Capítulo 2

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Camila acordou quando todas as luzes da prisão se acenderam.

Piscando, ela tentou se ajustar ao brilho repentino, sentindo uma pontada de dor entre as pernas e uma sensação pegajosa por não ter se lavado depois que Lauren ejaculou dentro dela duas vezes.

Ela se sentia dolorida e exausta, e seu estômago doía.

Mas pelo menos ela estava viva. E saudável.

Mesmo quando todas as probabilidades estavam contra ela.

Lauren também ainda estava na cama, mas seus olhos estavam abertos, olhando fixamente para o teto. Seus braços estavam cruzados atrás da cabeça e as cobertas foram puxadas para baixo em volta de sua barriga.

Camila não podia acreditar que tinha fodido com ela. Duas vezes. E gozou na segunda vez.

Começou a dizer algo, apenas um comentário trivial para quebrar o silêncio, mas então se conteve. Ela não parecia estar com vontade de conversar, e a última coisa que Camila queria era irritá-la.

Depois de alguns minutos, Lauren a olhou e manteve os olhos nos dela.

Ela ainda não havia falado e Camila estava ficando ansiosa com o silêncio prolongado.

Será que estava planejando dizer que já estava farta dela?

Camila não era a melhor foda do mundo, mas assim que se acostumasse seria melhor. Lauren poderia pelo menos dar-lhe mais uma chance.

Ela engasgou quando Lauren finalmente se moveu, estava preparada para lidar com qualquer crise que surgisse em seguida, mas Lauren simplesmente foi para o banheiro.

Quando ouviu um barulho repentino vindo de fora da cela, ela se endireitou na cama, com o coração batendo forte de terror. Parecia que um motim havia explodido do nada. Ouviu sons perturbadores a noite toda, vozes grosseiras, grunhidos e gritos provocados por Deus sabe o quê, mas não era nada parecido com isso.

Lauren saiu do banheiro e notou que Camila estava paralisada.

- Hora da refeição-, ela explicou bruscamente. - Não é nada bonito.- Depois de lavar rapidamente o rosto e as mãos na pia, ela se sacudiu como um cachorro e continuou: - Já volto. Você vai querer ficar aqui.

Camila não comia há vinte e quatro horas e logo desmaiaria de fome. Mas o som da loucura desencadeada pela chegada da comida, como gatos selvagens brigando por uma carcaça, a impediu de reclamar do plano dela. - Pode... você pode me trancar?

- Claro. O que mais?

Ela corou com a resposta impaciente e não disse mais nada quando Lauren pegou uma tigela grande, uma garrafa e uma colher da mesa, destrancou a porta gradeada, saiu e trancou-a novamente.

Deveria haver apenas uma chave, que ela mantinha consigo o tempo todo.

Camila usou o banheiro enquanto Lauren estava fora, ficou aliviada por não haver espreitadores nas grades para cobiçá-la ou intimidá-la. A hora das refeições deve chamar a atenção de todos.

Lauren voltou em menos de dez minutos. Ela encheu a tigela grande com algo que cheirava a ensopado, um pedaço de pão e duas garrafas. Ela deve ter encontrado outra.

Jogou para Camila uma das garrafas, que aceitou com apreço, engolindo a água que havia dentro.

Mas teria sido bom se ela tivesse trazido um pouco de comida também.

Nem sonharia em reclamar por medo de irritá-la ainda mais, mas ela teria que alimentá-la eventualmente se quisesse mantê-la viva para transar.

Largou a tigela e o pão sobre a mesa e depois colocou algo que tinha debaixo do braço.

Prisão (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora