Oie
Nesse capítulo eu trouxe um pouco do passado de Suguru, mas as coisas ainda não estão tão claras.Boa leitura.
🍷
A ansiedade fazia seu estômago borbulhar. Quando havia entrado no hospital e passado algumas horas sentindo contrações horríveis, Suguru nunca havia se sentido tão ansioso para saber como seria ter suas bebês. A bolsa estourou durante a madrugada quando sentiu algo descer por sua roupa e pernas, e não demorou para bater no quarto de Sukuna e avisar que suas filhas iam nascer.
Já faziam trinta minutos que estava deitado na maca, não conseguia ver o que os médicos estavam fazendo com sua barriga porque havia um cortina na sua frente. Estava silencioso, de vez em quando ouvia o obstetra pedir ferramentas para o instrumentador cirúrgico e o som de metais colidindo. Entretanto, o silêncio foi quebrado quando o som estridente de um choro ecoou pela sala, fazendo o coração de Suguru bater forte no peito.
Uma enfermeira trouxe a bebê embrulhada em um pano verde, a boca aberta emitindo o barulho do choro alto. Ela mostrou o rostinho de Mimiko e Suguru sorriu quando viu sua filha pela primeira vez, encabulado ao pensar que a sentia chutar em seu ventre. Uma lágrima escorregou pela sua têmpora e fechou os olhos quando a enfermeira levou Mimiko para seu rosto e encostou a sua pele em Suguru, finalmente sentindo seu toque.
Poucos minutos depois, Nanako nasceu, chorando tão alto quanto Mimiko, sendo mostrada para Suguru, que sorriu mais uma vez ao ver sua segunda filha, os cabelinhos loiros molhados pelos fluidos da gravidez.
Com todo o procedimento terminado, o ômega agora já estava no quarto do hospital, com suas meninas dentro do berço hospitalar. Suguru estava com sono, mas não conseguia dormir, uma vez que toda hora verificava se elas estavam respirando. Tudo o que havia passado nos últimos meses valeu a pena, foi uma gravidez difícil para ele e se viu chorando mais uma vez ao olhar para os rostinhos dorminhocos, tão silencioso e emocionado, lembrando das situações tristes que tinha passado. Amava suas filhas mais do que qualquer pessoa.
— Elas já foram registradas.
Suguru se espantou com a aparição repentina de Sukuna, não escutou quando ele entrou no quarto. O alfa estava vestido em roupas casuais caras, que fechou a porta com cuidado, pisando no chão para se aproximar da maca em que Suguru estava deitado. Espiou as bebês antes de dizer alguma coisa.
— Não parecem com você. — Sukuna realmente não se importava se isso incomodaria Suguru.
— Elas são lindas. — levou a mão até a borda do berço.
— Sim, elas são. — os passos de Sukuna rodearam a maca, parando próximo das bebês. — Cores diferentes de cabelo.
— São gêmeas dizigóticas, por isso, mas seus rostos ainda são parecidos.
As barriguinhas subiam e desciam em um ressonar baixo, as meninas estavam bem embrulhadinhas em suas roupas que Suguru trouxe na mala maternidade. Sukuna parou seus olhos no ômega, era um garoto de quinze anos que se tornou mãe, estava visivelmente cansado, e não deixou de reparar que seus olhos ainda estavam úmidos enquanto observava suas filhas.
Por mais que fosse um alfa com toda a sua aura bruta, Sukuna ainda sentia muito por Suguru, as consequências de seus atos irresponsáveis trouxe duas meninas ao mundo, pequenas e saudáveis. Mas, independente de tudo, Suguru tinha onde se segurar agora, porque ele era seu e sempre seria. O alfa tinha a posse do ômega e não deixaria uma pessoa tão bela quanto ele escapar de suas mãos, Suguru podia ser bem utilizado para ele.
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Effluvium | Satosugu
FanficA vida poderia ser fácil para alguns e difícil para outros. E para Suguru, as peças que foram pregadas em sua vida o trouxe a circunstâncias complicadas, onde não havia escolhas. Ainda muito jovem, sendo um ômega, Suguru foi desmotivado e impedido d...