Capítulo Cinco

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Capítulo Cinco:

Sirius se jogou no sofá depois que eles terminaram de se inspecionar. Hermione ainda conseguia sentir os dedos de Draco em sua pele enquanto ela se sentava no centro para que Draco pudesse sentar do outro lado dela.

Ela se sentiu amontoada entre as duas figuras grandes, Draco apenas um pouco mais alto, mas ambos tinham corpos esguios semelhantes. Mudando de posição, Hermione colocou as mãos entre as pernas e olhou para o chão.

- Tudo bem - a voz de Sirius cortou o silêncio. - Diga-me como terminou.

O coração de Hermione apertou no peito, mas ela contou a ele. Draco ficou em silêncio ao lado dela enquanto ela contava o que aconteceu depois que ele morreu, como o Ministério descobriu que Voldemort ainda estava vivo. Ela contou a ele como os gêmeos abriram uma loja de piadas no Beco Diagonal, e então contou o que sabia sobre a morte de Dumbledore.

- Draco estava envolvido?

Hermione assentiu, mas estendeu a mão e colocou a mão sobre a de Draco. Sua pele estava fria, os dedos pareciam gelo; ele provavelmente estava nervoso. Ela se sentiu estranhamente protetora com ele, com medo de que Sirius não entendesse.

- Não foi culpa dele. E ele já pagou o suficiente pela sua parte.

Draco olhou para ela surpreso. Sirius suspirou.

- Acho que ele não pode ser de todo mal se estava disposto a dar seu sangue para me trazer de volta, mesmo que tenha recebido uma troca por isso.

Hermione continuou sua história, o caos que a morte de Dumbledore criou, a tomada do Ministério, os três fugindo. A mão de Hermione permaneceu na de Draco o tempo todo em que ela falou. Em algumas partes, os dedos dele esfregavam os dela. Ela deu uma olhada no que havia acontecido na Mansão Malfoy; a tortura ainda era uma ferida recente, e ela ficou envergonhada por Draco ter assistido a tudo.

Até que ela chegou na Batalha de Hogwarts, onde a mão dele apertou e não parou. Sirius pegou a outra mão dela enquanto ela contava como tudo começou e quem morreu. Ela contou a ele sobre o sacrifício de Snape, sobre Percy resgatando Fred e salvando sua vida. Finalmente, quando ela contou a ele sobre Teddy Lupin e o sacrifício de Remus e Tonks, a determinação deles foi quebrada.

Hermione não se lembrava de quem começou a chorar primeiro, mas assim que o fizeram, Sirius puxou-a para seus braços. Juntos eles choraram; Draco ainda segurava a mão dela e entrelaçou os dedos nos dela. Ele colocou-a contra seu coração, onde Hermione podia sentir tanto seus batimentos cardíacos erráticos quanto seus soluços silenciosos.

- Harry foi para a floresta depois disso - Hermione continuou enquanto enxugava os olhos, instantaneamente voltando a entrelaçar as mãos com as de Sirius e Draco. - Ele era uma horcrux desconhecida. Quando Voldemort o matou, ele estava realmente matando sua própria alma.

- Isso foi real? - Sirius perguntou. - Achei que tivesse sido um sonho, mas deve ter sido algo que o Véu queria me mostrar. Ele me perguntou... - ele se interrompeu e olhou para Hermione. - Talvez eu não devesse dizer; esse foi o momento privado de Harry.

Hermione apertou a mão dele e deu-lhe um sorriso gentil.

- Está tudo bem. Eu sei. De qualquer forma, depois que a maldição foi usada, Narcisa foi instruída a investigar, e ela mentiu e disse que ele estava morto porque Draco ainda estava vivo.

- Como você sabe? - Draco perguntou, sua garganta rouca. - Minha mãe nunca me contou nada disso.

- Harry, é claro - Hermione sorriu. - Ele me conta tudo. Eu até sei coisas sobre Blaise...

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