capitulo 56

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Quando perco a fé, fico sem controle.
E me sinto mal, sem esperança.
E ao meu redor a inveja vai fazendo as pessoas se odiarem mais.
Me sinto só, mas sei que não estou
Pois levo você.. no pensamento.
Meu medo se vai, recupero a fé
E sinto que um dia ainda vou te ver...

NX zero - Cedo ou tarde.

.. E não era, nunca era.

Pedimos hambúrgueres e resolvemos comer no carro mesmo. Me ofereço a pagar mas ele nega.

--Obrigada.-- Digo assim que termino o meu, estava tão bom.
--Tudo bem, vou te levar pra casa agora, você precisa descansar.-- ele descansa a mão dele na minha perna e logo a tira.

Fomos para casa em total silêncio, olhava meu celular a cada cinco minutos vendo se o Taylor já tinha mandado alguma mensagem, mas claro que não ele nem mesmo saiu do continente, aquilo estava me afetando tanto. Faltando um quarteirão para chegarmos em casa conseguimos ouvir barulho de sirene policial em frente a minha casa.
Isa.
A Isabella. Só pode ser por causa dela.

Victor olha pra mim com uma expressão assustada e para o carro, abro a porta e vou correndo até a porta, um policial me impede de entrar.

--Desculpe senhora, não pode entrar aqui.--
--É a minha casa.--
--A senhora é responsável pela Isabela? Ela está em problemas.--
--Sim.. Não. O que ela fez ?--
--Incomodando os vizinhos e posse de drogas..-- Antes dele terminar de falar a Isabella passa algemada e escoltada por policiais e com três amigos na mesma situação.

Só sinto vergonha por ela.

Eu não consigo olhar pra ela. Ela ainda não me viu. Não sei o que sentir e nem o que falar, achei que já estava bem magoada por hoje não precisava mais disso.
Victor passa os dedos pela minha bochecha, não sabia que estava chorando. Ainda não pude sentir. É tanta coisa pra sentir de uma vez.

Quando ela me vê só consigo escutar um suspiro pesado sair de seus lábios, os olhos dela estavam vermelhos e baixos. Seus "amigos" que eu nem conhecia, nem ela devia os conhecer direito, estavam numa situação física pior que a dela.

--Porque ?-- pergunto para ela em português.
--Te mete na sua vida.-- ela me responde.

O policial que segurava suas mãos algemadas atrás apertou mais as mesmas. --Na minha língua.-- ele diz.

Ela olha para ele e volta a olhar diretamente pros meus olhos.

--Não se mete nisso, por favor, eu não quero mais nada disso. Quero a minha casa. Quero sair daqui. Você vai ficar sozinha Gabi.. desculpa, adeus.-- ela diz e é levada ao carro.

Meus olhos carregam as lágrimas enquanto, imóvel, eu a vejo entrar naquela viatura e sair arrancando de lá. A outra saiu logo atrás e tudo ficou calmo de repente. Tudo se silenciou. Victor me puxa para um abraço soltando um suspiro decepcionado. Fecho meus olhos por alguns segundos e minhas lágrimas caem na minha blusa.
Uma flecha atinge o meu coração, outra, outra.. depois outra e mais outra.
Eu sabia que não iria mais vê-la ou algo assim. Com certeza receberia notícias dela, não por parte dela, ela não falaria mais comigo. Mas minha mãe ou a mãe dela me ligariam falando mil e uma asneiras falando que eu a deixei ir, que eu errei com ela, sendo que não é verdade. Não fiz nada. Porém, não fiz realmente nada nem ao menos pedi a ela pra ficar, não o suficiente.

--Vamos entrar.-- ele diz e me puxa pra dentro de casa.

A qual estava totalmente bagunçada, obrigo a mim mesma a entrar no quarto da Isa. Vai ter tanta coisa nossa lá como sempre teve.. deixo Victor pra trás e corro as escadas e abro a porta..

Finally together ...Onde histórias criam vida. Descubra agora