I'm okay, I swear.

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Com a respiração ofegante olho em seus olhos cinzentos e vermelhos de raiva fixamente, se os olhos pudessem dizer algo os deles diziam "eu te odeio." ele havia me soltado, colocou as duas mãos no rosto me olhando com uma cara ameaçadora, recuei dando dois passos para trás. Ele tira as mãos do rosto quando vejo que as marcas da minha mão estão no rosto de Simon me assusto colocando as mãos na boca espantada. A reação dele não foi mais do que eu esperava. Ele dá dois passos até mim e antes que eu possa recuar sua mão estrala no meu rosto. Ele bateu na minha cara, suas mãos grossas e pesadas...

--Gabi!-- Isa corre da porta e acaricia meu rosto, ela quase chorava.

--Sai daqui garota!-- Simon a empurra pelos ombros.

--Não a toque! -- eu digo empurrando seus braços para desencosta-la.

Tudo aquilo estava sendo de mais pra mim eu não conseguia suportar tudo, não sozinha...

Parei e me vi naquela situação olhei para tudo em volta .. havia seguranças olhando, o porteiro olhava para nós, a Isa me olhava, Simon olhava com a respiração ofegante e os olhos cheios de raiva, vi marcas dos meus dedos em seu rosto vermelho. Olhei tudo em volta nos olhos de cada um, olhei para mim naquela manhã quase chorando na frente das pessoas, o tapa que Simon me deu não doeu tanto mas aquela situação que me doia mais. Porque eu estava ali ?

Meus olhos estavam marejados, ja os sentia sensível, coloquei as mãos no rosto e corri para o hotel . Não conseguia ver quase nada, tentei segurar as lágrimas mas elas ja escorriam pelo meu rosto, geladas aliviando a pouca dor que sentia pelo tapa. Isa vinha atrás de mim, mas consegui pegar o elevador sozinha .. consegui respirar com mais lágrimas descendo desgovernadas sem parar, olho me no espelho do elevador e vejo quão rosadas estão meu rosto, o elevador para e ouço as vozes de Carter Matt e Taylor no corredor tento enxugar as lágrimas antes que ele se abra, mas não da tempo.

Eles estavam indo tomar café da manhã.

--Bom d.. O que foi? -- Carter diz com um ar preocupado. Matt estava perto do elevador ele como Carter e Taylor vem correndo até mim, o único espaço que sobrou entre seus braços foi o suficiente para eu passar correndo para o meu quarto, ainda ouvi Taylor me chamar mas não o respondi, entrei no quarto e fechei a porta, encostei-me de costas na porta e desci sentando no chão, ali mesmo mais e mais lágrimas desceram pelo meu rosto não conseguia pará-las nem seca-las era inevitável que elas decessem, minha camiseta ja estava toda molhada. Ouvi Isa desesperada me chamar no corredor "Gabi abre essa porta agora!" Ela dizia. Começei a escutar os meninos me chamarem também. "Amor, abre a porta." "Gabi fala com a gente." "Por favor." Eles continuaram a chamar e a bater na porta mas não abri.

Encostei minha cabeça na porta meu rosto doia mas nada naquele momento doia mais que meu coração, não consigo explicar tamanha frustração e decepção comigo mesma, afinal era culpa minha eu não devia ter ido ao m&g com os meninos mesmo, não devia nem ter vindo .. devia ter feito o que Simon mandou as vezes temos que lutar contra o que mais queremos.. nem tudo o que achamos que nos faz bem, nos faz realmente bem. Mas eu tinha total certeza de que Taylor e todos os meninos me faziam bem... como se explica essa vida? era tudo tão difícil, não sei o que sentia estava tudo bagunçado ódio, dor, raiva e desordem, era um tornado em minha cabeça eu só queria desligar-me do mundo... Eu ainda chorava aos soluços minha mente lutava contra mim, era como se houvesse uma pessoa dizendo em meu ouvido "Pegue uma lâmina, isso alivia..ela é sua amiga, vai.." e outra que dizia "abra a porta ao seus amigos, eles irão te ajudar.." eu tentei ouvir a que dizia para abrir a porta, mas a contra vontade era maior que eu passei a chave mais uma vez na porta e começei a andar em direção ao banheiro, Isa batia como uma louca na porta, abri a gaveta e não achei revirei tudo, quando vi uma caixinha peguei uma. "Você promete pra mim?" muitas vozes diziam a mesma coisa, era vozes dos meus amigos, da minha mãe, da Isa e do Taylor, e em seguida eu falava "Sim". Foi de quando eu prometi a eles que nunca mais faria isso, nunca procuraria uma lâmina..nunca mais. "Fique longe, para ele você é só mais uma vadiazinha." a voz fria e nojenta de Simon martelava na minha mente. Nesse meu embaralhamento de lembranças ouvi uma gota de sangue pingar na pia. Eu só me odiava naquele momento, me senti tão fraca. Tem pessoas em situações realmente piores e não estão fazendo as idiotices que eu estou fazendo. Eu sou uma estúpida. Acho mesmo que com essa mente de criança cheia de problemas vou conseguir viver aqui? Acho que não.

Finally together ...Onde histórias criam vida. Descubra agora