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Acordo em minha cama, o cheiro familiar dos lençóis me reconforta. Claro que foi o tio Emmett que me trouxe até aqui, o que sempre faz com cuidado e carinho. As nuvens cinzentas se estendiam pelo céu como um cobertor macio, prometendo um dia preguiçoso e tranquilo. A leve garoa que batia na janela criava uma melodia suave, um ritmo constante que acalmava a mente.

Levanto-me devagar, sentindo a maciez do tapete sob meus pés descalços, e caminho até o banheiro. Abro a porta e sou envolvido pelo calor reconfortante que emana dos azulejos aquecidos. O vapor do banho já se insinua pelo ambiente, criando uma névoa acolhedora.

Ligo o chuveiro, ajustando a água até encontrar a temperatura perfeita, e deixo que o calor da água escorra pelo meu corpo, relaxando cada músculo tenso. O cheiro do sabonete de lavanda enche o ar, transportando-me para um campo florido e sereno. Fico ali por alguns minutos, apreciando o momento, sentindo-me revigorada e pronto para começar o dia.

Saio do banho, enrolando-me em uma toalha macia e quente, e me olho no espelho embaçado, vendo meu reflexo sorrir. A garoa lá fora continua sua canção delicada, e eu me sinto grata por esse início de dia tão tranquilo e reconfortante.

Até me lembra da cena com o lobo ontem

    “ Aí aí Amaya, só acontece com você essas coisas ” - penso

Ao sair do banho, envolta na toalha macia e quente, vejo minha mãe, Alice, sentada na minha cama. Seus olhos brilhantes refletem a luz suave que entra pela janela. Ao seu lado, uma mochila e uma mala colorida estão abertas, cheias de roupas cuidadosamente dobradas e alguns itens pessoais.

— Vai viajar? — pergunto, sentando-me ao seu lado, ainda com a toalha enrolada em torno de mim, a água escorrendo pelo meu pescoço e braços.

Alice sorri, um sorriso cheio de ternura e um toque de melancolia.

— Não, filha. Essa mala é para você ir para a casa da Bella, como combinamos ontem. — Sua voz é suave, mas firme, como sempre quando está cuidando de algo importante.

— Ah, é mesmo. — Digo, lembrando-me vagamente da conversa da noite anterior. — Sabe, eu sempre esqueço das coisas mais rápido do que deveria.

Ela ri levemente, balançando a cabeça.

— É por isso que estou aqui para te lembrar. — Ela faz uma pausa, observando minha expressão. — Vai ser divertido, você sabe como Bella adora te receber.

Olho para a mala, absorvendo a ideia. Uma sensação de antecipação começa a crescer em mim, misturada com um pouco de nervosismo.
  — Vai ser por quanto tempo? — pergunto, tentando calcular quantos dias de aventuras e risadas me aguardam. O sol da manhã brilha através das cortinas, lançando raios dourados pelo quarto.

Não sei, mas não será muito tempo — ela responde, um sorriso tímido cruzando seus lábios enquanto dobra a pilha de roupas recém-lavadas na cama. Seu olhar parece distante, perdido em lembranças de outras viagens.

Sorrio, sentindo uma onda de empolgação correr pelo meu corpo.

— Me ajuda a escolher uma roupa, mãe? — digo, pegando outra toalha e secando o cabelo molhado. A água goteja pela minha testa e desce pelo meu pescoço, formando pequenas poças no chão de madeira.

Sob a Lua de Lah Push |• Paul Lahote e Amaya Cullen Onde histórias criam vida. Descubra agora