Eokor suspira baixo arrumando os livros na estante, sua mente voltada aos acontecimentos de ontem pela manhã. O juiz sentia seu coração apertado, como se tudo aquilo fosse um show de fantoches. Ele não conseguia entender o que Jazz queria dizer com Clone, sua cabeça estava com mil pensamentos sobre os dois Apuh. Jazz estava falando a verdade? Aquele Apuh que visitou ele no hospital era um clone?
O barulho de livros caindo no chão assusta o juiz. Eokor olha para o lado, ele força um sorriso gentil vendo o ruivo abaixar-se para pegar o livro. — Ainda não encontrei, senhor prefeito. — Eokor diz voltando a colocar os livros na estante.
— Acho que deixei com Pedrux aquele livro, de noite falo com ele e entrego na sua casa. — Apuh suspira baixo levantando com 3 livros na mão, o prefeito coloca os livros na estante e vira para Eokor. — Está tudo bem? Você parece perdido em pensamentos desde ontem. — Apuh fala se aproximando do menor.
O juiz respira fundo, virando-se, apoia as costas na estante. Ele olha para cima, não querendo olhar nos olhos do prefeito. Uma voz no fundo da sua mente dizia que aquele Apuh era o verdadeiro clone. Eokor sabia que Apuh não agiria compulsivamente por suas emoções.
— Está tudo bem, senhor prefeito. Só estou cansado, preciso descansar bastante para o julgamento. — Eokor ri sem graça. Apuh fica na frente do juiz e inclina-se um pouco para frente, os olhos pretos olhando profundamente nos verdes do juiz. Eokor prende a respiração, as bochechas ganham um tom rosado. — Apuh...
— Por que está mentindo para mim, Eokor? Não estamos juntos para transformar Topcity em uma democracia estrutural perfeita? Uma...Utopia? — Apuh sussurra a última parte, ele segura no queixo de Eokor, o polegar acaricia o queixo dele. — Prendemos parcialmente o Coelho Dourado e aquele impostor. Quando o julgamento for encerrado, Topcity será uma nova cidade. Como eu sempre sonhei...
Apuh aproxima o rosto do juiz. Eokor desvia o olhar para os lábios do prefeito, seu coração acelerado. O prefeito fecha os olhos beijando os lábios de Eokor, o juiz coloca as mãos no peitoral do ruivo. Ele sabia que aquele não era o verdadeiro Apuh, a forma como foi beijado, sem nenhum sentimento ou afeição deixava claro que aquele era o clone.
Eokor se afasta um pouco, os lábios roçando nos lábios do prefeito. — Por que tem tanta certeza que prendemos as pessoas certas, Apuh? — O juiz perguntou desviando o olhar timidamente. Apuh ri baixo soltando o queixo do juiz, ele passa os braços ao redor da cintura do menor e puxa para perto.
— Eu nunca errei, Eokor. — Apuh ri alto abaixando as mãos. Eokor geme baixo, as mãos do prefeito apertando a bunda dele. O prefeito levanta uma sobrancelha apertando novamente, forçando outro gemido a sair dos lábios rosados do juiz. — Trabalhamos bem juntos, Eokor...quem sabe não poderemos ter um minuto de descanso? Uma recompensa por conseguir prender o Coelho Dourado?
Alguém pigarrou alto, chamando atenção do prefeito. Apuh se afasta de Eokor e olha por cima do ombro, vendo Tokyu encarando os dois com sua expressão habitual estóica. — Estou atrapalhando alguma coisa? — Tokyu faz uma pergunta retórica entrando no escritório.
— O que você precisa, senhorita Tokyu? — Apuh pergunta virando-se, ele arruma a gravata e força um sorriso amigável. Eokor coloca a mão no peito sentindo o coração quase saindo pela boca, mesmo que aquele fosse um clone, ainda mexia com suas emoções.
— Só queria saber o dia do julgamento e o porquê da prisão de Lg e aquele outro Apuh. — Tokyu cruza os braços, seus olhos olhando profundamente nos olhos pretos do prefeito. Apuh ri amargamente pela fala da moça.
— Tokyu...por que você quer saber antes da hora? Você descobrirá o motivo da verdadeira prisão deles no dia do julgamento. — Apuh responde aproximando-se da morena. Tokyu continua com o mesmo rosto estóico, não se sentindo intimidada pela frase áspera do prefeito.
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Strip Poker || Apuh x Lggj Topcraft
Fanfiction"Você perdeu novamente, Lg.", Apuh sussurra abaixando as cartas, o Royal com Ace na ponta e o número 10 de ouro atrás. A luz fraca na sala mal-iluminada trazia uma atmosfera sombria, o cheiro do vinho inebriante no ar. O prefeito inclina-se, a mão a...