Dia 16

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A noite Lena está em seu escritório em casa, com seu laptop aberto em sua mesa. Ela está encostada na cadeira, os olhos sem ver o e-mail aberto na janela do navegador, já que sua mente só conseguia reproduzir a última parte do dia em sua cabeça.

Ela sorri novamente e contorna o lábio inferior com os dedos. Ela não precisa pensar muito para lembrar o quão feliz Kara respondeu à sua pergunta com um pensamento que você nunca faria. Kara sorriu, mais brilhantemente do que Lena já tinha visto, e pressionou a testa contra a de Lena. A mulher de cabelos negros esqueceu de respirar novamente enquanto Kara segurava seu rosto com mãos suaves e reverentes, como se Lena fosse a coisa mais preciosa que ela já segurou.

Então ela beijou Kara.

E Kara a beijou de volta.

As borboletas em seu estômago se agitaram livremente, o que provavelmente explicava a leveza contra a suavidade de tudo o que Kara. As bochechas de Lena queimaram com o toque de Kara, segurando-a como se ela fosse um sonho, e Lena só podia sentir o gosto de novos começos há muito desejados em seus lábios.

Kara se afastou apenas alguns centímetros, a testa ainda pressionada contra a de Lena, apenas para sussurrar oh, você é real contra os lábios de Lena.

Lena riu e encostou o nariz no de Kara. "Muito mesmo, minha querida."

Kara sorriu e capturou os lábios de Lena de novo, e de novo, e de novo.

"Ah Merda."

Lena se afastou de Kara surpresa e voltou sua atenção para a direção da nova voz. Seu olhar pousou em uma ruiva alta, de cabelos cacheados e uniformizada. Lena percebeu que ela era membro da equipe.

"S-desculpe! Desculpe", a mulher se desculpou, desviando o olhar. "Oh meu Deus, eu estraguei o momento, uh-"

"Está tudo bem," Lena riu, mordendo o lábio. "Eu peguei a garota de qualquer maneira."

Kara riu disso e se afastou para encarar a funcionária, embora estivesse perto o suficiente para que seu braço tocasse o de Lena. "Está tudo bem?"

"Sim, apenas." A mulher ergueu a mão esquerda para mostrar o relógio. "Sua hora acabou e estamos prestes a deixar entrar um grupo de crianças. Só, você sabe, avisando você."

"Caramba," Kara murmurou. "Obrigada."

A mulher assentiu e saiu. Quando ela se foi, Kara e Lena caíram na gargalhada simultaneamente; Lena pressionou o rosto contra o ombro de Kara, enquanto Kara ajustava os óculos sem jeito.

"Ainda bem que ela veio e nos contou", suspirou o repórter. "Comportamento classificado como X, Lena."

Lena bufou e ergueu uma sobrancelha curiosa. A loira apenas sorriu e rapidamente roubou um beijo dos lábios de Lena que fez o ar sair dos pulmões da mulher de cabelos negros novamente.

É estranho como os movimentos são fáceis para eles - como se já tivessem feito isso uma vida inteira antes e estivessem apenas encontrando o equilíbrio mais uma vez, juntos.

Aparentemente satisfeita, Kara riu e pulou para o recinto dos pinguins. Lena a observou com um rubor que nunca deixou suas bochechas; Kara se despediu dos pinguins e tirou mais algumas fotos com seu celular. Quando ela voltou para Lena, ela pegou a mão da mulher e gentilmente a conduziu para fora da área de exposição.

"Vou enviar mensagem para Alex com todas essas fotos mais tarde", Kara riu.

Quando chegaram à área principal, Lena viu uma loja de souvenirs que apontou para Kara, que ficou boquiaberta ao ver um grande pinguim de pelúcia.

HOLD ME, MY DEAR - AND DON'T LET GO - SUPERCORPOnde histórias criam vida. Descubra agora