DARK ROMANCE - HARÉM REVERSO
O reino de Zaara está há mais de cem anos protegendo vampiros dos ataques dos 𝐼𝑟𝑎𝑡𝑢𝑠, metamorfos que se perderam pela ganância e poder.
A praga levou vários seres do submundo ficarem a beira da extinção.
Sua sede...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Reino de Zaara, Aldeia Knox.
Sete anos depois...
— Nós precisamos comemorar, S! Você nunca me deixou falar sobre seu aniversário. — Hanson resmunga enquanto arrumamos a cela dos nossos cavalos. — Nós já voltamos cinco vezes da exploração, você não pode só ignorar a medalha e enfiá-la em seu bolso! Somos os mais jovens da nossa divisão e nunca saíram tantas vezes e voltaram assim!
Continuo ignorando sua presença enfadonha, estou cansada desse discurso sobre merecimento.
Eu não faço o que faço buscando uma porcaria de medalha.
Fazem sete anos que vi um infectado matar meu melhor amigo bem em frente aos meus olhos, desde então me dedico a matar o máximo de infectados que posso. Isso me rendeu medalhas e fama entre as divisões, eles me chamam de "a assassina das sombras", minha presença é tão imperceptível em batalha que eles nunca sabem de onde virá o próximo golpe.
Nada disso repara o vazio que se instalou em todo meu ser desde que perdi Emeric.
Engulo as lágrimas que se alojam em minha garganta, pois não o trarão de volta... nada o fará, a única coisa que ameniza a dor é quando minha espada atravessa o coração de um mestiço.
— Ele está te atormentando de novo? — Vlad pergunta logo que chega ao nosso lado.
Vlad encara Hanson por um breve instante e posso ver a conversa interna pelos olhares.
Patéticos.
— Você pode pelo menos tomar um whisky com seu melhor amigo? — Hanson implora com as mãos no peito. — Faz tempo que não nos alcoolizamos juntos.
— Porque isso é proibido... — respondo lhe dando as costas.
— Não for a dos portões... — Vlad responde e alcança meu lado. — E o melhor amigo dela não gosta de whisky, eu prefiro um bom vinho!
O som de algo voando em Vlad me faz sorrir, mas logo escondo o movimento involuntário.
— Eu sou o único melhor amigo dela! Desde a infância! Você não tem nem chances.... — E como costume, os dois começam uma discussão em disputa da minha amizade.
Nós somos exploradores, isso chama a atenção dos vampiros na rua, como se não bastasse, os dois falam em voz alta esquecendo que estamos em casa. Olhares curiosos e de medo cruzam com os meus, e com razão, porque podemos nos infectar for a dos muros.
O que nem todos sabem é que o vírus só se transmite pela rede sanguínea e não estamos machucados, somos verificados antes de entrar, esperamos 72h for a dos portões, esse é o tempo para o vírus transparecer.
Ainda assim, eu no lugar deles também temeria, pois foi dentro da muralha que Emeric morreu nas garras de um mestiço.
Minha vida tomou caminhos que não esperava, em meu debute ao invés de ser apresentada para a sociedade como uma possível esposa, me alistei a guarda. Foi uma surpresa para todos quando descobriram que não existiam leis proibindo fêmeas, elas simplesmente não se interessavam.
