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...Jenna me puxou pela cintura e eu sorri me virando pra ela.

Sem pensar muito eu apenas puxei o rosto dela a beijei

Jenna, apesar de surpresa, retribuiu o beijo na hora.

As suas mãos, que ainda estavam na minha cintura, apertaram a mesma me trazendo para mais perto dela.

- Eu me alivio com um pouco de tudo. - Soltei de uma vez só parando o beijo.

Jenna me encarou confusa e com os lábios levemente mais avermelhados que o normal pelo meu beijo.

- Sobre o que a gente falou mais cedo. - Continuei. - Eu já fumei e bebi por achar que aquilo levaria a minha dor embora, eu já fiquei em relacionamentos tóxicos sem nem sentir nada pela pessoa, já vivi apenas de cafeina e não dormi por noites seguidas, já me cortei, e esses anos todos, eu estive em silêncio, esse foi o meu maior pedido de ajuda. Agora eu...

- Eu não posso ser o seu novo vício. - Me interrompeu com o olhar chateada.

As mãos de Jenna que apertavam a minha cintura, foram lentamente soltando a mesma e eu encarei ela sem saber o que fazer.

- Eu não quero e nem posso ser o seu novo vício. - Falou.

- Jenna, eu...

- Vícios machucam, e de um jeito horrível, eles te aliviam. Eu não quero me machucar e muito menos que você não consiga viver sem mim. Eu quero te ajudar, eu quero ficar do seu lado e te mostrar que você pode sim viver sem nenhum vício. - Soltou tudo de uma vez só olhando no fundo dos meus olhos.

Eu encarava ela, em choque e sem nenhuma reação.

E lá estava ela, parecendo uma porquinha da Índia que se afogou.

Eu gosto um pouco mais do que deveria dessa porquinha da India afogada.

A única coisa que eu consegui fazer, foi puxar o rosto dela e beijar ela mais uma vez.

Esse beijo era tudo, menos o que eu esperava. Eu já fiz piadas pesadas e sexuais sobre Jenna, mas o beijo dela, era superior. O seu beijo era uma mistura violenta e carinhosa.

Eu me sentia consumida pela sua paixão e intensidade.

Aquilo era tudo que eu precisava.

O nosso beijo foi interrompido por um barulho do lado de fora.

[...]

- Vocês foram completamente irresponsáveis, imaturos e até agora eu não consigo entender como vocês fizeram isso. - Quase gritou a diretora nos encarando.

- Diretora, eu... - Tentei falar mas fui interrompida por ela.

- Não, Emma. Eu quero ouvir ele falar. - Apontou para o babaca do meu lado.

- Diretora, eu não pensei quando fiz... - Justificou Percy e eu revirei os olhos.

- Não pensou... - Repetiu a diretora frustrada. - Você tem o cérebro como enfeite agora?

- É que uma garota... - Tentou explicar ele novamente mas foi interrompido pela diretora.

- Você chutou a bola tão forte e tão longe que a bola atravessou a janela da sala de artes. Você ia acertar a sua colega Emma. Ela, pra se defender, bateu na bola e aí a bola de futebol bateu na cara da sua professora de artes. - A diretora contou o que todo mundo já sabia.

- Eu realmente sinto muito... - Tentei me desculpar.

No fundo, eu ouvi Jenna prendendo a risada, o que me fez olhar feio pra ela.

- Percy, você vai ficar de detenção a semana toda, não vai para casa por um fim de semana e eu vou ligar pros seus pais. - Falou a diretora com a voz firme e eu arregalei os olhos, lembrando que a mãe do Percy é uma lutadora de MMA mundialmente famosa.

A diretora se levantou e ele com o olhar assustado se colocou de pé também.

- Emma, minha querida, espere por mim aqui. - Pediu a diretora antes de sair da sala.

Assim que ela saiu, eu cobri o meu rosto com as minhas mãos e Jenna caiu na risada.

Eu retiro o que disse, a risada dela contagia os meus ouvidos.

Me levantei e encarei Jenna com ódio.

- Foi tão ruim assim? - Perguntou se aproximando.

- Ruim? - Ri desacreditada. - Foi terrível! Quando a bola bateu na cara da professora Eduarda, voou sangue do nariz dela pra todas as telas de pintura. - Expliquei e ela gargalhou mais uma vez.

Assim que Jenna parou de rir, ela encontrou a minha cara de bunda.

- Você falou com o Moosa sobre ele ter encontrado a gente na piscina? - Perguntei lembrando do que aconteceu há algumas noites atrás.

*flashback*

O nosso beijo foi interrompido por um barulho do lado de fora.

Olhei assustada para o Moosa que tinha acabado de entrar no lugar aonde a gente estava.

Ele olhou pra nós com os olhos arregalados, e então viu que ambas estávamos apenas de roupa íntima e muito próximas.

- Bem que a Jhonna avisou... - Contou com um sorriso.

Eu continuava encarando o Moosa sem reação enquanto o mesmo se aproximava.

-Ménage? Sugeriu ele.

*flashback*

A gente não teve um ménage.

- Eu falei, e pedi pra ele não contar pra ninguém por enquanto. - Informou colocando as suas mãos na minha cintura.

No mesmo segundo que Jenna aproximou o seu rosto do meu, a porta do escritório se abriu.

continua..

Colégio Interno - JEMMA G!POnde histórias criam vida. Descubra agora