Sem mais delongas leia!!!
_________________________________________Capítulo 4: Reflexos de um Segredo
O sol já estava começando a se pôr quando Maya, Clear e Kess chegaram à casa de Clear. A residência dos Byers era uma das mais impressionantes de Arcania, uma construção ampla com janelas grandes que permitiam a entrada de luz natural, cercada por um jardim exuberante. As amigas rapidamente se acomodaram na sala de estar, onde Clear espalhou alguns travesseiros e cobertores no chão para uma análise confortável do misterioso mapa.
Maya desenrolou cuidadosamente o mapa sobre a mesa de centro, alisando as bordas amassadas. As anotações e símbolos enigmáticos que cobriam o papel pareciam quase vibrar com uma energia própria. Kess aproximou-se, os braços cruzados, observando tudo com seu olhar atento e crítico. Clear, sempre cheia de energia, inclinou-se para mais perto, os olhos brilhando de curiosidade.
“Então, o que temos aqui?” Clear perguntou, estudando o mapa com um entusiasmo que parecia contagiar a todos.
“Não tenho certeza,” respondeu Maya, passando os dedos sobre o pergaminho. “Mas Sofia disse que meu avô Delmo acreditava que isso nos levaria a um lugar especial, talvez até ao lugar onde ele desapareceu.”
Kess soltou um suspiro suave. “Mas como vamos entender isso? Parece tudo escrito em um código ou algo assim.”
Maya mordeu o lábio, concentrada. As palavras no mapa eram um emaranhado confuso de letras que não faziam sentido à primeira vista. Ela tentou alinhar as letras de diferentes maneiras, mas nenhuma combinação parecia lógica.
Clear, observando mais de perto, notou algo no canto do mapa. “Espere um pouco,” disse ela, apontando para um pequeno desenho que quase passara despercebido. “Olhem isso, parece um espelho. E essas palavras aqui... estão escritas ao contrário!”
Maya e Kess inclinaram-se mais perto, tentando ver o que Clear havia notado. No canto inferior do mapa, havia um pequeno desenho de um espelho com uma palavra escrita de forma refletida. A excitação cresceu no rosto de Clear. “Precisamos de um espelho! Rápido, Kess, pegue um espelho!”
Kess correu até o corredor e voltou com um pequeno espelho de mão que encontrou em um dos quartos. Clear pegou o espelho e o posicionou cuidadosamente ao lado do mapa, alinhando-o com as palavras refletidas.
“Vamos ver se isso funciona,” murmurou Maya, enquanto as três amigas observavam atentamente.
À medida que Clear ajustava o espelho, as palavras começaram a tomar forma, refletindo-se corretamente no vidro. “Olhem só,” exclamou Clear. “Podemos ler isso agora!”
As letras que antes pareciam um emaranhado caótico agora formavam uma frase clara e nítida:
“Naquele mesmo lugar que a minha filha ia para brincar, nele irei descansar.”
Houve um silêncio momentâneo enquanto todas processavam o significado da mensagem. Maya foi a primeira a falar, sua mente girando com possibilidades. “A filha… isso deve ser minha mãe. Mas o que significa ‘o lugar onde ela brincava’? Onde seria isso?”
Clear e Kess trocaram olhares confusos. “Pode ser qualquer lugar,” disse Kess, tentando pensar em uma solução lógica. “Sua mãe deve ter tido muitos lugares onde ela brincava quando era criança.”
Maya estava perdida em pensamentos, tentando lembrar-se de todas as histórias que sua mãe contava sobre sua infância na ilha. Havia muitos lugares que ela mencionava com carinho, mas qual seria especial o suficiente para que Delmo quisesse descansar lá?
De repente, uma ideia surgiu na mente de Maya. Ela lembrou-se de uma antiga árvore de baobá, situada em um canto tranquilo da ilha, onde sua mãe costumava passar horas brincando quando era criança. O lugar tinha um significado especial para a família Nolvez, sempre mencionado em histórias familiares.
Sem dizer uma palavra, Maya se levantou de repente, a determinação brilhando em seus olhos. Ela pegou o mapa e correu em direção à porta, deixando Clear e Kess atônitas.
“Maya, onde você vai?” gritou Kess, tentando alcançá-la.
Mas Maya já estava longe, sua mente fixada na velha árvore de baobá. Se havia uma pista sobre o paradeiro de seu avô, ela estava convencida de que a encontraria lá. Cada passo que dava pelas ruas de Arcania a aproximava mais da verdade que tanto procurava.
Clear e Kess saíram correndo atrás de Maya, mas ela já estava à frente, movida por uma mistura de esperança e urgência. As luzes da cidade piscavam ao seu redor, enquanto ela corria em direção ao desconhecido, carregando o peso do passado e a esperança de um futuro com respostas.
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**Na Casa de Clear:**
Enquanto Maya corria, Clear e Kess ficaram para trás, tentando entender o que acabara de acontecer. “Devemos ir atrás dela?” perguntou Clear, preocupada.
“Sim, mas precisamos dar a ela algum espaço,” respondeu Kess, com um olhar pensativo. “Ela está lidando com muita coisa agora. Vamos dar a ela alguns minutos e depois a encontraremos na árvore de baobá. Sei onde fica.”
Clear concordou, embora a preocupação não tivesse deixado seu rosto. As duas amigas começaram a caminhar em direção à árvore de baobá, cada uma imersa em seus próprios pensamentos sobre o que a mensagem no mapa poderia significar.
**Na Corrida de Maya:**
Maya corria pelas ruas de Arcania, seu coração batendo rápido não só pelo esforço físico, mas também pela antecipação. A velha árvore de baobá sempre fora um lugar de conforto para sua mãe, um refúgio onde ela poderia escapar das preocupações do mundo. Se Delmo escolheu esse lugar para descansar, talvez tivesse um motivo profundo, algo que Maya estava determinada a descobrir.
**Chegada à Árvore de Baobá:**
Quando finalmente chegou à árvore, o céu estava tingido de tons de laranja e rosa do pôr do sol. A árvore de baobá erguia-se majestosamente contra o horizonte, suas raízes grossas e tronco robusto lembrando Maya das histórias de sua mãe. Ela se aproximou lentamente, sua respiração irregular enquanto tentava acalmar sua mente e focar no que procurava.
Maya começou a explorar a área ao redor da árvore, seus dedos deslizando sobre a casca áspera enquanto procurava por qualquer sinal ou marca que pudesse indicar onde seu avô havia descansado. Ela encontrou várias gravuras antigas e marcas esculpidas na madeira, mas nada que parecesse uma pista definitiva.
**Reencontro com Clear e Kess:**
Pouco depois, Clear e Kess chegaram, ofegantes mas aliviadas por ver Maya. “Encontrou alguma coisa?” perguntou Clear, sua voz cheia de expectativa.
Maya balançou a cabeça. “Não ainda, mas eu sinto que estamos perto. Preciso de ajuda para procurar mais a fundo.”
As três amigas começaram a explorar a área ao redor da árvore, examinando cada detalhe com cuidado. Kess, apesar de sua relutância inicial, envolveu-se profundamente na busca, suas habilidades de observação ajudando a identificar detalhes que poderiam passar despercebidos.
**Descoberta do Sinal:**
Finalmente, Clear encontrou algo. “Olhem aqui,” disse ela, apontando para uma pequena cavidade na base da árvore. Dentro, havia um pequeno pedaço de madeira esculpida, quase imperceptível para olhos destreinados.
Maya pegou a peça e a examinou sob a luz fraca do entardecer. Era uma miniatura esculpida de um navio, semelhante ao barco de Delmo. Seus olhos se encheram de lágrimas enquanto ela segurava o objeto, um sinal tangível de que seu avô realmente havia estado ali.
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Esse capítulo expande a história, explorando as emoções e ações das personagens enquanto tentam decifrar o mistério.
Bom eu deixei esse capítulo maior, por enquanto eu não irei lançar o quinto capítulo. Eu irei esperar a história atingir alguns expectadores!!
Obrigada por ler!
Qualquer erro de escrita me desculpem!
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𝙑𝙚𝙡𝙚𝙞𝙧𝙤-
Mystery / ThrillerSinopse : --- *Veleiro* Maya sempre viveu com seus pais em uma tranquila ilha, cercada pelo mistério do desaparecimento de seu avô Delmo, um grande navegador que partiu em uma jornada pelo mar e nunca mais retornou. Desde então, a ilha carrega o pes...