A vida não é um mel.

A vida continua

Resumo: Mel, uma garota de 21 anos, está passando por momentos delicados em sua vida e está em busca de se conhecer melhor. Com a ausência do pai e a traição com sua mãe, ele se distancia de Mel sem ao menos explicar a situação para sua filha. E para piorar, seu namorado termina com ela, fazendo com que sua vida vire de cabeça para baixo. Ao longo da história, Rian aparece sendo a pessoa por quem Mel está tendo uma pequena queda, será que essa relação vai para frente ?

Capítulo 3:

Rian era dois anos mais velho que eu e transmitia uma confiança que era muito difícil de eu sentir por alguém. Sinto que para compartilhar uma história tão pessoal com alguém, é preciso ter muita confiança.

Ele se sensibilizou com minha história para me contar algo tão pessoal.

Sentamos em um banco que tinha no centro do parque e o escutei, prestando atenção e sendo empática com a sua vivência, que era semelhante à minha. 

O parque não estava cheio e o clima estava muito agradável.  

Em nossa frente tinha um pequeno parque para cachorros e deixei minha cachorra no parque enquanto conversava com Rian.

- Minha mãe nunca foi presente na minha vida, e meu pai estava sempre ocupado trabalhando. Só tinha minha avó, que me ensinou a perdoar. Todos estamos vivendo pela primeira vez, e cometer erros faz parte disso. Diz Rian com um olhar calmo. 

- E você conseguiu perdoá-la?  Perguntei, sentindo a curiosidade borbulhar dentro de mim enquanto aguardava sua resposta.

- Sim, depois de um tempo, minha mãe se arrependeu e me explicou o motivo. Senti que ela estava sendo sincera e a perdoei. Minha mãe sempre teve alma livre e quando ela engravidou foi obrigada a sair de casa e se casar. Mas agora ela quer fazer parte de minha vida.

Meu celular vibra em meu bolso e demoro um pouco para perceber, já que estava prestando atenção em cada detalhe de sua história.

- Não vai atender ? Diz Rian, dando um sorriso.

Uma chamada perdida da San e uma mensagem. Deslizo a tela do meu celular e respondo a San. 

- Amiga, estava aqui próximo e passei em sua casa. Estou com a sua mãe. Vai demorar para chegar?

Respondo que estava quase chegando em casa e pedi que ela me esperasse.  

Desliguei a tela e guardei meu celular. Estava anoitecendo e precisava voltar para casa.

- Incrível a forma como você lidou com esse problema, sua avó criou você muito bem. Quero conhecer ela! - digo sorrindo, olhando em seus olhos.

Rian usava um corte Mullet e a cor de seu cabelo era preto. Seus olhos eram castanhos.

- Vamos, está anoitecendo. Acompanho você até a sua casa.

Levantei do banco e fui até o parque onde estava minha cachorra, Pitty.

- Já se divertiu bastante, venha, vamos embora. - digo com voz fofa, agachada, esperando que ela venha até mim. Rian se abaixa também para acariciar e brincar um pouco.

Caminhamos até minha casa e Rian estava compartilhando comigo como tinha sido o dia dele, quando percebi, já estávamos na porta da minha casa, abro o portão e solto a Pitty em meu quintal. 

Rian se aproxima de mim, e consigo sentir seu cheiro; seu perfume era marcante, doce e, ao mesmo tempo, intenso. Tinha que olhar para cima para vê-lo, esse homem é muito alto. Seu cheiro e seu corpo me atraíam para mais perto e, quando reparei, estávamos nos beijando loucamente em frente à minha casa. Sua língua se juntava à minha em uma combinação perfeita, com um desejo forte. Suas mãos puxavam meu corpo para mais perto do dele.