"516"?

52 3 0
                                    

Após o fim da reunião, eu e Caitlyn ficamos conversando um pouco. Depois ela se lembrou que tinha que me treinar, então fomos pra Academia Rota Dourada.

Após o meu treinamento, continuamos lá por um tempo. Eu estava treinando em um saco de pancada, foi quando a fala do Félix voltou a minha cabeça.

"516 ficou bravinha"

Comecei a desferir socos com mais força, descontando todo o meu ódio pelo Félix ali. Caitlyn percebeu.

- Tá tudo bem? - perguntou. Parei de socar o saco de pancada e fiquei em silêncio por um tempo. - Vi? - insistiu.

- Como o Félix sabe o meu número de detenta...? - perguntei, e no fim, olhei para Caitlyn.

- ...Eu não sei - respondeu pensativa.

- Antes de você ir a Água Mansa, você contou sobre mim pra ele? - perguntei.

- Não, eu não falei sobre isso pra ninguém. Nem os meus pais sabiam.

- Ele tem acesso a algum registro meu?

- Ter, ele tem. Mas ele nunca olha as fixas de quem está ou já esteve em Água Mansa, e há seis anos, ele nem trabalhava aqui.

- Existe a possibilidade de ele ter ouvido falar de mim e procurado minha fixa?

- Acho que não.

- Então como ele sabe...?

Fiquei em silêncio por um tempo e me sentei em um sofá que tinha por ali mais pro canto da sala. Fiquei olhando pro teto e tentei pensar em alguma outra forma de ele saber meu número de detenta.

Caitlyn se sentou ao meu lado e colocou sua mão sobre a minha. Depois de um tempo, me lembrei do Marcus.

- E o Marcus? Ele falava com o Félix? - perguntei.

- ...Sim, pode ter sido isso. Mas não sei se o Marcus falou sobre você pro Félix, mas tem uma possibilidade.

- Então talvez seja isso. Mas sei lá, por que ele disse aquilo do nada?

- Talvez pra fazer você ficar triste, irritada, magoada e se demitir. Ele não quer você ali.

- Ele vai ter que fazer muito mais do que apenas me chamar de 516 pra fazer eu me demitir. - Caitlyn sorriu quando eu disse isso.

- Bem, vamos voltar pra delegacia. Eu ainda tenho duas coisas pra resolver. - disse Caitlyn já se levantando do sofá.

- O que seria? - perguntei.

- Tenho que providenciar uma arma pra você e a sua nova sala.

- Entendi. Ok então. Vamos.

Após isso, saímos da Academia e voltamos pra delegacia. Ela providenciou uma sala pra mim e a minha arma.

- Vi, você tem a sua própria sala agora, mas se você quiser ficar na minha, não tem problema. Você é sempre bem vinda - disse Caitlyn, sorrindo.

- Tá bom então - falei, retribuindo o sorriso.

Fomos até a sala de treinamento e ela me ensinou a atirar. Até que a minha mira não é tão ruim.

Ela ainda foi resolver algumas outras coisas, então ficamos mais ou menos mais 2 horas lá. Depois, voltamos pra casa.

The Story After ArcaneOnde histórias criam vida. Descubra agora