O Sonho de uma Army

Quatro paredes

Eles corriam atrás de mim pelos corredores

"Eu não passei vergonha o suficiente?"

Quando acreditei que havia conseguido despistar a trupe em um movimento, Jin me alcança e me coloca sob seus ombros. Eles abrem a primeira porta que vêem e entramos em uma sala. Jin me coloca no chão e todos nos encaramos

- Quando saiu do hospital?

- Eu tive alta de manhã... E vim buscar o cancelamento do meu contrato - Balancei o envelope nas mãos

Todos me olharam com os olhos arregalados

- Não, mas... Eu mandei o Miro... - Yoon-gi tomou o envelope da minha mão e eu ri de sua cara quando abriu e viu o conteúdo - Sem graça

- Que proposta é essa? - Me sentei no sofá que havia na sala

- Vem trabalhar comigo - Balancei negativamente a cabeça - Qual é May... Não pra mim... Comigo. Você tem boas idéias, sabe deixar eu explorar meu lado artístico e não tem medo dos outros diretores - Yoon-gi abaixou na minha frente colocando as mãos nos meus ombros e me balançou com cuidado

Nesse momento ouvimos um pigarro de Namjoon e os meninos começaram a rir baixinho

- O que? - Olhei confusa para todos que riam baixo e se entre olhavam

- Namjoon proibiu Yoon-gi de dar uma de August D com você - JK ria e se escondia do líder atrás de Jimin

Eu ri e olhei para Nam que revirou os olhos

- Todos pra fora... Vai vai - O líder pediu e um a um seus meninos saíram

- Sabe que ele, igual aos outros, é como um irmão pra mim né - Nam se sentou ao meu lado no sofá

- Eu sei... É só implicância... E talvez uma pequena ponta de ciúmes - Ele riu

- Acha que eu deveria aceitar? - Balancei o envelope que Yoon-gi me devolveu antes de sair da sala

- Acho - Nam olhava no fundo dos meus olhos

Estávamos meio de lado no sofá, ficando frente a frente a uma distância que pudéssemos nos encarar. Gostávamos disso, conversar olhando o todo um do outro

- Você é capaz de chegar até onde nem sonhou ainda, Yoon-gi vai te ajudar e você vai cuidar que ele chegue ao sucesso sem se matar de trabalhar - Havia cumplicidade em suas palavras

- Não está falando isso só para eu ficar perto?

- Não. Eu quero que fique perto, quero que fique comigo, mas não por que comprei você com um super emprego - Ele riu - Por que nossas vidas se encaixaram

- Você ganhou - Arfei

- Nós ganhamos - Ele sorriu e me puxou para perto

Deitei em seu peito e ficamos ali, naquela sala silenciosa, sentindo o calor e a calma um do outro

- Não tentando ser ganancioso, mas aproveitando os "Sim" que estão acontecendo... - Um gelo percorreu meu corpo. O que ele quer dizer? - Você poderia ir morar comigo? - Levantei meu rosto encarando o seu que já olhava para baixo para analisar minha reação

- Já falamos sobre isso, Nam - Me levantei e virei para ele

- As conversas sobre o exército vão começar - Ele baixou o olhar e eu senti uma aflição - Conversamos entre os membros e Jin quer ser o primeiro a ir e depois vamos alinhando os outros. Temos um tempo ainda, serão as primeiras conversas para organizar as ideias, mas ainda sim, eu quero passar esse tempo com você - Fiz um carinho em seu rosto e ele continuou - Sem despedir a noite, podendo te ver acordar...

- Tem visões melhores - Eu brinquei com ele

- Pra mim não tem - Ele me apertou e enfiou o rosto no meu pescoço me fazendo rir

- Tudo bem - Ele me olhou surpreso - Eu topo ir morar com você

Ele levantou do sofá e me puxou, me abraçou e começou a me rodar. Rimos até que ele tropeçou em uma mesa e me soltou acudindo sua perna

Nam pegou o envelope e uma caneta me entregando. Eu abri e assinei concordando em ser a nova Diretora do grande Suga/ August D
Saímos da sala e fomos em direção à sala de Miro

- Oi... Você pode entregar para ele? - Entreguei o envelope para a secretária

Caminhamos até o elevador, a porta se abriu e eu e Nam entramos sorrindo

- Então a senhorita saiu de alta do hospital e não me avisou - Ele cruzou os braços, olhava para frente

- Você não ia deixar eu vir - Eu fazia uma cara fofa tentando amenizar a situação

- Você vai cumprir o que me prometeu certo? - O elevador parece que descia em passos de tartaruga quando Nam me encurralou

- Claro que vou, mas você tem certeza do que está fazendo? - Estávamos lado a lado olhando para as portas do elevador que não se abriam nunca

- Quero aproveitar todo tempo que ainda vou ter com você, quero vir te ver nas minhas folgas, enviar cartas no período que vamos ficar separados. E na minha casa você vai ficar mais confortável. Podemos manter seu apartamento para quando eu precisar gravar - Nam pegou a minha mão - Quero colocar em prática algo que uma pessoa me ensinou - Olhei para ele curiosa - Casa não são quatro paredes caríssimas...