Capítulo 1

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Chego em casa cansada. Hoje o dia foi bem corrido, já que meu plantão se estendeu das 5:40 até às 18:00.

Suspiro ao tirar o meu jaleco branco e pendurar no cabideiro.

Olho ao redor, o carro de Bill estava na garagem, mas ele não está no meu campo de visão. Subo as escadas em passos calmos, seguindo o caminho até a nossa suíte.

Ao abrir a porta, vejo que não há ninguém no quarto. Bill deve estar em seu escritório.

Me sento na cama e tiro os meus sapatos, colocando eles na sapateira em seguida.

Vou para o banheiro da suíte e ligo a torneira da banheira em uma temperatura agradável. Tiro minha roupa e coloco do cesto para lavar.

Aproveito o tempo de esperar a banheira encher, para apagar a luz e acender algumas velas, tornando assim, o ambiente mais confortável.

Quando finalmente entro na banheira, sinto uma sensação gostosa da água entrando em contato com a minha pele, arrepiando todo o meu corpo. Fecho os olhos e suspiro, me acostumando com a sensação.

Escuto Bill entrar no quarto.
- Amor?

- Estou aqui.

Ele se escora na porta e dá um sorriso.
- Quer companhia?

- Só se você buscar um vinho para gente antes.

Seus olhos percorrem todo o meu corpo antes de ele finalmente sair.

Em dois minutos ele já estava de volta, com duas taças e um vinho.

- Aqui. - Ele as coloca na beirada da banheira.

Enquanto tento tirar a rolha do bico da garrafa, percebo de canto de olho, Bill tirando suas roupas apressadamente.

Ele morde os lábios ao entrar na banheira ao meu lado.
- Como foi seu dia?

Sirvo as taças e então pego uma.
- Bem corrido, e o seu?

- Estou quase terminando de escrever The Black Rapids.

Dou um gole no vinho, chego mais perto dele e sussurro.
- Que bom, depois me conte mais sobre isso.

Ele pega minha taça e coloca ela no canto da banheira. Sinto o forte cheiro de seu perfume a medida que nos aproximamos.

Coloco minhas mãos em sua nuca e sinto suas mãos se aconchegando em minha cintura.

E então, ele finalmente cola nossos lábios em um beijo feroz. Nossas línguas se entrelaçam em uma dança sincronizada. Suas mãos descem até chegar na minha bunda, deixando fortes apertos alí.

O som das nossas respirações ofegantes e o leve murmúrio de prazer, se misturam ao som dos nossos lábios que se movem em uma intensidade quase selvagem.

Até que de repente, o som estridente do meu telefone invade o momento.

Tentamos iguinorar, nossos corpos se pressionando ainda mais. Mas a insistência do som estava quebrando totalmente o clima.

Bill separa nossos lábios.
- Você deveria atender. - Escuto seu sussurro ofegante.

Com um suspiro relutante, eu me afasto lentamente dele, sentindo um frio repentino ao sair da água. Seco minhas mãos na toalha e caminho em direção à pia, onde meu celular barulhento está.

Pego o telefone e vejo um número desconhecido. Deslizo o dedo para atender.
- Alô?

Coloco no viva-voz.
- Bertha Ripsom? É o Mike, de Derry. Bill está aí com você?

Sinto minha mão ardendo. Uma cicatriz parecia se formar na região. Olho para Bill, que parecia estar na mesma situação.

- Vocês tem que voltar para Derry o quanto antes.

House of Ballons 2 → Bill DenbroughOnde histórias criam vida. Descubra agora