02 ── Back to magic.

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Eu estava completamente fascinada pela luminária com neve dentro, a mesma que minha mãe me deu antes de nos abandonar

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Eu estava completamente fascinada pela luminária com neve dentro, a mesma que minha mãe me deu antes de nos abandonar.

Enquanto eu fixava o olhar no objeto circular, pensava no mágico que havia visto no parque abandonado. Também me perguntava se deveria voltar ao local, já que tinha sido um convite do próprio mágico.

"Venha me visitar sempre que precisar. Este lugar pode ser abandonado, mas a magia nunca abandona aqueles que acreditam nela." Eu lembrava vagamente dessa frase; não entendia o porquê, mas havia algo nela que me dava vontade de voltar ao parque.

Olhei para minhas duas irmãs mais novas e vi como ambas dormiam tranquilamente. Levantei-me, peguei meu casaco e fui direto para o parque.

Após algum tempo, atravessei os portões enferrujados, deparando-me com um gato assustado que passou correndo por mim.

Comecei a andar pelo parque, sem sentir a presença do mágico estranho que havia visto antes. Via apenas brinquedos enferrujados e parados, que não deviam funcionar há meses ou até anos.

Quando estava prestes a sair do parque, ouvi um barulho vindo do carrossel, que começou a se mover, levando consigo os cavalinhos subindo e descendo.

E em um desses cavalinhos, lá estava ele, o mágico estranho.

— Obrigado por aceitar meu convite.

O mágico se apoiou no cavalo de brinquedo e se jogou para o lado, abrindo os braços. Ele pulou do brinquedo e começou a andar na minha direção.

— Agora vou recompensá-la com um lindo... show de mágica.

O homem tirou o chapéu e se curvou diante de mim. Ele se aproximou com passos longos e rápidos, o que me deixou assustada pela sua aproximação inesperada.

── Tenho certeza de que a senhorita só voltou aqui porque eu a encantei com minha magia.

De fato, havia algo nesse parque que me fez querer voltar, mas não era apenas o parque.

Ficamos alguns segundos apenas nos olhando, até que algo desviou minha atenção do rosto dele: bolhas de sabão surgiram ao nosso redor.

O mágico pegou uma bolha e a transformou em uma pequena bola. Ao soprá-la, fez com que várias bolhas de sabão saíssem de dentro dela.

Fiquei estática, apenas observando algumas bolhas vindo até mim, o que me fez levantar o dedo para tocá-las, estourando-as.

Um pequeno sorriso se formou em meus lábios, e quando virei o olhar para o mágico, percebi que ele também sorria para mim.

Após algum tempo, as bolhas começaram a estourar sozinhas no ar. Quando todas as bolhas desapareceram, olhei para o mágico que se aproximava ainda mais.

── Isto é uma recompensa por você ter voltado por vontade própria. ── O mágico tirou uma nota de 50 mil. ──

Quando eu ia tentar pegar a nota, ele a desviou de mim, deixando claro que não seria tão simples.

── Não tão rápido, senhorita. O show ainda não acabou ── Ele disse, segurando a nota com as duas mãos em frente ao rosto. ──

O mágico passou a mão pelo dinheiro, transformando-o em um papel em branco.

Será que ele já estragou a mágica? Pensei.

── Tcharam.

Fiz uma cara de tédio, como se não tivesse gostado da mágica.

── Qual é a graça de fazer dinheiro desaparecer, não é mesmo? ── Ele disse. ── Então... que tal isso?! ── Ele estalou os dedos, fazendo o dinheiro reaparecer.

── Annara sumanara. ── Ao dizer isso, vi que a nota de 50 mil havia duplicado.

── O quê? ── Perguntei, chocada, alternando o olhar entre o dinheiro e o mágico.

── Pronto, pode pegar. ── Ele me estendeu as duas notas.

Fiquei receosa, mas ele, ao perceber, pegou minha mão e colocou as duas notas nela. Minha respiração ficou acelerada ao sentir seu toque quente.

Me assustei ao vê-lo se agachar diante de mim, mas relaxei ao perceber que ele estava amarrando meu cadarço solto.

── É bom amarrar seus sapatos bem apertado.

Ele se levantou depois de amarrar meu sapato e começou a encarar meu rosto. Eu estava sem coragem de encará-lo, então fixei o olhar no chão.

Ele levou a mão ao meu queixo, levantando-o, fazendo com que eu o olhasse.

── Olhe para a frente, seu rosto é muito bonito para não ser visto. ── Ele disse, tirando meu cabelo do rosto.

Não tive coragem de dizer nada, então apenas dei um sorriso mínimo e saí andando, sentindo o olhar do mágico sobre mim.

Não tive coragem de dizer nada, então apenas dei um sorriso mínimo e saí andando, sentindo o olhar do mágico sobre mim

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── Vamos comer, meninas ── digo, entregando os pratos de comida para minhas duas irmãs.

── Obrigada! ── exclamam as duas.

── Ouçam, daqui pra frente, sempre deixem espaço para o jantar, mesmo que o almoço seja muito gostoso. ── digo.

Elas concordam com a cabeça e logo começam a comer.

── Ye-ji.

── Sim?

── Agora nós somos... ricas? ── Yoo-yi diz brincalhona, olhando para uma pilha de sacolas, sinalizando que fiz compras, o que era muito raro.

Eu ri, concordando com a cabeça.

Eu ri, concordando com a cabeça

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