BANG!

Capítulo XV

 Oi... então, eu sumi mas estou de volta com uma atualização... que por acaso é a última que a fic vai ter pq eu acabei de escrever, aos leitores que sobreviveram aos meus hiatus... boa leitura. 

 Três meses ao lado de Taylor ganharam a qualidade de passar como poucos dias. Entre a correria de um show e outro depois da breve pausa que a cantora fez de março até o início de maio, a rotina agitada dela também se tornou pertencente à Luna. A morena inevitavelmente se viu cada vez mais mergulhada naquela vida, acompanhou os shows em grande parte das datas até junho, passando pela França, Suécia e alguns outros países. Não se via capaz de negar os pedidos manhosos da loira para viajar ao redor do mundo com ela, seja pelo sentimento cada vez mais forte que tinha em seu coração ou pela afeição que nutria por toda aquela energia caótica. 

 Em resumo, ela trocou as luzes familiares e brilhantes de New York por semanas lotadas de viagens, cidades belas e monumentos inimagináveis. Era diferente de tudo que já havia vivenciado em seus 26, quase 27 anos de idade a essa altura. Sentia que finalmente havia achado sua função atrás das lentes fotográficas — a vocação, a musa que tanto se prometia a qualquer artista. A sua era Taylor, sem dúvidas, era fácil se apaixonar ainda mais por ela quando a via hipnotizar multidões e tratar com amor cada rosto na plateia com uma conexão genuinamente forte.

Com quase cinco meses de namoro e alguns meses a mais de amizade, tinha a impressão de conhecer a loira por toda sua vida. A proximidade fácil que sempre tiveram só cresceu levando o relacionamento para outro patamar. Eram mais do que namoradas, eram melhores amigas, confidentes, um laço fortalecido pelas causalidades da vida.

As noites eram agitadas e recheadas de espetáculos, um verdadeiro show que ia de Taylor performando no palco até Luna assistindo na plateia, afinal, os fãs ainda estavam se acomodando com a mais nova função que a morena exercia na vida de sua ídola — para os olhos externos, eram melhores amigas unidas pelo trágico acidente — na particularidade de sua bolha poucos tinham o privilégio de saber o que realmente significavam uma para outra. Luna não se importava se o mundo sabia ou não enquanto tivesse os olhos de Taylor fixos nos seus de forma discreta enquanto cantava seus clássicos românticos, sabendo que mesmo nas noites em que ela era a Taylor Swift, nunca deixava de ser a mulher por quem se apaixonou. Taylor era uma especialista em fazê-la sentir única, envolta do que Luna temia nomear, mas já sabia inconscientemente ser amor.

Os dias eram cheios do que elas quisessem que fossem. Algumas vezes a loira a obrigava a conhecer cada partezinha de uma cidade em que estivessem, num encontro onde só as duas tinham ciência do que realmente significava — mesmo que isso desobedecesse sua rotina pós show de descansar ou atraísse comentários cada vez maiores sobre sua proximidade — como da vez que foram fotografadas sussurrando uma para outra no Louvre. Às vezes, Luna batia o pé e obrigava a loira a se cuidar, restringia suas horas passadas a tomar conta dela, seja a abraçando depois de um show cansativo, levando seu café da manhã na cama ou assistindo os filmes musicais que a cantora tanto amava. Era uma troca mútua, elas se conheciam e sabiam onde grande parte dos limites que tinham começavam e terminavam.

Junho desabrochou como as rosas que viram nos festivais de fim de inverno na França nos dias que sucederam os shows da cantora em Lyon. Chegaram dias antes para desfrutar das atrações e tudo estaria em crescente harmonia se não fosse por um fator: Travis Kelce. Surpreendendo a todos, inclusive a cantora, o jogador de futebol esteve na tenda reservada para amigos, familiares e convidados especiais na primeira noite que a loira se apresentou na França. Tamanha foi a surpresa da morena ao ver o homem ali ao seu lado, assim como Taylor ficou chocada depois que foi informada disso. Só souberam mais tarde que após muita insistência, Scott havia cedido a permissão para o homem, que ainda teimava em chamar Taylor para sair. Luna já havia perdido as contas de quantas vezes a loira comentara que a assessoria do jogador havia tentado contatá-la e isso já a aborrecia a algum tempo.