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𝐄𝐔 sou apaixonado pelo meu vizinho, Seo Changbin. Não me lembro exatamente quando isso começou, porém, só sei que não quero que acabe tão cedo. Posso o considerar mais que um vizinho, é praticamente uma paixão que me faz sentir coisas incríveis. Sentir meu coração acelerar, minhas bochechas ruborizar, minha voz falhar sempre que quero o cumprimentar, essas sensações me deixam louco, não consigo controlar nada disso, o que me faz parecer um pateta na frente dele.
Lembro de quando ele chegou no prédio, foi ano passado, Jisung estava comigo naquele dia, foi uma loucura total. O idiota do esquilo me importunava toda hora, apenas por ter ficado sem graça quando o desejei boas vindas. Só me lembro de ter mandado uma mensagem para Lee Know falando que Jisung gostava dele. Agora eles namoram. Sinceramente, não deveria ter feito aquilo, ou deveria mesmo, não sei.
Retornando ao assunto inicial... Changbin sempre vai no meu apartamento para ficar um pouco comigo antes de ir para seu trabalho, ele é produtor em uma empresa junto com outros dois garotos, Chan e Jisung. Sim, ele e Jisung são amigos, agora eu entendo o por quê das palhaçadas desse bochechudo. Nos tornamos amigos assim que Jisung decidiu aparecer na minha porta com o Rato de academia ao lado dele, foi uma aproximação rápida, mas que me causou tantas coisas que quase desmaiei na frente deles.
– FELIX, ESTOU DE VOLTA! - Ouvi uma voz super irritante mas que me faz feliz todos os dias.
– NÃO GRITA SEU PINTOR DE RODAPÉ! - Sim, eu gritei. – Então pare de gritar também. E eu não sou pintor de rodapé. -
– Mas parece. E porque você está aqui de novo? Já veio de manhã, agora a tarde? - Perguntei, soltando um suspiro irritado, porém claramente falso. – Não posso mais ver meu melhor amigo que é apaixonado pelo meu amigo e colega de trabalho? - Ele se sentou na cama, jogando sua bolsa no chão perto do armário. - Não. E pare de falar sobre isso. -
– Nossa, que grosseiro. Magoou. - Jisung fez uma expressão falsa como se estivesse chateado. - Mais falso que você só esse seu moletom velho que você jura que é da Nike.
– Deixa meu moletom, pintinho amarelinho. E então, vai sair nunca desse negócio de ficar só gostando dele? Tem dar o próximo passo, chama de para sair. - Han falou. - Sabe que não é tão fácil assim, tenho vergonha demais para falar.
– Lix, faz um ano, não acha que é tempo demais para ficar somente o apreciando de longe e nunca se declarar? Sabe que se demorar muito, alguém pode tomar seu lugar. - Jisung tinha razão, já se passou tanto tempo, eu deveria dar um passo a frente e me declarar.
– Como eu posso fazer isso? Não quero olhar na cara dele quando for me declarar, é vergonhoso demais...
– Para de fazer cu doce e procura algum jeito de se declarar. Pelo amor de Deus, é tão difícil se fazer uma confissão?
– Fala isso por que não precisou passar por essa fase, imbecil. - Suspirei, enfiando a cara no travesseiro. - Me ajuda, Hanji.
– Claro que te ajudo, Lix. Mas eu quero um pote de sorvete em troca. - Mostrei o dedo do meio para o garoto, sem tirar o rosto do travesseiro.
– Seu filhote de galinha, para de me mostrar esse dedo minúsculo! - Jisung jogou uma almofada em mim, me fazendo levantar e me sentar na cama. - Escute, eu tenho uma ideia, mas você vai ter que colaborar.
– Que ideia passou pela sua cabeça de camarão? - Felix falou, levemente irritado. - Por que não vira um admirador secreto? É algo ultrapassado? Sim, mas pode funcionar. -
– Tem certeza que é uma boa ideia? Não é... Obsessivo demais? Parece que sou um psicopata. - Perguntei enquanto fazia uma careta.
– Bem, é sim, mas também é legal. - Han respondeu. - Vai ser uma experiência diferente para ambos. Vamos lá, faça uma carta compre um presente para ele, seja um garoto de decente e procure bons presentes.
Soltei um suspiro baixo, acenando com a cabeça enquanto pegava um caderno e uma caneta, começando a escrever a uma carta para Changbin, enquanto Jisung navegava vários sites no telefone, em busca de um presente para o meu amado.
