Capítulo 4

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   Bem longe dali, em um bar na bela Hasvelger, dois homens começam a discutir.
-Ninguém ganha do mestre das cartas! –Diz um dos homens com sotaque volgeis.
-Sempre tem uma primeira vez! –Discorda o garoto com sotaque lawsonico.
-Não com comigo jogando!
-Cuidado, você pode cair do pedestal.

   Nessa hora um rapaz chega e se senta ao lado do volgeis.
-Sabia que te acharia aqui.
-Sempre!
-Trouxe um amiguinho para te ver perder, volgeis? –Pergunta o lawsonico.

   O rapaz olha para o garoto.
-E quem é você, garoto? –Pergunta o rapaz.
-Sou Petrick Hayde, um simples estudante de história. Bom, na verdade, não estou estudando mais!
-Então você é mais um desses malandros que se acham!

   Petrick olha para o rapaz.
-E quem é você?
-Sou Estiven Valantaine, um simples jornalista!
-E eu sou Remy Ledruy, o Mestre das Cartas. Pronto, apresentações feitas. Podemos voltar ao jogo agora?

   Eles começaram a jogar e algum tempo depois Petrick ganha à partida em cima de Remy, que se enfurece.
-Eu disse que sempre tem uma primeira vez. –Diz Petrick pegando o dinheiro.

   Remy segura à mão de Petrick.
-Vamos jogar de novo!

   Eles começam a jogar e mais uma vez Petrick ganha.
-Isso não está acontecendo... O Mestre nunca perdeu uma partida de poker. –Diz Estiven pasmo.
-Vamos jogar novamente. –Diz Remy irritado.

   Então ele percebe que todo seu dinheiro já havia sido apostado e ganho por Petrick. Remy se irrita mais ainda. Percebendo isso, Petrick se levanta.
-Bom, cavalheiros, já está na minha hora. –Diz Petrick pegando o resto do dinheiro que ganhou. –Eu gostaria muito de ficar e jogar com vocês, mas tenho coisas a fazer.

   De repente algumas cartas caem da roupa de Petrick.
-Ops!
-Ele estava roubando! –Diz um dos homens que assistiam ao jogo.
-Não! Eu chamo isso de manipulação a meu favor! –Diz Petrick.

   Ao dizer isso, ele começa a correr. Estiven manda seus homens atrás dele e Remy vai também, mas Petrick consegue fugir.
-Senhor, o rapaz conseguiu fugir.
-O pegamos depois, agora temos coisas mais importantes para resolver. –Diz Estiven, mostrando lhe um cartão.

   Estiven e Remy vão para uma cabine reservada do bar.
-Mestre, meu pai me mandou porque ele está um pouco preocupado com as coisas que andam acontecendo por lá. –Começa Estiven.
-O Velho Guardião preocupado? Isso não é boa coisa! –Diz Remy.
-Não mesmo!
-Com o que ele está preocupado?
-Há mais ou menos um ano a casa de Lucian anda agitada e meu pai teme que eles tenham achado a herdeira da nossa casa!
-Não pode ser!
-Por isso meu pai me mandou. Mestre, ele já está velho e acha que você é o melhor rastreador que ele já treinou!
-A casa pode contar comigo sempre.
-Obrigado!
-Mas onde eles a acharam?
-O rastreador deles não saiu da cidade, então ela deve estar lá!
-E as pistas de Kandrak?
-Se perdeu há três anos na casa de uma garota chamada Branca. Chegamos tarde demais ao endereço, elas já haviam partido um dia antes e a garota não sabia para onde! –Ele olha para o teto do bar. –E só o que temos é o nome da mulher que a criou, Elizabeth.
-E a garota?
-Nenhuma das pessoas que conversamos lembrava o nome da garota, só que ela estudava o dia todo e só aparecia em casa para dormir.
-Então temos que agir logo, se o Velho Guardião acha que a casa de Lucian a achou, temos pouco tempo.
-Sim, Mestre! Vamos voltar o mais rápido possível para Rosenkruz.
-Vou ligar para o aeroporto e reservar passagens para nós no primeiro voo para Krusnik.
-Faça isso mesmo, Mestre!

   Remy liga para o aeroporto. Não muito longe dali Petrick, já seguro em seu quarto no hotel, olha a sacola cheia de dinheiro, pega o telefone e liga para alguém.
-Scott, é o Petrick.
-Pet, sabe que horas são?
-Não, mas sei que é tarde.
-Cara, são 2hs da manhã.
-Desculpa, cara, mas preciso saber onde está o Peter, preciso falar com ele.
-Ele foi para Amshyel, lembra?
-É verdade, tinha me esquecido disso.
-E por falar nisso, onde você está dessa vez?
-Hasvelger. Pego um voo hoje para Krusnik.
-Vem direto para Rosenkruz?
-Não. Vou para Tandraz. Devo chegar lá as 06h50, pegar um carro e acho que por volta de 12h já devo estar em Amshyel. Sabe se o Peter já arrumou aquela paradinha para mim?
-Ele ainda não ligou. Mas do que adianta ele arrumar isso para você? Você não tem dinheiro para comprar.
-Agora eu tenho, o trabalho aqui foi bem lucrativo.
-Se meteu em confusão de novo?
-Só um pouquinho. Fiz o limpa em um cara aqui, os homens de preto do amigo dele quase me pegaram, mas eu escapei.
-Tem que tomar mais cuidado, Pet. Alguém conhecido dessa vez?
-Não, só o cara mais conhecido das mesas de poker. Dizem que ninguém nunca ganhou dele.
-Você ganhou de um cara que nunca perdeu?
-Bom, foi sorte a minha.
-Sorte ou seu dom de manipulação?
-Os dois. É muito difícil ganhar dele só contando com a sorte, e ele aposta sempre quantias altas. Foi um bom investimento.
-Espero que esse investimento não nos traga problemas. Quando volta para Rosenkruz?
-Acho que gasto um dia para resolver o que tenho que resolver por lá.
-Assuntos pendentes? Vai se meter em confusão aqui também?
-Não se preocupe, Scott, o assunto que me leva a Amshyel é familiar. Há pouco descobri que minha tia e prima estão morando lá.
-Ah, é. Você comentou isso mesmo.
-Precisava de você lá também.
-Não sei se vou poder ir, mas farei o possível.
-Obrigado!

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