003

404 37 20
                                    

𝗚𝗨𝗦𝗧𝗔𝗩𝗢 𝗕𝗔𝗥𝗥𝗢𝗦
ᴘᴏɪɴᴛ ᴏꜰ ᴠɪᴇᴡ

hoje é domingo. O que quer dizer que não teremos nenhum show, e consequentemente, viemos aqui pra casa do L7 para fazermos uma resenha, sem ele saber é claro.

depois de ouvirmos todos os mil e um xingamentos que ele proferiu contra cada um de nós, as coisas já estão se ajeitando.

gurizada tá mexendo na churrasqueira, outros tão discutindo sobre o som e o resto eu não faço ideia.

as garotas estão conversando na borda da piscina numa distância não muito longe de onde eu tô, e isso só me faz lembrar da Maitê.

desde o show, que foi anteontem, eu não mandei nenhuma mensagem pra ela e não é porque eu esqueci, mas porque não sabia puxar assunto. Odiaria admitir isso em voz alta, mas fiquei com um pouco de vergonha.

esperava encontrar ela aqui no Lennon, mas pelo visto minhas expectativas foram frustradas.

—— oh Hard, bora lá comprar umas coisas no mercado porque esses idiotas nunca fizeram um churrasco de verdade e esquece... — L7 diz depositando um tapão na minha nuca, mas antes dele terminar e até eu mesmo o xingar por ter me batido, seu celular toca, e ele atende no mesmo instante

o observo arrumar o cabelo no visor, e não consigo conter o sorriso quando ouço a voz da Maitê:

—— oh Lennon seu merdinha, como você me chama pra uma resenha sem nem saber se eu tenho algo pra fazer? sem perguntar se alguém vai vir aqui? — seu tom é irritado e L7 solta uma risada nasal

—— oi pra você também Maitê, tô ótimo e você? como tá? — Lennon diz com deboche e a garota provavelmente deve ter revirado os olhos

—— vem me buscar então, já que faz tanta questão de eu estar aí. E quero nem saber, vou levar meu coroa. — seu tom é autoritário, e seu sotaque carioca deixa tudo melhor ainda

—— pode pá, eu e o Hard tamo' indo no mercado e vamo' passar aí depois, já fica no jeito. — L7 informa arrumando a sobrancelha

—— o Gus tá aí? — seu tom é mais calmo e tenho certeza que está sorrindo, Lennon revira os olhos quando apareço do seu lado acenando pra garota —— oi Hard! como cê' tá? — ela acena também com um sorrisão nos lábios, e que sorriso

—— oi Maitê! melhor agora, e você? — pergunto me apoiando no L7

—— faço das suas palavras as minhas, e eu... —

—— tá, tá, chega de papo vocês dois. Se apronta aí oh branquela, já já tamo' aí. — L7 tira meu braço de seu ombro quando corta a garota que mostra o dedo pra ele antes de desligar e apenas rio pegando minha camisa na cadeira que estava deitado —— cê' se orienta seu japonês safado! — gargalho com sua fala e saio andando atrás dele para a garagem

fomos o caminho todo falando sobre possíveis músicas que pretendo lançar e ele também, sobre shows, Maitê, futebol, e outros bagui' que eu não lembro, parecemos mulher mudando de assunto a cada cinco minutos.

chegamos no mercado e compramos as bebidas, aperitivos, e mais algumas coisas que L7 diz que precisaria. Comprei umas coisas pra mim também e fomos pro caixa, mó cara de bunda dessa mulher do caixa. Mas dá nem pra questionar né, pleno domingo ter que trabalhar é complicado.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 11 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

𝗦𝗨𝗡𝗦𝗛𝗜𝗡𝗘, ɢʜᴀʀᴅ.Onde histórias criam vida. Descubra agora