Susurros Na Maré

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Oii! Tudo bom? Já estamos no terceiro capítulo, espero que gostem eu fiz com o coração!!

Boa leitura
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### Capítulo 3: Sussurros na Maré

O calor do meio-dia enchia as ruas de Arcania, enquanto Maya, Clear e Kess voltavam para a praça principal após sua intrigante visita à casa de Sofia. O mapa antigo, agora guardado na mochila de Maya, parecia pulsar com uma promessa de respostas. Cada detalhe da ilha ao seu redor parecia ganhar um novo significado sob a luz do mistério que estava desvendando.

À medida que caminhavam, Clear avistou uma figura familiar do outro lado da rua. “Olha, é o Blake!” ela exclamou, acenando com entusiasmo.

Maya revirou os olhos discretamente. Blake era um daqueles personagens que pareciam estar sempre no lugar errado na hora errada. Com 19 anos, ele era filho de um dos homens mais ricos da ilha e carregava consigo um ar de confiança exagerada que Maya achava insuportável. Além disso, ele tinha um histórico de flertes indiscriminados que não ajudava em sua reputação.

Blake se aproximou com um sorriso largo, o cabelo loiro perfeitamente arrumado e os olhos brilhando com uma curiosidade inquieta. “Oi, garotas! O que estão fazendo por aqui?” perguntou ele, o tom leve e despreocupado.

Kess cruzou os braços e respondeu com um olhar gélido. “Nada que te interesse, Blake.”

A animosidade entre os dois era palpável. Kess nunca havia perdoado Blake por ter ficado com sua ex-namorada na festa de aniversário de Clear no ano anterior. Blake, por sua vez, parecia indiferente à frieza de Kess, mantendo sua atitude despreocupada.

Clear, que sempre tentava ver o lado bom de todos, tentou suavizar a tensão. “Estamos apenas passeando, Blake. O que você tem feito?”

“Ah, nada de mais,” respondeu Blake, dando de ombros. “Acabei de voltar de uma viagem com meu pai. Ele me levou para ver algumas propriedades que estamos pensando em comprar. Coisas chatas de negócios, você sabe.”

Maya tentava não prestar atenção, mas a conversa parecia inevitavelmente se arrastar. Sua mente ainda estava fixada no mapa que Sofia havia mostrado. Ela estava ansiosa para estudar os detalhes e ver se conseguia encontrar alguma pista sobre o desaparecimento de seu avô.

Blake percebeu o desinteresse de Maya e, sempre pronto para uma nova provocação, perguntou: “E você, Maya? Ainda tentando desvendar o grande mistério do seu avô?”

Maya lançou-lhe um olhar fulminante. “Sim, Blake. E, ao contrário de você, estou realmente interessada em descobrir a verdade, não em fofocar sobre a vida dos outros.”

Blake riu, erguendo as mãos em um gesto de rendição. “Ei, só estava perguntando. Você parece sempre tão focada nisso. É bom ter uma paixão, eu acho.”

Clear, tentando mudar o assunto, sugeriu que fossem até a cafeteria próxima para tomar algo refrescante. Kess, ainda desconfiada de Blake, parecia relutante, mas acabou concordando.

Na cafeteria, eles se acomodaram em uma mesa perto da janela. Clear continuava tentando engajar Blake em uma conversa leve, enquanto Kess permanecia em silêncio, observando a cena com uma expressão impassível. Maya aproveitava a pausa para refletir sobre os acontecimentos do dia. A presença do mapa em sua mochila era um lembrete constante de que havia muito mais a ser descoberto.

“Então, Maya,” Blake interrompeu seus pensamentos. “Você tem algum plano de como vai resolver esse mistério? Ou é só uma caça ao tesouro sem rumo?”

Maya respirou fundo, tentando manter a calma. “Tenho algumas ideias, mas isso não é algo que vou discutir com você, Blake.”

“Relaxa, eu só estou curioso,” disse ele, com um sorriso que só aumentava a irritação de Maya. “Talvez eu possa ajudar. Sou bom em resolver problemas, sabe?”

Kess não conseguiu conter uma risada sarcástica. “Você? Resolver problemas? A única coisa em que você é bom é criar problemas.”

Blake fez uma expressão de falsa tristeza. “Ah, Kess, sempre tão dura comigo. Eu posso ser útil, sabe? Só porque tivemos nossos desentendimentos no passado, não significa que eu não possa ajudar.”

Clear, percebendo que a situação poderia sair do controle, interveio rapidamente. “Pessoal, vamos tentar relaxar um pouco, ok? Estamos todos aqui para nos divertir.”

A conversa esfriou um pouco depois disso, mas Maya continuava incomodada com a presença de Blake. Ele parecia sempre estar no centro das atenções, o que tornava difícil para ela se concentrar em seus próprios pensamentos e planos.

Quando finalmente deixaram a cafeteria, Maya sentiu um alívio ao se afastar da energia perturbadora de Blake. Clear parecia desapontada que ele não iria se juntar a eles para o resto do dia, mas Kess estava claramente aliviada.

Enquanto caminhavam de volta para a casa de Clear, Maya sentiu a necessidade de discutir o que havia descoberto com alguém em quem confiava. Assim que Blake se despediu, ela virou-se para as amigas. “Precisamos falar sobre o mapa que a Sofia me deu.”

Kess levantou uma sobrancelha, interessada. “Você acha que há algo lá? Algo que possa realmente nos levar a descobrir o que aconteceu com seu avô?”

“Não sei ainda,” respondeu Maya, puxando o mapa da mochila. “Mas vale a pena investigar. Há símbolos e anotações que nunca vi antes. Precisamos de um lugar tranquilo para estudar isso.”

Clear sorriu, animada. “Podemos ir para minha casa. Minha mãe está fora hoje, então teremos a casa toda para nós.”

Com um novo senso de propósito, as três amigas se dirigiram para a casa de Clear, prontas para desvendar mais uma peça do quebra-cabeça que era o desaparecimento de Delmo. A jornada de Maya estava apenas começando, e cada passo a levava mais perto das respostas que ela tanto desejava encontrar.

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Esse capítulo explora as tensões e dinâmicas entre os personagens, enquanto continua a aprofundar o mistério do avô de Maya.

Gostaram do Blake? Não se preocupem que ainda temos plots com ele

Caso tenha algum ereo ortográfico me avisem!!
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