Depois de passar por um momento tóxico na sua jornada escolar, Effie vê sua vida de pernas para o ar, quando sua mãe resolve deixar tudo e se mudar para um apartamento improvisado em uma cidade em construção, ficando apenas com as memórias do seu pa...
- nossa você é a esquisita né, nossa é incrível como todo mundo...
BIP BIP BIP
Saindo do mundo dos sonhos, Effie desperta meio atordoada, uma mistura de hormônios adolescente com despertador e com granulados de sonhos irritantes, começa enfim uma linda manhã!
Tal qual um zumbi, a oxigenada levanta da cama, esfregando seus olhos se espreguiça, jurando ter ouvido um estalo no joelho, sai do seu novo quarto até o banheiro
Por tudo ter acontecido de forma rápida, a garota ainda não tem o uniforme escolar, talvez seja apenas uma desculpa da sua mãe, mais tanto faz, de qualquer forma ela também esqueceu
Vestiu então uma blusa branca básica, nada como evitar olhadas tortas de adultos, e jamais seria ousada de por seus blusões da sua fase de anime, primeiro dia e bancar a esquisitona? Definitivamente não ok
Finalizando com uma calça azul marinho da Adidas e um all star surrado, se sentiu uma presidiária, arrumando o cabelo e passando um gloss leve para não chamar a atenção
O relógio de passarinho marca exatas 5:30, com cuidado prepara seu café da manhã, ela não quer acordar sua mãe e deixa-la de mau humor para a entrevista
O cheiro de camomila passa por seu nariz, a esquentando nessa manhã nublada, aprecia seu pão com queijo, seu olhar fixa no canto da parede
" Cara... O que eu faço agora? Tipo eu sei que eu vou ser a esquisitona do rolê e tal, mais sei lá queria estudar em casa, ou não estudar, quero mesmo é ficar rica! Ser estudante é muito chato, e se os professores forem sem noção? Nada contra freiras mais elas precisavam urgentemente de uma dose de água benta e uma aposentadoria"- pensava a garota enquanto dava seu último gole de chá
Com muita cuidado fecha a porta, coloca seu fone lilas, e desce a escada
Não tem como fugir afinal
O caminho está neutro, alguns adultos passam do outro lado da rua, vê algumas pessoas de mochila, mais não tem certeza de realmente são estudantes, nervosa se concentra na música
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Effie nunca foi uma pessoa de se conectar a música ao ponto de senti-la, tipo se ouvir uma letra triste ela continua normal, não tem música que a faça chorar, mais ainda se deslumbra por esse mundo
Já na entrada recebe alguns olhares
" Ignora garota, só anda vai"- suspira e faz seu famoso "olhar de peixe morto"
Passando por uma longa quadra de grama, entra pelo grande portão, com várias pessoas em volta rindo e conversando sentados na grama, há três elevadores no fim do corredor, passando por entre as mesas do refeitório
