𝙏𝙃𝙀 𝘽𝙀𝙏 | 𝐋𝐔𝐋𝐔𝐂𝐀

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ACORDEI COM o sol entrando pelas frestas da cortina. A manhã estava clara e tranquila, um contraste com a confusão de pensamentos que borbulhava na minha mente desde a noite passada. O relógio ao lado da cama marcava 5:30. Levantei-me devagar, espreguiçando-me enquanto tentava ordenar meus pensamentos.

Hoje já era uma segunda-feira, o começo de mais uma semana de escola. Suspirei, levantando-me da cama para me arrumar. Desse o dia que eu e Luiza saímos, quase não conversamos. Talvez fosse apenas porque não tínhamos muito assunto.

Depois do banho, coloquei meu uniforme. Sentei-me em frente à penteadeira e comecei a fazer uma maquiagem básica: um pouco de corretivo, rímel e um toque de blush para dar um ar mais saudável ao meu rosto.

Enquanto passava o gloss, pensei na semana que tinha pela frente. Haveria uma prova de matemática na quarta-feira e um trabalho de história para entregar na sexta. Eu precisava me concentrar e me organizar, mas a situação com Luiza não saía da minha cabeça.

Terminei de me arrumar, sequei meu cabelo, e desci para tomar café da manhã. Minha mãe já estava na cozinha, preparando torradas e café.

- Bom dia, Mayla. Dormiu bem? - perguntou ela, me entregando um prato com morangos

- Bom dia mãe, dormi sim. - Respondi, pegando os morangos me sentando à mesa.

- E Resende? não acordou ainda? - Eu perguntei, enquanto comia meus morango

- Seu irmão já tomou café, por algum milagre ele acordou cedo hoje. - Mamãe disse, então se levantou para lavar sua xícara.

- E o pai? não vai trabalhar hoje?

- Não querida, hoje ele está na folga. melhor você se apresentar, se não vai se atrasar, chama seu irmão e vai.

Terminei de comer e foi escovar os dentes, assim que termino chamo Resende para irmos para a escola.

E logo já estávamos na porta, prontos para sair. Coloquei a mochila nas costas e me despedi de minha mãe.

Saímos de casa, eu e Resende, caminhando em direção à escola. A brisa da manhã era fresca, e o céu estava de um azul claro, sem nuvens. Apesar do tempo agradável, meu humor estava distante, preso nas memórias e incertezas dos últimos dias.

No caminho eu e meu irmão conversamos algumas coisas. Uma dessas coisas era Sofia. Resende agora só sabia falar dela.

Chegamos à escola, e logo fomos para nossas salas. Assim que entrei, procurei Luiza com o olhar, mas ela ainda não tinha chegado. Suspirei, sentando-me no meu lugar habitual. Os outros alunos começaram a chegar, e o burburinho da sala se intensificou.

Finalmente, Luiza entrou. Ela parecia distraída, talvez até um pouco cansada. Nossos olhares se cruzaram por um breve momento, e ela me deu um sorriso rápido antes de se sentar em seu lugar. Algo parecia diferente, como se a energia entre nós tivesse mudado.

A aula começou, mas minha mente continuava vagando. As palavras do professor de matemática sobre funções e equações não faziam sentido.

Graças a Deus a aula de matemática havia acabado, e nesse momento estou tendo aula de ciências.

A aula de ciências avançava lentamente, e eu estava distraída, perdida em pensamentos.

Estávamos fazendo um experimento em grupo, e o professor decidiu que seria uma boa ideia trabalharmos em duplas para finalizar o relatório.

- Certo, pessoal! Quero que se organizem em duplas para concluir o experimento. Escolham alguém com quem vocês ainda não trabalharam muito este semestre, vamos tentar variar - o professor anunciou.