O ESQUECIMENTO FATAL

A VISITA INESPERADA

Alô, alô! Quem é?
Falo levantando da cadeira muito rápido, sinto minha respiração faltar, minhas mãos começam a tremer, quase deixando o meu celular cair. Sinto-me gelada, um vento entra em meu corpo até ver tudo preto, só até ouvir a Irina gritar.

_MABELLL

Acordo em um lugar um pouco escuro, tem um abajur enorme do meu lado desligado. Olho para os outros lados e vejo Irina babada, confesso que ri dessa cena um pouco. Tento levantar minha cabeça, mas logo sinto uma dor insuportável.

_Uhm

_Ei, você acordou.
Diz Irina.

_O que aconteceu, onde estou?

_ Na enfermaria. Você recebeu uma ligação e, quando levantou, desmaiou e bateu a cabeça na quina da mesa.
Diz Irina.

_Agora eu entendi da dor de cabeça insuportável.
Tento deixar a minha cabeça o mais confortável possível.

_O que aconteceu no telefonema, Mabel?
Irina me pergunta curiosa.

_Uma pessoa me ligou, me chamando de um apelido de infância.

_Um familiar talvez?

_Não, a única pessoa que sabia desse apelido era o meu pai, nem minha própria mãe sabia disso.

_Será que foi ele, o Matteo?

_Não tenho muita certeza. - digo.

_Acho melhor você descansar um pouco. Tchau, beijos.

_Tchau, vou só dormir um pouco.

Irina vai embora, acho que ela ficou tempo demais aqui. Bom, agora eu tenho que descobrir como e quem descobriu meu nome de infância e também como descobriram meu nome. O Matteo não iria se importar, mas com uma menina que o dopou e apontou uma arma para ele, a própria arma, aliás. Acabo dormindo com os meus pensamentos.

_Acordo com uma moça aplicando soro na minha veia.

_Olá, menina, você acordou. Tem uma visita para a senhorita.

_Que visita?

_Um moço disse que é um conhecido.

_Ah, deve ser o Felipe, mande ele entrar, por favor. Me ajeito, arrumo meu cabelo.

_Oi, Felipe.
Falo quando vejo a porta abrindo, ainda sem olhar para a porta.

_Tudo bem, abelhinha.