Ghost's Shadow

CAPÍTULO 6

A base no Irã não era nada comparada com as que você estava habituada. Na verdade, o local onde Farah estava parecia mais um abrigo temporário, como se a qualquer momento precisasse ser evacuado às pressas. As paredes eram de um concreto desgastado, com fios elétricos expostos e luzes tremeluzentes. O ambiente era sombrio e claustrofóbico, uma antítese da segurança e estabilidade que você estava acostumada.

Enquanto você observava o local com uma mistura de curiosidade e desconfiança, Price atualizava Farah sobre os últimos acontecimentos. Ela ouvia atentamente, sua expressão séria revelando a gravidade da situação.

"Shepherd, hm? Quem diria", ela murmurou ao lado, sua voz carregada de incredulidade enquanto processava as informações. Em seguida, dirigiu sua atenção para Alejandro. "E como estão as coisas no México?" ela perguntou, seu interesse genuíno transparecendo em suas palavras.

"Um inferno", Alejandro respondeu com um sotaque carregado e voz cansada, mostrando os sinais da luta constante que enfrentava.

Farah apenas acenou, sem intenção de prolongar o assunto. Seus olhos determinados, no entanto, caíram sobre você, te analisando friamente. "E como sabemos se ela está do nosso lado?" ela perguntou desconfiada, cruzando os braços em um gesto defensivo. "Shepherd é seu pai, certo? Vai lutar contra seu próprio pai?" A pergunta era direta e incisiva, carregada de desconfiança e desafio.

"Farah..." Ghost interveio, mas você o interrompeu, sentindo a necessidade de se posicionar.

"Não preciso te provar coisa alguma", você respondeu, sua voz firme e determinada. "Mas, se te serve de consolo, meu laço sanguíneo com Shepherd não tem influência alguma sobre as minhas decisões."

A mulher semicerrou os olhos, analisando sua resposta e sua postura com um olhar penetrante. Após alguns instantes de silêncio tenso, ela acenou positivamente. "Pois bem", começou, sua voz firme ecoando na sala improvisada. "Meus homens me sinalizaram sobre uma aeronave que pousou ao norte, mas nossa influência por lá é muito fraca. Posso te passar a localização e o que sei do lugar, mas apenas isso. Já temos problemas demais para resolver por aqui."

"Isso já é o suficiente", concordou Price, sua expressão séria refletindo a urgência da situação. A informação era valiosa, mesmo que fosse apenas um fragmento do quebra-cabeça que estavam tentando montar. Cada detalhe contava.

Ao que tudo indicava, eles haviam pousado ao norte, mais especificamente em Teerã. Farah informou que militares americanos não são bem recebidos na cidade, então vocês teriam que abdicar das roupas militares por enquanto.

"Teerã é um lugar complicado para estrangeiros, especialmente militares americanos", explicou Farah, olhando para cada um de vocês com seriedade. "Vamos precisar que vocês se misturem com a população local. Roupas militares vão chamar muita atenção, e isso é a última coisa que precisamos."

Price assentiu, absorvendo a informação. "Temos que ser discretos então."

Farah acenou com a cabeça. "Já providenciei algumas roupas para vocês. São simples, mas vão ajudar a não chamar atenção."

Ela jogou uma bolsa com uma pilha de roupas civis: camisas largas, calças desgastadas, lenços e chapéus.

"Vocês vão se encontrar com um de meus contatos em Teerã", continuou Farah. "Ele vai fornecer mais informações e ajudá-los a se mover pela cidade sem serem detectados."

"Este é o endereço onde vocês vão encontrá-lo", disse Farah, entregando um pedaço de papel a Price. "Sejam rápidos e, acima de tudo, cuidadosos. Não podemos nos dar ao luxo de cometer erros."

odos acenaram positivamente, os rapazes pegaram algumas peças de roupas que julgavam servir e se moveram para se trocar em outro lugar. Você foi uma das últimas a pegar as peças e, antes de sair, Farah te alcançou.