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Não fale com ninguém, não olhe para nada You don't talk to no one, don't you look at nothin' Foque em mim, olhe nos meus olhos Focus on me, look into my eyes Chegue um pouco mais perto, deixe eu te dizer uma coisa Come a little closer, let me tell you somethin' Você não vai a lugar algum, porque você é meu You ain't goin' anywhere, 'cause you're mine
Dia 13 de 2023.
"Começou... há anos atrás", murmurei, minha voz um sussurro suave que ecoava no silêncio da sala. "Eu não... eu não consigo lembrar... exatamente como... como tudo começou. Mas... ele estava lá. Sempre lá."
A psicóloga observava-me atentamente, seus olhos expressando compreensão e empatia enquanto eu me entregava à confissão da minha obsessão por Soobin. Era como se eu estivesse finalmente abrindo as comportas de uma torrente de pensamentos e emoções reprimidos, permitindo que eles fluíssem livremente através das palavras.
"Eu... eu não sei o que... o que há de errado comigo", continuei, minha voz vacilando ligeiramente com a emoção contida. "Tudo... tudo o que eu faço, tudo o que eu penso... é sobre ele. Sobre Soobin."
Enquanto eu falava, podia sentir o peso da minha obsessão se tornando quase tangível ao meu redor, como se estivesse me sufocando lentamente. Era uma sensação avassaladora, uma mistura tumultuada de amor e ódio, desejo e repulsa, que parecia consumir cada fibra do meu ser.
"Eu... eu sei que não é normal", admiti com relutância, minha voz agora tremendo com a intensidade das minhas emoções. "Eu sei que... que isso está me deixando louca. Mas... eu não consigo parar. Eu não consigo... me libertar dele."
Com um suspiro resignado, abri os olhos e encarei a psicóloga à minha frente, buscando desesperadamente por alguma forma de alívio para o fardo da minha obsessão. Mas, mesmo enquanto falava, uma parte de mim sabia que Soobin continuaria a assombrar meus pensamentos e meus sonhos, uma presença constante que eu não podia escapar, não importava o quanto eu tentasse.
À medida que minha confissão avançava, eu sentia como se estivesse abrindo uma ferida antiga, expondo-a à luz implacável da verdade. E, à medida que falava, percebia cada vez mais a extensão assustadora da minha obsessão por Soobin, uma prisão invisível da qual eu não conseguia escapar.
Agora, a situação está piorando. Eu o vejo o tempo todo, em todos os lugares possíveis. Como um fantasma que me assombra incessantemente, Soobin está sempre lá, pairando sobre mim com sua presença. É como se cada sombra, cada movimento, cada batida do meu coração ecoasse o eco do nome dele.
Nossos caminhos se cruzam constantemente, embora ele nem sequer saiba da minha existência. Eu o vejo nos corredores, nos estúdios, nos ensaios. Ele está sempre lá, inacessível e distante, mas tão próximo que sinto como se pudesse tocá-lo se estendesse a mão.
