NO DIA EM que Claire Evans, a irmã mais nova de Lily Evans, pisou pela primeira vez em Hogwarts, ela não imaginava os desafios que a aguardavam. Rejeitada pelos colegas por sua origem trouxa e colocada na distante Sonserina, Claire se viu envolvida...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O AR FRESCO de setembro trouxe consigo a promessa de um novo ano em Hogwarts, onde os corredores de pedra ecoavam com o retorno dos estudantes. Claire Evans, agora em seu sexto ano, caminhava com passos determinados pelos corredores familiares do castelo centenário. Aos dezesseis anos, sentia-se mais confiante em suas habilidades mágicas, mas também ciente dos desafios que enfrentaria.
No Salão Principal, a grandeza do teto refletia um céu estrelado, criando uma atmosfera mágica enquanto os alunos se reuniam para o banquete de boas-vindas. Claire sentou-se sozinha à mesa da Sonserina, um espaço onde os olhares hostis e os sussurros mal disfarçados eram uma constante desde o primeiro ano.
Ao seu lado, Regulus Black estava imerso em seus próprios pensamentos, uma figura de seriedade entre os estudantes da Sonserina. Desde o início, Claire nutria sentimentos por ele, sentindo um aperto no coração ao ver que era tratada com indiferença ou, pior ainda, com desdém.
Durante o banquete, notou os olhares cortantes lançados em sua direção por Regulus. Ele parecia ter o domínio completo da mesa, seus amigos pendurados em suas palavras como se cada sílaba fosse uma ordem que deveria ser obedecida.
Após o banquete, decidida a superar as barreiras que a separavam dos demais membros da Sonserina, Claire seguiu o rapaz até o corredor principal. Ela o alcançou perto das escadarias que levavam às masmorras.
— Regulus — chamou, sua voz firme apesar do nervosismo subjacente — Gostaria de falar com você por um momento.
Ele virou-se lentamente, seus olhos cinzentos fixos nos dela com uma expressão de desinteresse.
— O que é? — perguntou, a voz carregada de impaciência.
Ela engoliu em seco, mantendo o olhar firme.
— Eu... gostaria de me desculpar se fiz algo para te incomodar. Não quero que haja animosidade entre nós na casa.
Regulus arqueou uma sobrancelha, sua expressão se tornando mais fria.
— Você não fez nada para me incomodar, Evans — disse ele, com uma pontada de sarcasmo na voz — Exceto talvez estar aqui.
O coração de Claire afundou. Esperava alguma resistência, mas não antecipava o nível de desdém em suas palavras.
— Eu apenas queria... — ela começou, buscando as palavras certas.
— Você deveria se preocupar mais em não manchar o nome da Sonserina com sua presença indesejada — cortou ele, virando-se para seguir seu caminho pelas escadas.
Claire ficou ali parada por um momento, atordoada pelas palavras cruéis. Sentiu os olhares curiosos de alguns estudantes que passavam, e uma onda de constrangimento a inundou. Engolindo as lágrimas de frustração, entrou na comunal e dirigiu-se ao dormitório, um espaço solitário e silencioso que ela tinha como seu desde o primeiro ano. Os outros estudantes da casa evitavam compartilhar o espaço com ela, deixando-a isolada e excluída.
