ALEGRIA EM DISCOS-CARLISLE CULLEN

04

Do Senhor Misterioso para Lexie
-Capítulo 4-

Carlisle estava dentro de sua Mercedes. Apertava o volante com força, estava consumido por uma onda de nervosismo. No banco do passageiro, estava o presente que daria para sua companheira, já embrulhado com um papel vermelho e traspassado por um laço dourado.

O patriarca saia da vaga de estacionamento da papelaria que comprou o embrulho. Começou a manobrar sua Mercedes pela pista vazia por causa do horário.

A típica chuva começou a cair, batendo no vidro do seu carro, mas ele não desviou seu olhar da estrada e nem cedeu seu aperto do volante, totalmente submerso em seus pensamentos.

Ele se perguntava se ela iria gostar de seu presente, se ela o daria uma chance, se ela coraria quando leria o bilhete que escreveu especialmente para ela.

Ele estava nervoso, parecia que surtaria a qualquer momento, em sua mente começou a traçar um plano, de como conquistaria Lexie e juntava seu plano com algumas sugestões dadas por sua filha, Alice.

Seus olhos olhos dourados olhavam as placas das ruas de Port Angeles, ele procurava pela Ocean Boulevard. A rua do hotel de Lexie.

Era uma avenida famosa em Port Angeles por seus prédios de luxo onde a alta classe se Port Angeles morava.

Procurou pelo edifício com o nome de Rhode Island Hotel e quando encontrou parou em frente e desceu até a recepção.

A fachada luxuosa podia ser vista a quilômetros de distância e chamava a atenção por ser o hotel mais luxuoso de Port Angeles.

Assim como a fachada,o interior era igualmente luxuosos tendo quadros feitos por pintores famosos nas paredes.

O médico se encaminhou para o balcão da recepção onde foi recebido por uma mulher de cabelos castanhos e olhos azuis.

Pelo seu crachá de identificação viu o seu nome, Elize Stanley, ele se lembrou que já tinha atendido a filha da mulher, Jessica, quando ela quebrou a perna há alguns anos atrás.

A filha dela era amiga de Bella, sua nora, mas era detestada pelo seus filhos, principalmente Edward que via todos os pensamentos invejosos da Stanley mais nova.

Carlisle sorriu de forma gentil, como fazia com todos os humanos que conversava. A recepcionista corou e sorrio de volta com um olhar paquerador.

Olhar que não passou despercebido pelo Cullen, mas ele não ligava, não tinha interesse e nem olhos para qualquer outra mulher que não fosse Lexie, sua tão amada companheira.

Com a lembrança de Lexie em sua mente, ele falou:

— Olá, bom dia, senhora Stanley — cumprimentou de forma gentil

— Bom dia, Dr. Cullen, pode me chamar de Elize. Em que posso ajudá-lo? — perguntou sorrindo sedutoramente

— Certo, senhora Stanley — falou dando ênfase no senhora Stanley para que a mulher visse que ele não estava interessado. — Vim deixar algo para um hóspede — falou deixando o presente no balcão da Stanley.

— Para quem seria? — perguntou um pouco decepcionada no tanto que não obteve o interesse do vampiro.

— Para a senhorita Alexandra Clark — respondeu sorrindo quando se lembrou de sua companheira.

— Certo, entregarei para ela, Doutor. Posso ajudar em mais alguma coisa? — questionou a recepcionista.

— Só não diga que fui que entreguei. — falou o doutor — Muito obrigado, senhora Stanley — agradeceu de forma gentil.

— De nada, Doutor Cullen. — falou antes do homem partir.

Carlisle saiu realizado, se pudesse pular de alegria no momento, ele pularia. Saiu do gigantesco Hotel e entrou na sua Mercedes.

Deu partida pro seu trabalho. Seguindo na estrada que voltava para Forks.

A sua ida ao trabalho teria sido silenciosa se não fosse o seu rádio ligado, normalmente não ligava o rádio, segundo ele só se passavam músicas mundanas, e ele preferia muito mais a sua música clássica e músicas dos anos 80 e 90 do que as músicas dos anos 2000 que tocavam na rádio, como Christina Aguilera e Britney Spears.

Mas deixou ligada por que as músicas de sua amada começaram a tocar. Sua voz melodiosa ecoou pelo carro e a notas de seu piano também.

O som era muito agradável para seus ouvidos, se pudesse ouvi-la cantar o dia inteiro faria com toda certeza.

Quando a música acabou se sentiu vazio quando começou a tocar a música de outra cantora, queria ouvir mais de Lexie, mas não podia, não agora.

Desligou o rádio e ficou em silêncio até a sua chegada no hospital, onde começou o seu plantão atendendo pacientes da urgência, desde de idosos até crianças.

O movimento do hospital estava baixo, como sempre, hospitais de cidades pequenas sempre são mais vazios.

Carlisle estava na sua sala, estudando um caso de um paciente, quando sentiu o cheiro de sua companheira no hospital.

Ele se desesperou e largou os papéis que segurava junto com sua caneta. Nem sequer lembrava onde tinha deixado os itens e naquele momento nem se importava.

O vampiro abriu a porta de sua sala com pressa, sentindo seu coração saindo pela boca com a possibilidade de Lexie estar machucada.

Saiu da sala andando rápido seguindo o cheiro dela até a emergência, onde viu uma enfermeira levando ela para um leito.

Quando viu o estado de Lexie, ele paralisou, o corpo dela parecia tão vulnerável e frágil, deitado na maca.

As suas narinas, sentiram o cheiro de sangue vindo dela e ele analisou o seu corpo, que era possível ver agora pelas roupas que ela estava muito magra, chegando a mostrar alguns ossos.

O médico não tinha notado isso quando viu ela pela primeira vez por causa de suas roupas volumosas que escondiam seu corpo. Mas agora ele podia olhar para ele atentamente.

Seu coração se quebrou quando a possibilidade de sua alma gêmea ter um distúrbio alimentar. Ele sabia que pacientes com distúrbios alimentares sofriam muito, principalmente para sair de crises. Ele queria cuidar dela, dizer que a amava, abraçar ela e dizer que tudo ia ficar bem e apoiá-la até o fim de sua doença.

— Eu assumo daqui, Elena — falou Carlisle para a enfermeira quando finalmente saiu de seu transe.

Ela confirmou com a cabeça e deixou Carlisle levar Lexie na maca, que internamente prometeu que cuidaria de sua companheira.