Episódio Piloto

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"Para: Lorran e Ingridh, por serem loucos pelo MCU♡."

   📺 Westview (EUA) - 23 de Agosto de 1959 (ou 2022) Luz, câmera, ação /Izuku's POV/



Estava limpando a louça, telecineticamente.

O bom de ter poderes é justamente este. Você pode fazer mil coisas ao mesmo tempo se quiser. Como se fosse a fada da bela adormecida, apenas dando comando aos objetos, e eles obedecem.

O aspirador de pó limpava sozinho. O esfregão molhava o chão da cozinha. A máquina de lavar também trabalhava só, mas ela não precisava do meu poder para isso.

Ergui o prato no ar e tentei levá-lo até o armário, concentrando-me, apenas com a mente. Mas de repente, alguém atravessa o corredor da cozinha e interrompe o caminho. Sem querer, o prato lhe acerta a cabeça. O barulho dos cacos de cerâmica se partindo e caindo no chão me assustam.

- Deku e seus pratos voadores! - Katsuki resmungou, raivoso, balançando a cabeça. O loiro estava lendo o jornal. Não tenho culpa! Eu não tinha ideia que ele acordaria agora! Nem sequer o ouvi abrindo a porta para pegar o jornal, ou descendo as escadas.

- Kacchan e sua cabeça indestrutível. - Retruquei, pois é verdade. Esse é um dos poderes dele, invulnerabilidade.

Quem dera ele tivesse esse poder antes. Apenas o acrescentei.

Então, sorrimos, até que foi engraçado.

Na cabeça dele, não é a primeira vez que isso acontece.

- Não somos um belo casal? - Ele se aproxima, dando-me um beijo na testa. Apenas sorrio e junto os cacos com meu poder, como se fosse um quebra cabeça. O prato se remonta, novo em folha.

Agora, levo o prato até a mesa, onde ele se sentou e abriu o jornal. Chego por trás dele e começo a massagear seus ombros... Mas ao mesmo tempo, minha cabeça está trabalhando.

- Como foi a noite? - Pergunto. Abro o refrigerador e faço o pote de geleia vir até a mesa.

- Perfeita. - Ele responde.

Recolho sua caneca do armarinho e a faço voar até sua mão.

- Nenhuma notícia ruim? -

Ele se serve com café e o leite fresco que recolheu pela manhã, trago o pão do forno para junto de si.

- Não, parece não ter notícias ruins por essa região. Você escolheu um belo local pra morar, amor. - Ele me elogia, uma onda de orgulho me preenche enquanto sento na mesa e me sirvo também. Claro que já tinha tomado café, mas trabalhar com a mente cansa e dá fome. Preciso me fortalecer.

- Não tem nada melhor do que uma vida tranquila no subúrbio. - Começo a passar geleia no meu pão.

- Tem alguma coisa especial para hoje? - Ele me pergunta, retirando os olhos do jornal e passando a me fitar.

- Bom...se está falando do avental, é porque estou tentando me adaptar. - Comentei, meio intrigado. Acho que não é normal nessa época homens usarem roupas de mulheres.

Mas eu não preciso me preocupar, aliás, se eu quero, é normal.

- Eu adorei...- Senti a mão de Kacchan segurar minha coxa...e então subir, para dentro do avental.

- Ka-kacchan! - Sinto um arrepio, e então retiro a mão dele da minha pele. Kacchan sorriu e voltou a segurar o jornal. Em seguida, deu um gole no seu café.

- Mas, não é isso...- Ele dá uma mordida no pão. - É que...você marcou um coração no calendário. - Ele solta o jornal e aponta.

Retiro o calendário da parede e o trago até a mesa com meu poder.

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