Colorido (1972)

1 0 0
                                    


📺 Westview (EUA) - 5 de Setembro de 1972 (ou 2022) Luz, câmera, ação /Izuku's POV/

- Definitivamente grávido. - O médico confirmou.

Ele retirou seu estetoscópio da minha barriga e o guardou na maleta, marrom. - Já tínhamos percebido. - Comentei, cínico. Minha barriga está gigante, é óbvio que estou grávido.

- É que nos pegou desprevenido, foi de repente... Bem de repente! - disse Kacchan, rápido e assustado.  - Foi de um dia para o outro...er...como isso aconteceu? -

- Bom, quando um casal se ama e eles vão para a cama juntos, eles...

- Não! Idiota! - Kacchan Interrompeu o médico. Arregalei meus olhos. - Desculpa doutor mas é que...bom...

- Calma Kacchan! - o tranquilizei. - O que importa é que entramos no mundo cor de rosa...ou azul. - Ou seja, sabia que já estava grávido o suficiente para saber o sexo do meu bebê.

Mas, prefiro que seja surpresa.

- Bom, você está de oito meses, certo? - O médico perguntou. Confirmei com a cabeça. Já Kacchan, ele negava. - Bom, medimos o crescimento do bebê por meio das frutas. Quatro meses o feto é mais ou menos do tamanho de uma maçã. Cinco meses de uma pera. Aos seis, uma toranja. Sete, abacaxi. Oito, melão e nove, uma me-lan-cia. - O médico sorria, e eu também.

É para ser engraçado. Tudo aqui é para ser engraçado. Cada personagem, cada fala, cada cenário. Eu controlo isso.

- Hipoteticamente falando, que fruta seria em...nove dias?

- Ah....nove dias?- O médico não tinha respostas. Era óbvio, eu não programei sua mente para isso.

- Acho que esse questionamento é infrutífero. - Interrompi. Então, apenas dei um risada sem graça e comecei a levar o médico à saída.

- Hipoteticamente falando, devemos nos preocupar? - Kacchan continuava a perguntar. Merda...isso não é comum para ele.

- Hipoteticamente falando, todo futuro papai fica assim, nervoso. - O médico fez carinho em suas costas. O controlei para que tranquilizasse Kacchan.

- Kacchan, por que não acompanha o médico até lá fora? - Sugeri. Então, entrei na sua mente. Fiz ele esquecer essa preocupação.

- Boa ideia. - Kacchan concordou e portanto, levou o doutor até a saída.

Respirei fundo. Dei um jeito na situação.

Admirei a janela, o céu azul e fiquei ali, no meio da sala. Passei a mão na minha barriga, após sentir o bebê chutar. Abri um sorriso. É tão...real. Nem mesmo o manipulei para isso, mas ele fez! Poderia chorar ali mesmo. Poderia tê-lo agora... Poderia segurá-lo agora!

É isso! É isso que quero! Vou fazer ele sair hoje mesmo. Não vou mais esperar...

- Miau! - Dabi se aproximou de mim. Senti ele se esfregar nos meus pés.

- Oi fofinho, acordei tão apressado hoje que esqueci da sua comida. - desculpei-me. Então, fui até a cozinha e despejei um pouco de ração no seu pratinho. Dabi miou feliz e veio correndo se alimentar. Se eu pudesse, o acariciava, mas não posso me agachar com esse barrigão.

Escuto uma porta se abrir e rapidamente me viro para ver quem é. Sem pensar, me assusto, pois Kacchan correu como o flash para segurar o melão que derrubei sem querer.

- Meu Deus! Nem vi que a cesta de frutas estava aqui. - Exclamo. Pelo menos ele segurou a fruta antes dela se espatifar no chão.

- Bom...mal posso esperar para segurar o meu...melãozinho. - Kacchan brincou.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 07 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Esteriotipados Onde histórias criam vida. Descubra agora