Um mafioso perverso
Uma hacker sedutora
Um mafioso que só pensa em se divertir e matar os outros. Que acaba conhecendo a nossa lua em uma guerra contra um inimigo comum.
Duas pessoas diferentes, mas com o mesmo senso de humor e pensamentos.
Dois...
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-- Quero essas informações aqui, agora. E pelo bem de vocês, que estejam certos dessa vez. - Falo digitando no meu computador.
Mas que desgraça! O que esses merdas estão fazendo aqui? Como conseguiram interceptar a minha mercadoria.
Tinha recebido uma mensagem hoje quando estava com a minha nega delicia. Meus homens me informando que a polícia parou a minha carga e a prendeu.
Assim que ela foi embora, me arrumei e vim para o meu escritório, desde então estou aqui dentro. A porta do meu escritório é aberta e por ela, meu braço direito entra um pouco nervoso.
-- Senhor.. - Antes dele terminar de falar, o capo russo entra e balança a mão o dispensando, mas Jack continua e se senta na cadeira a minha frente.
Bom garoto.
-- Capo Ivan. O que devo a sua ilustre visita? - Pergunto me arrumando na cadeira. Detesto esse cara. Meu pai era aliado do pai dele, e querendo ou não, eu acabei sendo aliado dele também. Claro que estou arrumando um jeito de acabar com isso, mas é mais difícil quando a aliança é feita com sangue.
-- Precisamos nos unir. - Fala se sentando ao lado do Jack.
-- Não já somos? - Pergunto zombando.
-- Você sabe que eu estou me envolvendo com o tráfico humano e ... - O corto.
-- Você o que? - O encaro. - Aquela merda é de criança. - Praticamente rosno.
-- É, é, eu sei disso. - Revira os olhos. - Máfias estão se juntando para pode me atacar e.. -
-- O que eu tenho haver com isso? - Sorrio de lado.
-- Você é meu aliado, tem que se unir comigo. Sabe muito bem que temos um pac ...-
-- Não irei te ajudar nessa. - Falo seriamente. - São crianças inocentes, seu merda! --Ele somente sorri e pega o celular.
-- Sabe, capo Oliver? Nós mafiosos somos frios, porque foi assim que fomos treinados para ser, mas, nos tornamos fracos quando começamos a amar. - O encaro um pouco confuso.
-- Do que está falando? - Sinto minha garganta seca.
Ele se levanta, arruma o palito e dá de ombros. Assim que se vira, ouço algo chegar no meu notebook mas deixo de lado por um tempo.
-- Pense no que eu falei, capo Oliver. -
-- Já dei a minha resposta. - Falo decidido. A nega me mata se eu me envolver em algo assim.
-- Que pena. - Me olha por cima do ombro. - Pena mesmo, é da lua Sanchez. - Sai antes de falar algo para ele.
-- Tire esse verme do meu território. - Falo pegando meu celular.
-- Sim, senhor. - Aperto no número da lua, mas cai na caixa postal as duas vezes que tento.
Sinto um aperto no peito, vou para levantar, mas meu notebook apita de novo e sem paciência, olho e vejo que chegou algo no e-mail. Assim que abro o mesmo, vejo que é um vídeo.
Aperto para dá play e na imagem, aparece a lua conversando com um homem. Ela logo se levanta e se aproxima da janela, na direção que o vídeo estava sendo gravado. O homem se aproxima dela com um sorriso malicioso, mas não tendo tempo da resposta dela, já que a mesma olha na direção que estava sendo filmada, seu passo para trás mostra que estava preparada para correr e quando ela menos espera.. Tudo explode.
Sinto minha perna fraquejar, minha boca secar mais ainda e minha garganta coçar. Olha a filmagem sem acreditar. Pego novamente o meu celular e tento ligar para ela, mas a mesma não atende e cai na caixa postal.
-- Senho.. -
-- Preparem o jato. - Mando ainda olhando aquilo.
-- Mas, senhor.. -
-- AGORA, PORRA! - Bato na mesa nervoso.
Me levanto e vou na direção das escadas e subo as mesmas, indo para o meu quarto e vou no closet, arrumo somente algumas peças que irei usar e duas armas. Paro por uns estantes, sentindo meu peito arder pela falta de ar que começo a sentir.
Sei que foi aquele maldito! Ele irá me pagar por mexer com ela.
Assim que termino, desço novamente e saio de casa, entro no carro que já estava há minha espera e o Jack começa a dirigir o mais rápido possível até o aeroporto.
Por favor, esteja bem.
(...)
Depois de horas no jatinho, finalmente saio dele e entro no carro que aluguei. Mando Jack ir para o hospital que ela estava. Conseguir falar com o irmão dela e ele me informou o hospital. Ele não me falou nada do estado dela, só disse que entrou na sala de cirurgia faz umas três horas e nada de um médico vim falar com ele.
-- Senhor? - Suspiro. - Se me permite.. -
-- Não, Jack. Eu não permito. - Falo nervoso.
Batuco meus dedos na porta do carro e espero calmamente chegar no hospital. Assim que o carro para, desço dele e praticamente corro para a recepção.
-- Lua Sanchez. - Falo para a mulher que ali estava.
-- O senhor é o que dá paciente? - Me encara.
--Noivo. -- Digo rápido. Estou com pressa.
-- Os outros familiares da paciente estão no decimo a.. - Saio de lá e vou até o elevador.
Aperto o número do andar e espero o elevador subir, o que não demora tanto. No final do corredor, vejo o irmão dela.
-- Você é Oliver Oscar? - O irmão dela me encara de cima para baixo.
-- E você é o irmão dela? - Faço o mesmo que ele. Respiro fundo e deixo de lado isso. - Como ela está? - Prendo meu cabelo.
-- Ninguém veio falar nada. - Diz frustrado. - Não sabemos ainda o que aconteceu e.. -
-- Foi o russo. - Ele me olha. - Ele estava comigo e queria que eu me juntasse a ele já que outros mafiosos estão se juntando para deter ele. Mas não aceitei e ele fez isso com ela. Fui minha culpa. -
-- Não tinha o que você.. - Ele se cala assim que um médico aparece a nossa frente. - Como a minha irmã está? -
-- A lua teve uma costela quebrada, uma pancada na cabeça. Tivemos que fazer uma cirurgia não só por conta da costela, mas sim, porque tinha um vidro alojado na parte inferior da direita do abdômen. Ela perdeu uma boa quantidade de sangue, mas já recebeu doação. - Fala arrumando seus óculos.
-- Podemos ir vê ela? - Pergunto.
-- Claro. Ela está no quarto 160, decimo primeiro andar. - Saio de lá sem esperar ninguém.
Tenho que ver ela com meus próprios olhos, ou não vou sossegar.
Assim que o elevador para no andar, vejo um homem loiro entrando em um quarto, mas não dou atenção e procuro o que estava procurando. É o mesmo quarto que aquele cara tinha entrado.
Assim que abro a porta, vejo o mesmo cara ao lado da lua que estava com os olhos meios abertos, parecia grogue ainda.
