mulher beijou a testa de Yoongi. — Você merece isso, merece ser amado de verdade. Me perdoa meu filho, me perdoa por dar a você um pai tão ruim, me perdoa por não dar um lar que você tanto queria. Me perdoa por ser uma ômega fraca e submissa.

— Mãe, não diga essas coisas. – Yoongi enxugou as lágrimas da mais velha e sorriu fraquinho. — Eu sou grato por tudo que você me deu. Por favor, não diga tanta bobagem. Eu estou aqui mãe, o seu filhote ainda está aqui.

A senhora Min chorou baixinho e abraçou o seu filhote. Yoongi era tudo em sua vida, tudo aquilo que perdeu e restou. Era por ele que aguentava tudo e se sentia muito bem em proteger a dignidade de seu único filho.

Agora em seus braços Yoongi era aquele garotinho fofo e chorão. Aquele híbrido bagunceiro que era o terror de seus vizinhos. Yoongi era o seu bebê, seu único filhote e bebê tão amável e adorável. Era o seu único amor.

Se arrependia por não ter construído o lar amável que seu filhote precisava, mas ficava com o coração quentinho ao saber que agora, Yoongi iria construir sua própria família.

— Eu preciso ir agora. – A mulher se afastou um pouco.

— Volte outras vezes. – Yoongi sorriu e se levantou junto da mulher.

A senhora Min se despediu de Hoseok e Taehyung deixando claro que cuidassem muito bem de seu filhote, mas também alegou que voltaria para um almoço em uma tarde de domingo. Algo que deixou Taehyung muito animado, queria muita saber sobre a vida do pequeno Yoongi terrorista.

— Mãe... – Yoongi a chamou quando a mulher já se afastava. — Diga a ele que eu o perdoou. – O híbrido sorriu largo. — Diga ao meu pai que eu o perdoou por tudo.

A mulher apenas concordou e segurou o seu choro. Hoseok abraçou Yoongi por trás enquanto Taehyung espalhava beijos por todo o seu rosto arrancando uma gargalhada gostosa do híbrido.

O resto da noite se passou lentamente, Yoongi foi mimado pelo o alfa e ômega com direito a comida na boca e cabelos lavados na hora do banho. Agora deitado entre os dois, Hoseok e Taehyung discutiam qual filme eles queriam assistir na noite. O que sempre acontece é que no final, Hoseok sempre fazia tudo o que Taehyung queria.

— Eu amo vocês.

Yoongi soltou de uma vez e o falatório entre os dois foi silenciado. Hoseok o olhava com os olhos brilhando e Taehyung com um sorriso largo.

— Diz de novo Yoonie? – Taehyung se deixou em seu peito, abraçando cada vez mas a cintura do híbrido. — Eu gosto quando você diz isso em voz alta.

— Sim Yoonie, diz de novo. – Hoseok fez um biquinho fofo e Yoongi riu alto.

— Eu disse que, eu amo vocês. – Yoongi corou envergonhado. — Obrigado por tudo, obrigado por não desistirem de mim.

— Eu vou cuidar de vocês pelo o resto da minha vida, eu prometo. – Hoseok deixou um beijo em cada um. — Meus ômegas.

— Eu sinto vontade de comer morangos com café. – Taehyung atraiu atenção dos dois e sentou na cama de uma vez o fazendo ficar tonto. — Vou buscar, alguém quer?

— Dispenso. – Yoongi disse de uma vez e Hoseok concordou. — Cuidado pra isso não te fazer mal, Tae.

O ômega apenas concordou e logo correu até a cozinha. Procurou os seus morangos e o café gelado, enfiou as frutas no líquido e comeu. Poderia até ser uma combinação estranha, mas Taehyung se deliciou com aquilo por horas.

Por fim, o ômega dengoso ganhou tudo. O filme da vez era novamente Enrolados. Hoseok e Yoongi apenas aceitaram e os três assistiram aquele filme animado de princesas que Taehyung tanto amava.