No avião, Cristal começa a lembrar de alguns momentos de sua vida com David, como a primeira vez que ela lhe pediu ajuda, “Professor, será que o senhor pode me ajudar com a Revolução Lawsonica? –Pede Cristal”. “Claro! –Responde David se aproximando dela”.
Ela lembra também de como David costumava se aproximar a cada explicação que dava, de como ela ficava sem jeito quando ele começava a passar a mão em seu cabelo, a deixando tímida. E também, da primeira vez que saíram juntos como homem e mulher. “Aonde vamos? –Cristal perguntou”. “Ao cinema. Está passando um filme lindo de época, você vai gostar. –Respondeu David”.
Cristal se lembra de como David costumava ser cavalheiro e gentil com ela, de quando abria a porta do carro para ela entrar, de no meio do filme ele passar o braço por sobre os ombros dela e a puxou para mais perto. “Está gostando do filme? –David perguntou”. “Ele é bom! ”. Ela olha para ele, que a encara, depois coloca a mão no queixo dela e os dois se beijaram.
Cristal sacode a cabeça para se livrar desse pensamento, mas se lembra da última vez que eles fizeram as pazes. “Eu prometo que não vai acontecer de novo. –Disse David”. “Promete mesmo? –Perguntou Cristal”. “Prometo, nunca mais. Agora, você pode me perdoar? ”. “Sim. Eu te perdoo”. “David beija ela”. “Obrigado amor. –Sussurrou David nos lábios de Cristal”.
David a aperta mais em seu corpo e a beija com mais intensidade. Ele passa a barba por fazer, do rosto até o pescoço de Cristal, que estremece toda. Então ele a pega no colo, a leva para o quanto, e a coloca na cama. Depois tira a camisa e vai para cima de Cristal que é salva pelo celular, que começa a tocar.
-Deixa tocar Cris. –Pedi David se inclinando sobre ela.
-Tenho que atender, pode ser a minha mãe.
-Se for ela, depois você retorna! –Insisti David, beijando o pescoço dela.
-Não posso David, sinto muito. –Disse Cristal empurrando David de cima dela e atendendo o celular.
David senta-se na cama, chateado, enquanto Cristal fala no celular.
-Oi mãe! Não, eu já... eu já vou.Cristal desligou o celular.
-David, eu tenho que ir...
-Fica comigo essa noite. Liga para a sua mãe e diga que amanhã você vai vê-la, e fica comigo essa noite. Vamos continuar o que começamos antes da sua mãe ligar? –Pede David, beijando o pescoço dela.Cristal empurrou David.
-Não posso David.Então David se afastou furioso.
-Toda vez é a mesma coisa. É só o clima esquentar entre nós, que seu celular começa a tocar e você pula fora.
-Eu não tenho culpa do meu celular tocar.
-Comece a desligar ele quando estiver aqui em casa.
-Não posso fazer isso.
-Claro que pode. Sabe de uma coisa, acho que você combina isso com a sua mãe ou com outra pessoa para ligarem sempre que estamos juntos.
-Isso não é verdade.
-Mas é o que parece.
-David, isso não é justo.
-Engraçado, eu também acho. Parece que você tem medo de ficar comigo.
-Não é medo.
-Então é o que?
-David, eu não estou preparada para o que você quer. Mesmo se meu celular não tocasse, eu pularia fora.
-Então não gosta de mim.
-Eu gosto sim, e muito.
-Então por que isso agora?
-Eu já disse. Não estou preparada.
-Como você não está preparada Cristal? Eu sinto seu corpo dizer que me deseja a cada reação que tem quando te toco.
-E eu desejo.
-Se você me deseja, por que você não deixa acontecer.Cristal respirou fundo, olhou nos olhos de David e respondeu.
-Por que sou virgem!
-Qual é Cristal, não vem com isso de “sou virgem”. Já estamos juntos há um ano e meio e você sempre usa isso como desculpa.
-Eu não uso isso como desculpa não David.
-Então você usa como o que?
-Estou vendo que essa conversa não vai dar em nada. Vou embora.
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Pacto de Fidelidade
RomanceEm meio a uma guerra centenária entre duas casas rivais, um casal se destaca trazendo paz e esperança aos que querem o fim dessa briga e a tão sonhada união de uma família dividida pelas mentiras e intrigas de homens gananciosos.