⁙⁖𝐎𝐔𝐑 𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐘... {Tokyo Revengers - Mikey}

𝘾𝙝𝙖𝙥𝙩𝙚𝙧 𝙩𝙝𝙞𝙧𝙩𝙚𝙚𝙣 - 𝘖 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰 𝘭𝘢𝘥𝘰

• Nick's POV on

Um idiota. É isso que eu sou. Eu me odeio, sinto nojo ao me olhar no espelho.

Se antes já pensava não ser merecedor de ser amado, agora eu tenho mais certeza ainda. Eu próprio me machuco, é claro que machucaria outras pessoas. Cindy foi o meu primeiro amor, e desde então nunca mais me permiti amar outro alguém. Mesmo sabendo que não foi totalmente culpa minha tudo oque aconteceu, eu me sinto culpado porque eu machuquei ela também, e isso ainda dói muito. Depois dela eu saia com qualquer uma pra preencher meu vazio, parei alguns meses antes de conhecer a S/n por motivos de: não preenchia. Quando a conheci de fato, senti algo que não sentia a muito tempo, a vontade de me permitir amar alguém novamente, nem pensava em permitir ou não permitir porque o sentimento já estava em mim, e mesmo que tentasse ele não mudaria. Eu amo ela, pra caralho. Seria capaz de loucuras por ela, mas sendo quem eu sou não posso fazer oque eu quero. Olha que hipocrita né? E eu a julguei por isso...

Tem muitos detalhes sobre mim e minha vida que não contei a S/n por motivos óbvios, ela não iria me querer mais por perto e provavelmente me odiaria. Meu pai é um dos comandantes da organização rival a "nossa", mas ninguém de nós sabe além de mim, e ele se infiltrou e claro, me usou para fornecer informações para eles e chegar em seu objetivo final. Confesso que no começo eu estava foda-se pra isso, eu faria sem objeções já que minha vida inteira eu tive que fazer oque mandam fazer, já era um hábito normal. Mas ela, ela mudou isso, me fez sentir a necessidade de mudar, e mudei. Fiz de tudo que podia para me afastar do meu pai, forneci informações falsas e pouquíssimas verdadeiras, manti eles longe dela e de sua organização, taquei o foda-se pra vontade deles e só segui a minha, mas não adianta. Isso não dura muito, eles sempre tem que estragar tudo. Esse tempo todo eu só queria protege-lá, porque por mais forte fisicamente que ela fosse, eu sabia o quão frágil mentalmente ela era, e eu odiava vê-lá mal.

É uma merda ter que fingir não me importar, fingir ver ela como descartável. Descartável? Porra, se eu pudesse teria ela pra sempre ao meu lado. Me dói saber que ela nunca vai me amar da forma que amou e ama o seu primeiro amor, e posso até entender mas aceitar? Nunca. Eu quero poder viver em paz, mas ao seu lado. Quero acordar ao seu lado todos os dias e dizer que te amo, quero uma vida com você. Impossível.

Na noite em que pude te sentir intensamente, onde pude te dar prazer, nunca tinha me sentido tão bem. Parecia um sonho, como se estivéssemos prestes a ficarmos juntos finalmente, mas claro que tinha que estragar.

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Eu te amo... - sussurro enquanto observo ela dormindo em meu peitoral, tão bonita quanto o pôr do sol. Sinto meu celular vibrar na mesa cabeceira ao lado da minha cama, e com cuidado tiro ela do meu peitoral, te deitando no travesseiro. Seu sono era tão pesado que nem percebe. Me levanto e vou até o quintal para fazer uma ligação, a qual foi pedida para eu fazer na mensagem enviada.

Alô? - Que porra você tá fazendo moleque? Esqueceu o porque tá onde tá? - Ah, oi pai... - desconfortável eu respondo - Eu sei de tudo, nem tente negar algo pois tenho provas. Antes que diga eu não ligo se está apaixonado pela putinha chefe, a sua obrigação é mais importante, seus sentimentos não importam nisso e você sabe. Acho bom você voltar logo pra realidade e continuar a sua missão, porque se não vai ter o final que eu tanto espero - eu suspiro, e toda a minha felicidade se vai - Já entendi. Como conseguiu o número? - Não te interessa. E que tentativa ruim hein? Não da pra fugir de si mesmo, Nick - eu desligo na cara dele

A raiva me preenche e me guia ao ato de socar a parede. Encostado na parede eu tento me acalmar através da respiração, assim como a s/n me ensinou.

Volto pro quarto e aproveito os últimos momentos que poderia ter com ela antes de ter que machuca-lá, como dói pensar nisso...