O GAROTO sentado na grande mesa de vidro apenas mexia na comida quente em seu prato, ele olhava a comida enquanto o som de seus pais conversando era abafado pela sua mente, ele pensava que logo iria entrar em uma escola de prestígio, não podia decepcionar seus pais.
— Satoshi? Satoshi!? – A mulher loira dizia aumentando o seu tom de voz pois o garoto não a respondia — Está pensando em que?
— Ah, sobre a U.A, mas oque aconteceu? – O garoto disse finalmente erguendo seu olhar para sua mãe.
— Tenho um anúncio a fazer antes de você entrar na U.A! – A mulher disse sorridente pata seu marido e filho — Eu tô grávida!
O seu pai levantou, indo até sua esposa, a abraçando fortemente, sorrindo alegremente.
Já o garoto tinha seus olhos arregalados, ele via como aviam recebido de bom grado seu novo "irmão" ou irmã, mas sua mãe nunca nem lhe abraçou de bom grado, ele travou, e sua garganta travou junto com ele.— Filho, oque foi? Não gostou da notícia? — Seu pai disse saindo do abraço e olhando o Satoshi.
— Ah...Gostei, claro. — Ele disse gaguejando, ele se levantou, sentindo seu peito apertar — Irei me deitar para amanhã, boa noite.
O sorriso de Masato se desfez ao olhar para seu filho, os olhos do garoto eram doloridos. Uma dor desconhecida ao seu ver, oque fez o garoto se sentir assim?
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—A palidez era visível no rosto do garoto sentado na cadeira branca de sua escrivaninha, sentia o suor escorrer por todo seu rosto.
A sua garganta se trancava, ele apertou sua camiseta do lado esquerdo de seu peito sentindo seu coração se acelerar.
— Droga, droga....essa criança... –
Ele arfou esbravejando, não arfou em prazer ou euforia, arfou em dor e angústia, sabia que sua mãe não lhe recebeu assim, ele sabia que a mulher que lhe deu a luz o odiava por ter arruinado sua vida."Você está sendo um péssimo filho, não seja tão egoísta."
"Não seja um peso morto igual quando lhe tive." Aquelas frases giravam em sua mente, sempre foi assim, tantas palavras guardadas em sua memória que uma hora se transformou em desprezo, dor, ódio. Mas não conseguia demonstrar, já não era capaz de demonstrar que não aguentava oque se passava dia após dia.Ele se deitou na grande cama de casal que avia no centro de seu quarto, ele deitou sentindo a maciez do edredom branco, ele fechou seus olhos respirando fundo para recuperar todo seu fôlego perdido.
— Droga, não deveria ligar para isso, eu posso apenas não me aproximar dessa criança ou algo do tipo.Ele sabia que se ao menos olhar iria lhe trazer dor de saber que nunca seria amado igual a esse bebê, mas sabia que a culpa também não era dela. Ele deu um riso nasal pensando o quão idiota o pensamento de não se aproximar da sua irmã ou futuro irmão.
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Red Eyes - Katsuki Bakugou × Male reader
FanfictionEm Qingqing, nasceu um bebê capaz de emanar luz de seu corpo, essa foi a primeira aparição de individualidades, desde então várias crianças nasceram com peculiaridades, desde criar explosões, até mesmo a super força. Então, por conta de tantos poder...