Pelas águas do Caríbe...
Às vezes estamos saturados de situações que se repetem constantemente em nossa rotina. Às vezes estamos cansados de viver sem emoções. Sem percebermos, levamos nossas vidas com tédio e culpamos o destino por não ter sido generoso conosco, mas será que a culpa é de quem, senão de nós mesmos! Somos frutos de nossas escolhas do passado, das decisões que escolhemos como melhores. Para Dulce María Sanchez a vida estava amarga e o maior culpado de tudo era seu marido, Icaro Hoffman, um arquiteto falido que tratava de a contrariar em todas suas decisões.
A elegante senhora olhou para o oceano a frente dos pares de olhos castanhos, fechou os olhos e sentiu a onda leve da onda de vento. Sentiu aos poucos os ares saindo com lentidão de seu pulmão -buscando uma maneira rápida de se acalmar.
__ Aquele homem é um imprestável!
Reclamou para a mulher morena que estava ao seu lado, Maite Perroni, sua melhor amiga de infância.
__Acalma-se, Dulce! Ele tinha que cuidar da mãe dele. -
Tentou acalmá-la, mas tampouco Dulce estava preocupada com as situações colaterais que levaram Icaro não estar presente no cruzeiro pela América Central, mas sim, o dinheiro e tempo que havia investido na viagem de comemoração de dez anos de casamento com o senhor Hoffman.
Ao acender sua cigarrilha, levou-a entre seus lábios, tragando a fumaça de seu cigarro.
__Sabe May, quando o conheci, Icaro era tão poderoso. -Fechou os olhos ao trazer as lembranças do passado em sua mente enquanto degustava do tabaco. __Era tão atraente, todas queriam ele, conquistá-lo me dava o maior tesão. -Afirmou com um sorriso largo em seu rosto e abriu os olhos novamente para encarar sua amiga __Depois da primeira traição dele nossa relação já havia se quebrado, mas só deixei de admirá-lo quando ele virou um qualquer, um covarde, um falido que precisou do meu dinheiro para pagar os empregados. Sem competência para administrar seu escritório, acabou virando meu mordomo. -Soltou gargalhadas sorrateiras relembrando do passado. __Quem diria não é mesmo? A esposa interesseira do grande senhor Hoffman ia o sustentá-lo?
Sua amiga não evitou rir da situação trágica da história profissional do grande arquiteto Icaro Hoffman no mercado de arquitetura.
A senhorita Perroni pegou duas taças de bebidas e entregou uma para a mulher elegante que tinha um sorriso presunçoso em seus lábios. Dulce pegou a taça com o drink e tocou a azeitona submersa no líquido transparente, levando-a para dentro de sua boca e engolindo-a.
__Um brinde aos seus dez anos de casamento, amiga! -Desejou levando sua taça próxima a da outra, para brindarem __Uma pena seu esposo não estar presente na viagem desta comemoração, mas eu estou, não é mesmo?
As duas mulheres caíram em uma intensa gargalhada, zombando da situação em que a senhora Sanchez encontrava-se.
__Estou à procura de algo interessante, espero que este navio esteja cheio de aventuras para me tirar do profundo tédio.
Afirmou com tons debochados seguindo para dentro do navio luxuoso e imenso. Estava ocorrendo, naquela primeira noite de cruzeiro, uma festa no terceiro andar e foi para onde as duas mulheres seguiram a convite dos gerentes do navio.
__Acho que podemos nos divertir.
Maite se aproximou e entregou sua taça já vazia para um dos garçons que passava e direcionou seu olhar para o homem de pele bronzeada que dançava na pista sem camisa, apenas com uma calça social preta e uma gravata aberta em torno de seu pescoço.
Dulce María revirou os olhos.
__Homens não! Estou farta de homens. -Soou e riu quando sua amiga foi chamada para dançar com o mesmo homem em que cativava com o olhar e a mesma se foi, deixando a mulher falando sozinha. __Ótima companheira de viagem. -Zombou da situação.
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A Dama -Portiñon
FanfictionEla nasceu para o poder, nasceu para liderar tudo e todos com a maior maestria possível. Ela é a dama do jogo, Anahí Portilla Montevideu, casada com William Montevideu, o gerente geral da Autos Corporation -uma empresa de peças automotivas no México...