Pov Ana Carolina;
A noite daquele sábado era gelada, ela passava devagar e a cada segundo eu me sentia pior. Estava no jardim da minha casa. A casa que construímos juntas e que ela deixou para trás sem pensar duas vezes.
Minha história com Anne é antiga. Nos conhecemos por amigos em comum oito anos atrás. Nos encantamos uma pela outra no primeiro instante e desde então, na minha vida, não existiu um dia sequer em que não estive apaixonada por ela.
Eu tinha certeza que também era o maior amor da minha esposa e que nossa família era suficiente para manter sua felicidade. Mas eu estava enganada.
Depois que Helena e Marcelo dormiram, alheios a toda a situação de hoje, eu peguei uma taça e meu melhor vinho. Pretendendo levantar da cadeira apenas quando meus filhos precisassem de mim.
Dois anos depois
Pov Priscila Daroit;
- Foi a última vez, Priscila! Eu não aguento mais chamar sua atenção para essa situação. Você já tem 22 anos, acha que isso é futuro? Eu mal te vejo durante a semana por causa dessa merda de faculdade e desse negócio que você vai. - minha mãe gritava em alto e bom som na sala de casa.
- Teatro, mãe.
- Não importa o nome! Os fins de semana eu não tenho nem notícias suas. Ao menos gostaria de saber se vai chegar viva ou morta!
- Mãe, pelo amor de Deus. Que horror.
Meu pai estava em uma poltrona, em silêncio. Seu silêncio indicava muitas coisas que eu já conhecia.
- Filha, eu quero seu bem. Não vê que as coisas que anda fazendo te fazem mal?
- Mãe, foi só uma festa. E hoje é domingo.
- Uma festa? Dez, quinze, cinquenta festas né Priscila. Você passa mais tempo na rua do que em casa. Eu nunca sei onde ou como você está, garota!
- Tá, tudo bem. A senhora tá certa. Desculpa. - ela respirou fundo, olhou para o meu pai e depois pra mim.
Me encaminhei quase que correndo até a escada que dava para o andar do meu quarto.
- Priscila...
Era meu pai dessa vez. Ele me olhava frio. Em movimentos lentos se apoiou com os braços sob a poltrona e se levantou vindo até mim.
- Não dá mais para continuar assim. Eu quero que você ocupe a sua cabeça.
- Minha cabeça já está bem ocupada, pai. Obrigada.
- Estudar sobre besteiras e passar horas em um palco não é uma ocupação descente. Você vai arrumar um emprego até a próxima segunda.
- O que? Para que eu preciso de um emprego?
- Para ter o que fazer e parar de sair assim, deixando sua mãe preocupada sem dormir.
Meu pai estava... calmo?
- Pai, não. Sem chances. Os estudos e o teatro ocupam muito meu tempo. E nós nem precisamos...
- Então eu te tiro da faculdade de artes e paro de pagar a mensalidade desse teatro caríssimo que você tanto ama.
- Meu Deus, isso é sério?
- São os meus termos, Priscila. Já te apoiei demais nessa besteira que você chama de carreira e você só me retribui com desgosto. Segunda-feira.
Ele se virou indo em direção a cozinha e minha mão não se atreveu a abrir a boca.
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Bem vindos a mais uma darolana, sou viciada nelas e tive uma ideia diferente de fanfic dessa vez. Me contem o que estão achando <33.
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Minha Babá - Darolana
FanfictionCarolina precisa de uma babá para cuidar dos seus filhos, Priscila precisa de um emprego ou terá que abrir mão dos seus sonhos na arte. História original minha. ___ #1 - pridaroit (27.08.24)