Capítulo 1

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-- Cara

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-- Cara. – Suspiro cansado já. O infeliz nem aguenta mais e ainda se faz de forte. – Vamos lá. É como um mais um, que dá? – Encaro o informante na minha frente. Ele somente chora. – Qualé, cara. Não é tão difícil. – Reviro os olhos e limpo minha mão na roupa dele. – Exatamente, dá dois. Uma conta fácil. Se você me contar morre rápido, se não, morre lentamente e dolorosamente. Entendeu? –Ele somente resmunga e tenta se soltar. – Você entendeu, Pedro? – Me viro para o meu segurança.

-- Sim, meu senhor. – Confirma abaixando a cabeça.

-- Acha que ele entendeu? – Volto a minha atenção ao homem a minha frente.

-- Pelo que parece, não. – Sorri de lado.

-- Também acho. – Bufo.

Pego a faca que estava na coxa dele e puxo com força, ouvindo ele resmungar de dor. Aproximo a faca da blusa dele e corto no meio.

Jogo longe a faca, vou até uma das mesas e pego o alicate dourado. Me aproximo do informante, arranco o pano e o mesmo começa a mexer a cabeça negando.

-- Por favor ... – Levo o alicate até o bico do peito, giro três vezes e puxo de uma vez só. – AAAHH..—Solto o bico sorrindo.

Vou para o outro e faço o mesmo, ficando de olho nele se contorcendo de dor. Sua dor era a minha dor... Minha garganta está seca de tanto dá risada.

-- Coloquem ele no alto. – Dou as costas e vou até a mesa. Pego o chicote com ferros na ponta.

Isso me traz ótimas lembranças.

Bato três vezes no chão antes de bater os ferros nas costas do homem. Seus gritos, gemidos, choro, são músicas para meus ouvidos. Pego meu cigarro e começo a fumar.

Uma, duas, três ....  Na décima, ele desmaia. Sua boca pálida mostra o sangue escorrendo, assim como o seu nariz.

Mortinho, mortinho ....

-- Mandem o corpo para a família. – Mando.

-- Mas, senhor? Ele não falou aonde está a carga e .... – Dou risada.

-- Acha mesmo que não ia saber aonde está a minha carga? Sou Samuel Vasconcelos. Claro que sei aonde minhas coisas estão. – Dou tapinhas no rosto dele ainda rindo.

Limpo minha mão no terno dele e sorrio para o mesmo. Saio do meu galpão e vou até o meu carro.

Depois de tudo aquilo que aconteceu, Nathaniel foi morar com a Lina em uma casa um pouco afastada. Ele continua o mesmo. Começou a comandar a máfia italiana por aqui, aquele desgraçado transformou aquilo em uma fortaleza.

Lina definitivamente é a dona da máfia africana. Ela anda um pouco distante, ainda sofre pela perca.

-- Senhor? – Volto a minha atenção ao meu segurança no banco a minha frente.

-- Diga. –

-- ... Dona Heloa, ela está no hospital. – Fala um pouco receoso.

Aperto minhas mãos em punho, respiro fundo e sinto minha garganta seca. Sem dizer nada, ele fala com o outro ir para o hospital.

O estado da mamãe está piorando, a gravidez é de risco. Cada vez mais a imagem da minha mãe morrendo se faz presente em meus pensamentos. Marcos não sai de perto por nada, mesmo ela xingando ele para ir para casa.

Ela está no sexto mês. Seus cabelos já estão começando a cair, o que fez ela chorar para caralho. Tio Otávio está aqui, até rapou o cabelo para incentiva-la a fazer o mesmo e não se sentir sozinha. O que fez ela rir, tanto que chega a chama-lo de ‘’cabeça de pica’’.  Até os meus seguranças fizeram isso, estão tudo com a cabeça raspada, fizeram até um corte na sobrancelha.

(....)

Assim que chego no hospital, entro direto e vou para o quarto que mamãe estava e suspiro antes de poder entrar.

Minha mãe estava dormindo, meu pai sentado do lado dela e nathaniel na poltrona quase dormindo. Soube que ele chegou hoje de manhã, por volta das 7 horas. Agora são nove e cinquenta.

-- Como ela está? – Pergunto me jogando no sofá.

-- Viva. – Ouço a voz dela. E a mesma abre os olhos.

-- Mãe! – Nathaniel a repreende, enquanto dou risada. – Não tem graça, Samuel. – Paro de rir e reviro os olhos.

-- Errado, meu caro, você, não vê graça. – Bufo.

Me levanto do sofá e vou para o outro lado da cama, me sento e deito ao lado dela.  Encosto meu rosto no pescoço dela. Sua mão vai até meu cabelo e começa a fazer carinho.

-- Você está com o mesmo cheiro que o seu pai tinha. – Fala fazendo careta.

-- Não uso perfume de velho. – Ouço um resmungo.

-- Não estou falando de perfume. – Levanto a cabeça e vejo ela olhando para o teto. – Cheiro de sangue. – Fala e sorri sem humor.

-- Desculpa, mãe. Eu ... – Me corta.

-- Não peça desculpa. Essa é a vida que você sempre quis ... Só quero que vocês três sejam felizes e ... –

-- Não começa a vir com esse papinho idiota de despedida. – Reclamo bravo.

Ela dá risada, mas vejo uma lagrima descer nos olhos dela. Com uma certa dificuldade, até mesmo por conta da barriga, ela se senta.

-- Estou cada vez mais fraca .... Minha respiração está um cu ... Os médico a cada dez minuto vem me verificar e.. – Sorri de lado se calando.

-- Mãe, a senhora irá ficar bem. – Nathaniel fala e se senta do outro lado.

-- Só nessas situações para vocês dois não implicar um com o outro. – Olha para nós dois.

-- É porque eu sou bonito e ele tem inveja de eu. – Faço bico.

-- Coitado de você. – Diz revirando os olhos.

-- Amor? – Marcos levanta a cabeça e olha para ela. – Quem você acha mais ... – Seu sorriso morre, dando lugar a uma careta.

Ela empurra de leve o meu irmão que sai da cama e ela se inclina vomitando no chão. Marcos se levanta e aperta um botão vermelho a ajudando se arrumar na cama. A porta do quarto é aberta e por ela, um médico e dois enfermeiros entram.

-- Os senhores terão que se afastar. – O médico se aproxima e começa a examinar a barriga dela primeiro. Aperto minhas mãos em puxo.

Deveriam examinar é minha mãe.

Vejo o olhar da mamãe em mim, mas não dou importância e continuo encarando eles. Ela sabe o que eu penso sobre a gravidez dela.

Com isso, está deixando ela mais doente e fraca, já que os remédios do tratamento são fortes e isso poderia prejudicar o feto. Por isso que a situação dela está tão de risco. Ela não está tendo o tratamento.

-- Pare de olhar assim para ela. – Nathaniel fala ao meu lado todo sério. – Você não tem que a jugar de nada. A bebê é dela e se a mesma quer ela, isso é com ela e nosso pai. Não se intrometa. – Somente fico quieto para nós dois não começar a discutir.

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Começando....

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