capítulo 7

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Pov Narrador;

Ana Carolina passou a tarde tendo reuniões, era um dos dias que a fazia pensar o porquê trabalhava administrando uma empresa tão grande e tão problemática. Quando chegou em casa encontrou uma cena que aliviou seu corpo e mente por completo. Helena estava correndo ao redor do sofá grande da sala enquanto Priscila tinha Marcelo em seu colo, fingindo estar tentando acompanhar a menina, os três gargalhavam com a brincadeira. Helena por não estar sendo pega, Marcelo pelo momento de rodopios e animação da irmã, e Priscila pela simples felicidade que sentia ao lado daquelas crianças. Carol entrou tão cuidadosa que nenhum dos três percebeu sua presença, dando a ela alguns segundos de admiração que inundaram seu coração por completo.

- Vocês vão se machucar, Carolina! - Anne gritou descendo a enorme escada enquanto Carol e Helena corriam ao redor do sofá, a mais velha tentando ou fingindo tentar acompanhar a filha.

Carol pegou Helena no colo a girando no ar algumas vezes, a menina ria alto. Marcelo, ainda um bebê de três mêses, dormia tranquilo em seu chiqueirinho ao lado de onde elas estavam.

- Vem brincar com a gente, mamãe. - Anne não resistiu ao pedido da garotinha e praticamente se jogou em cima das duas, deixando em selar suave nos lábios da esposa e tomando a filha no colo para brincarem também.

- Mãe? Tá tudo bem? - Helena e Priscila encaravam Carol com uma certa preocupação. - Não vimos você chegando.

- Acabei de chegar, Lena... Vou subir para tomar um banho. Já jantaram, Pri? - a dor de cabeça de Carolina havia voltado e pior depois da lembrança que tiverá.

- Sim, achei que não voltaria cedo.

- Tudo bem. Desço logo. - ela subiu as escadas não dando tempo para que nenhuma das duas falasse mais nada.

- Ela tá bem, Pri?

- Não sei pequena. Acho que sim.

Os minutos se passaram logo e Marcelo já estava demonstrando sinais de sono, Priscila resolveu levá-lo para o quarto e o menino dormiu pouquíssimo tempo depois. Helena, já independe, como ela gostava de dizer, estava lutando contra o sono para falar com a mãe.

- Porque você não vai até lá? - Priscila havia acabado de sair do quarto de Marcelo quando se deparou com Ana Helena parada em frente a porta fechada do quarto de Carol. - Bate na porta, Lena. Chama ela para te dar boa noite.

- Não precisa, já vou dormir. - Helena saiu correndo para o próprio quarto, a babá obviamente a seguiu.

- Ei, meu amorzinho. O que você tem? - abaixada na altura da cama da menina, Priscila perguntou da forma mais cuidadosa e carinhosa que conseguiu. Helena agora tinha os olhos vermelhos pelo sono e tentativa de segurar o choro. Seu corpo inteiro encolhido no colchão.

- Queria que ela me colocasse para dormir, Pri. - a voz baixa e embargada pelo nó na garganta.

- Espere aqui, vou chama-lá...

- NÃO.

- Helena, é a sua mãe. Você não tem que ter medo de chamar ela quando precisa.

- Não tenho medo, eu só não preciso. Não chama ela, por favor, vou ficar com raiva de você se chamar.

- Mas você acabou de dizer que quer ela.

- Não quero mais. Não chama. - uma lágrima solidária escorreu pelas bochechas rosadas da menina. Pri a secou com o polegar deixando um beijo em sua testa.

- Tem certeza que não precisa mesmo? Tô vendo seus olhinhos vermelhos.

- São de sono. Apaga a luz para mim?

Minha Babá - DarolanaOnde histórias criam vida. Descubra agora