Capítulo 10

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- Você só vem atrás de mim pra pedir dinheiro. Eu não vou te dar nenhum centavo - Fala brava 

- Que pena querida, porque eu não vou sair dessa cidade até você me dar um bom dinheiro! - Fica mais histérica ainda

- Então é bom que tenha trazido uma escova de dentes - Dumas vai para casa deixando sua mãe do lado de fora

- Briana! Volte aqui! - Ela ignora sua mãe. Depois de alguns dias, Dumas acorda ainda sonolenta

Quando ela estava descendo as escadas percebeu que alguém entrou na sua casa, assim que ela olhou na cozinha viu sua empregada 

- Dolores? - Abre um sorriso e vai até ela e a empregada olha para ela e sorri também - O que está fazendo aqui sua doida? Eu te dei uma folga por um mês

- Eu sei senhora Dumas. Mas é que eu não aguentei ficar em casa parada sem fazer nada. Então eu decidi vir aqui e voltar a trabalhar - Volta a varrer

- A senhora não para aqui em casa - Ela se senta na mesa e a empregada leva o café da manhã para ela

- É que eu gosto de trabalhar com a senhora - Se senta junto com a Dumas - Iai, alguma novidade?

- Bom, na verdade muitas. A primeira é que eu conheci um homem - A mulher arregala os olhos

- Conheceu um homem? Como assim! - Surta em cima de Dumas - A senhora que é mais fria que um iceberg encontrou um homem?! Sem ofensa, senhorita - Dumas ri

- Não é desse jeito. Foi um acidente, mas no meio disso a gente acabou se envolvendo - A mulher olha admirada para Dumas - A gente se conheceu no banco. Mas eu não fui com a cara dele, e não sei como ele soube do meu bar e foi lá

- Aí meu Deus - Tampa a boca com as duas mãos

- Nisso, eu deixei claro pra ele que não éramos amigos

- Típico da senhorita. Continua - Pega uma xícara

- Mas, depois de uns dias eu me envolvi em uma confusão e ele foi me ajudar - A mulher colocou a mão no peito espantada

- Que cavalheiro - Fala animada

- Mas, por eu não ir com a cara dele, não quis me envolver...

- Iai? - Fica mais animada

- Eu desmaiei e parei na casa dele - A mulher bateu na mesa

- O que?! - Fica boque aberta

- Presta atenção Dolores. Eu acabei dormindo na casa dele. E tivemos um clima - Fala com um sorri

- Como assim? Um clima - Fica com um olhar malicioso

- A gente tocou piano juntos e aconteceu alguma coisa com a gente. Eu não sei explicar... Bem, depois eu soube que meu pai tinha entrado em uma cirurgia - A mulher olha para Dumas assustada - Mas ele está bem. Ele me levou ao hospital e eu fui até ele e disse que estava devendo uma pra ele. E nisso...

- É agora, é agora - Fica animada novamente

- Ele me fez passar fingir que sou namorada dele pra família dele - Dolores fica empaquetada com aquilo e fica sem palavras - Mas enfim, a festa acabou quando minha mãe apareceu

- Ela voltou - Fica preocupada

- Infelizmente. Mas enfim, vamos esquecer isso - Logo o telefone toca e a mulher se levanta e vai atender

- Alo. Ah, oi senhorita Valentina, deseja algo Aham - A mulher aperta em um botão do telefone - Pode falar

*- Oi amiga, como você tá - Fala pelo telefone ao vivo a voz

- Fala Vale. Por que me ligou - Fala comendo o café da manhã

*- É que assim amiga, eu consegui quatro ingressos pra um passeio pra uma cachoeira com hospedaria, quer vir comigo

- Eu adoraria. Vai ser quando

*- Daqui a três dias

- Por mim tudo bem - Se levanta pegando um prato e leva para a cozinha e deixa o prato na pia - Me fala o resto da informação pelo celular tá

*- Pode deixar, tchau linda

- Tcheu Deusa - Valentina desliga - Fala sério, mesmo quando parece que eu vou ficar tranquila em casa, ela inventa alguma coisa pra mim fazer - A mulher ri da situação - Bom, eu tenho que ir trabalhar, até Dolores

- Até senhora Dumas - Dumas sai de casa e vai trabalhar, quando ela estava chegando perto do trabalho alguém manda mensagem pra e ela se espanta ao saber quem era "Tyler". Ele tinha pedido pra encontrar ela. Dumas sugeriu sua cafeteria onde ela sempre se encontra com sua amiga. Antes de ir pro trabalho ela foi até lá se encontrar com ele, até que ele chega no café e se senta na frente dela

- Por que me chamou aqui Se for pra brigar de novo eu vou embora - Fala sendo curta e grossa

- Eu só... Queria conversar - Ela desconfia mas aceita ouvir o que ele queria dizer - Olha, o Vincente fica muito melhor quando está com você. Ele sorri, ri e se diverte com você

- O que você ganha me dizendo isso - Fala séria e fria

- Eu não quero brigar, por favor. Eu só... Quero saber o que vocês tem - Apoia os cotovelos na mesa

- O que você quer dizer - Ela se apoia na cadeira

- Vocês dois tem o mesmo tipo de olhar. O olhar de quem não se importa de morrer - Dumas abre levemente os olhos mostrando surpresa - Como se os olhos de vocês falassem que "Logo eu deixarei esse mundo". Mas vocês não se matam porque ainda tem alguma coisa que os prende a esse mundo. Você e o Vincente tem esse tipo de olhar. Mas os olhos dele mudaram. Antes que era apenas um olhar sem brilho nem luz. Agora parece um brilho que ilumina a maior escuridão

- É lindo a maneira que você descreve o seu amigo. Mas o que isso tem haver comigo - Cruza os braços

- É que você tem o mesmo olhar que ele tinha. Vazio sem nada. E eu vou ser sincero, eu não queria ele perto de você, porque você era a cópia viva dele - Fala se sentindo meio culpado

- E o que você quer saber de mim. Não me chamou aqui só por isso né - Coloca os cotovelos na mesa também

- O que tem nesse mundo que te prende nele. O que tem pra você não partir também? - Ele olha para ela, e a mesma sente os olhos dele entrando em sua alma

- Meu pai... É o único motivo de eu ainda estar aqui

Vamos Fazer Um AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora