— Você está pronta —
Me viro para porta e observo Sai com suas malas já prontas nas mãos— sim,estou sim —
Desço as escadas com minhas malas e absorvo cada última energia positiva que eu ainda não tenha contaminado com meu luto, observo os mínimos detalhes da casa em que cresci e lembro a cada degrau que descia de uma lembrança feliz, a casa já estava toda vazia sem nenhuma mobília como chegamos aqui quando eu tinha 4 anos e Sai 5
—May eles chegaram—
Eles ?
Saio para fora e me lembro,os compradores da casa,Sai estava entregando as chaves da casa para eles
E vendo os adentrar a casa, olho para Sai e caio na real que aquilo não era um pesadelo e sim a realidade
——————————————————Na prontona do avião eu olho para a janela,
— sabe qual a pior parte do luto?—olho para Sai
—como?—
— o luto dói mas oque mais machuca é o luto em meio a mudanças forçadas—
Sai segura minha mão. E volto a admirar a paisagem a fora pelo menos nela ainda a vida
——————————————————
Fui acordada pelo aviso dado pelo piloto— May chegamos —
Meus olhos se abrem instantaneamente e me levanto junto com Sai do meu assento, ao sair do aeroporto pegamos um metrô, e saindo do mesmo consigo ver e admirar a beleza da cidade natal de minha mãe, tudo era tão harmônico e mesmo sendo uma cidade urbanizada ainda consegui sentir um ar puro, talvez aquele lugar não seja tão ruimParamos de caminhar em frente a uma casa grande porém aparentava ser antiga e
— MAYINA E SAI , não acredito — uma senhora muito parecida com minha mãe sai da casa, ela vem em direção ao meu irmão e aperta suas bochechas e faz o mesmo comigo, em um piscar de olhos ela nos puxa para um abraço
— Vocês cresceram tanto—
Ela passa uma das mãos sobre meu cabelo e me olha com compaixão e pena
— vamos entrar crianças—
— crianças desse tamanho Amélia ? Hahaha — uma voz fina, nova no ambiente faz eu olhar por cima do ombro da senhora na minha frente, uma outra senhora estava sentada em uma mesa farta, ela tinha traços delicados como minha mãe e seus olhos são como os meus azuis como cristal
—bom dia Mayina e Sai, sejam bem vindos —
Entramos na casa onde os pisos eram revestidos de madeira pura, e a decoração era modesta e aconchegante.
Olhei para sai pela primeira vez desde que fomos abordados pela senhora
— essas são tia Amelie e —
— Celestina, sente-se queridos-
— depois conversamos— assinto para meu irmão --- podem comer a vontade meninos, depois vamos mostrar os seus quartos --
-- voces cresceram tanto desde a ultima vez que os vi ---
--- foi a muito tempo atras, lembra celestina eu e voce brigamos para dar o primeiro banho em Mayina --- arqueio as sombracelhas e frazo a testa tenho tantas perguntas
--- desculpe mas eu nao tenho lembranças das senhoras--- indago
--- a mais e claro querida ultima vez em que te vi voce tinha 4 anos , mesmo que acho estranho voce nao ter nenhuma memoria do passado -- Celestina se pronuncia
--- Mayina eu e Celestina somos suas tias de primeiro grau irmas de sua mae , voce cresceu aqui, ate sua mae se mudar, depois disso nao tivemos nenhum contato --- Amelie me explica
--- ate que a uns 3 dias atras Sai nos ligou e nos contou da tragedia-- Celestina suspira levemente e sinto dor na sua voz, - celestina eu te entendo - penso comigo mesma, e bebo um pouco do meu suco, e respiro fundo para não me derramar em lágrimas, por trás de toda a minha franqueza nem eu esperava que eu fosse tão sensível.
Um silêncio constrangedor ficou na mesa;
— bom... chega de falar disso né, queridos venham vou mostrar o quarto de vocês — ela se levanta, e automaticamente eu me levanto, ela caminha ate uma escadaria eu nem tinha percebido a presença de um segunda andar, subimos os degraus e Amélia abre a primeira porta a nossa frente, — esse é o banheiro da casa— que banheiro chique pensei comigo mesma —
Ela anda para o lado e abre uma porta — esse é seu quarto Mayina, ele tem a melhor visão da casa — quando eu adentro o quarto deixo as minhas malas no chão, e fico com a boca entre aberta, o meu quarto era enorme, as paredes eram brancas com apenas uma delas cor de rosa bebê, a cama de casal era posta escorada na parede rosa, e tinha um recamier tipo baú branco em frente da cama, e no lado esquerdo do quarto ao lado da cama tinha um criado mudo com uma luminária em cima , como o resto da casa o piso era de madeira porém era coberto com um tapete rosa que ocupava o quarto todo, tinha uma penteadeira branca com várias joias e um espelho com lâmpadas;
— essas joias eram da sua mãe quando tinha a sua idade — pego as joias na minha mão e eram de prata e ouro puro uma mais linda que a outra, olho para o canto direito do quarto e tinha uma janela enorme com cortinas rosas e dourado, quando abro a janela vejo uma vista urbana linda, mas tinha uma casa parecida com a nossa e uma janela como a minha frente a frente, me viro para tia Amélia e agradeço, ela fala para eu me acomodar e arrumas minhas coisa e ela ia mostrar o quarto do Sai.
Quando ela sai do quarto relaxo naquela cama aconchegante e começo a arrumar minha roupas no guarda-roupa que também estava no quarto.Depois que termino de arrumar minhas roupas, me sento diante da penteadeira, e seguro na mão umas da joias da minha mãe, são tô chiques e luxuosas super a cara dela, eu me pareço muito com ela as pessoas sempre me falam isso, eu me sinto muito grata e feliz quando ouço isso, tinha um perfume na penteadeira ao colocá-lo na pele automaticamente sinto o cheiro o mesmo cheiro que minha mãe tinha, isso me desbloqueia tantas memórias...
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Recomeços . ( Neji)
Roman d'amourMayina encara as dificuldades da vida após , sem escolhas ou oportunidades ela é obrigada pelo destino a viver uma vida diferente, novos amigos, novas emoções Em meio aos desesperos e corridas contra o tempo May vai encontrar sentido ou um motivo p...