Entre o amor e o ódio existe Kim Taehyung.

Yuna 🧸🎀

Taehyung já estava com seus nove meses de gravidez e não conseguia mais segurar a ansiedade. Queria ver o rostinho de Yuna e sentir o seu cheirinho. Segurar em seus braços enquanto depositava vários beijinhos em seu corpinho. Tentar controlar sua ansiedade era algo quase impossível nas ultimas semanas. Lembrava claramente quando saiu às pressas para ir até o hospital quando Seok-Min iria nascer, lembrou da sensação e a dor agonizante.

Hoseok e Yoongi estavam lá, prontos para dar todo o suporte que precisavam. Mas agora se encontrava sozinho com seu primogênito. O alfa e omega foram juntos ao mercado graças a insistência do próprio omega grávido. Conhecia bem aquela dor, sabia que estava pronto para entrar em trabalho de parto. Queria ao menos ter forças para levantar do sofá, precisava de seu alfa e ômega.

Seok-Min encarava Taehyung com seus olhinhos curiosos, desatento a dor que o omega sentia. Em passos lentos o pequeno se aproximou e segurou na mão de seu mama, mostrando que estava ali para qualquer coisa.

Doce e inocente criança.

— Mama!

— Tudo bem meu bebê, está tudo bem. – Respirou fundo e fez um esforço para pegar o celular e ligar para um de seus maridos. Foi atendido imediatamente. — A-Amor... Yuna vai nascer...

Taehyung nada escutou, apenas jogou o celular em qualquer lugar e tentou manter a calma. Logo os dois chegariam para levá-lo até o hospital.

O ômega sentia-se o mais sortudo do mundo. Hoseok era um alfa atencioso e Yoongi um híbrido prestativo. Seu filhote era a coisinha mais fofa desse mundo. Ele estava ainda ao seu lado segurando a sua mão, suas orelhinhas estava caídas e o rabo enrolado em sua própria cintura. De fato era um gatinho manhoso.

Não demorou para Taehyung ver um alfa todo descabelado e preocupado. Hoseok entrou com uma certa pressa e se aproximou do omega verificando se estava tudo bem. Selou sua testa com um beijo casto.

— Yoon está no carro, vamos meu amor. – Ajudou Taehyung a ficar em pé e pegou seu filho em seu colo. — Perdoe-me por deixá-lo sozinho, eu sabia que não deveria ter ido.

— Seok estava comigo. – Taehyung tentou sorrir para seu filho que agora estava deitado no ombro de seu papá. — Ele segurou minha mão e não soltou em nenhum momento.

— Você cuidou do mama? – Hoseok olhou para seu filho. Ajudando Taehyung a entrar no carro.

O ômega até tentou disfarçar a dor para não preocupar nenhum deles, mas foi impossível não gritar quando uma dor aguda o atingiu em cheio. Automaticamente levou sua mão até sua barriga avantajada e respirou fundo. A mão de Hoseok era segurada com uma certa força e Yoongi se mantinha concentrado naquele maldito trânsito.

Deixou as etiquetas de segurança para lá quando avançou alguns sinais e ultrapassava em velocidade alta. Seu ômega estava com dores e nada mais importava naquele momento, apenas o seu ômega e sua filhotinho.

O Hospital estava logo à frente e Yoongi parou de qualquer maneira, correu até o seu ômega e segurou o mesmo em seu colo. O sentimento de culpa estava instalado em seu peito, prometeu ser um bom companheiro para seu ômega, mas agora ele sentia dores e estava sozinho quando mais precisou.

Era culpa sua.

— Está tudo bem Yoon, ei.. – Taehyung segurou em seu rosto e beijou seus lábios, encarou os seus olhos cheios de lágrimas e sorriu largo. — Eu vou ficar bem meu amor, eu tenho vocês aqui, tudo vai ficar bem.

— Me desculpa Taehyung. – Yoongi deitou o ômega na maca e segurou sua mão. Sentiu uma mão forte em suas costas e respirou aliviado, Hoseok estava ao seu lado.

— Yuna logo logo estará aqui, não seremos mais quatro. – Taehyung segurou a mão de Hoseok e sorriu para seu pequeno filhote. — Sua irmãzinha vai nascer.

— Apenas o companheiro pode entrar na sala. – O médico informou.

— Yoongi, você pode entrar, eu vou ficar com nosso filhote. – Hoseok beijou o topo da cabeça de seus dois ômegas. — Eu vou esperar vocês.

— Eu te amo!

Hoseok assentiu para os dois e os viu sumir, sentou em uma cadeira próxima e abraçou forte o seu pequeno filhote. Tudo estava calmo, Taehyung estava calmo e isso era muito bom. Yoongi precisava dessa calmaria, o seu senso de responsabilidade falava mais alto de vez em quando, e naquele momento, Hoseok sabia o quanto o seu ômega estava se culpando por tudo.

Seok-Min começou a brigar com sua própria cauda enquanto Hoseok mexia em suas pequenas orelhas. Seu filhote era a coisa mais linda de todo aquele mundo, Seok-Min era a junção dos três e tudo era perfeito. O seu rosto de gatinho puxou de Yoongi, não tinha dúvidas. Era perfeito!

— Papa.

— Sim meu anjinho, tudo bem? – Hoseok olhou para seu filhote que tinha os olhos cheio de lágrimas.

— Mama, papa. – Apontou para a sala por onde Taehyung entrou.

— Seu mama vai voltar junto do papa e Yuna. – Hoseok o abraçou forte. — Papa promete.

O pequeno apenas acenou e deitou no colo do mais velho. O tempo parecia que havia congelado, tudo estava parado, as horas não passavam. Mas o mundo voltou quando Yoongi passou por aquela porta com o sorriso mais intenso de todo o universo, Hoseok já sabia.

— Ela é linda Hobi, ela é sua cara. – Yoongi correu até Hoseok e Seok-Min e os abraçou forte. — Oh meu Deus, ela é sua cara.

— Como Taehyung está?

— Bravo. – Yoongi riu baixinho. — Ele contou que quer outro, que venha com a cara dele. Me disse que cansou de fazer cópias nossas.

— Resumindo, ele está ótimo. – Hoseok riu um pouco e Seok-Min acompanhou o mais velho. — Quando podemos vê-los?

— Agora, vamos Seok-Min, vamos ver sua irmã.

Yoongi praticamente saiu correndo na frente com o pequeno em seus braços. Hoseok entendeu que tudo que Yoongi queria era uma família que poderia amar. E ele prometeu que faria tudo, o impossível se fosse preciso para que o seus ômegas tivesse todo amor que merecem.

Porque Yoongi e Taehyung eram amor, Seok-Min e Yuna eram felicidades. E sua família? Sua família era a esperança dos – agora – cinco.

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