Capítulo 1

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Os sinos de Andorra ecoam por toda cidade, a guerra estava ganha e uma nova era seria erguida. Ainda se podia ouvir os gritos dos inocentes, choros de crianças desesperada, era o que Harry temia, lembranças que ficariam na cabeça de um jovem príncipe.

Após a guerra ter terminado Harry se sentia desolado por ter feito parte dessa catástrofe, mas como seu pai falava ele iria ser rei logo, e reis deveriam enfrentar batalhas de cabeça erguida. O povo aclamava pelo nome do grande herói, queriam agradecer por terem livrados de todo os ogros, mas o que eles menos desconfiam estava prestes a começar. Bardok, o rei dos ogros não havia morrido, e ele agora estava com sede de sangue e iria botar um fim nessa história

ao chegar da grande batalha com a vitória nas mãos, me deparo com meu povo gritando pelo meu nome, afinal eu havia acabado com os ogros. Ao entrar no castelo vou direto ver meu pai na sala do trono.

— Vossa majestade, como é bom ver o senhor novamente.

— Harry meu filho, que bom ter você de volta e vejo que nos trouxe uma Vitória — seu sorriso esbanjava orgulho

—Claro meu pai, Andorra nunca perdeu uma batalha e não será agora que perderá— digo firme por que sei que não posso mostrar qualquer sinal de tristeza

— Estou orgulhoso de você meu filho, e agora sei que você está preparado para se tornar rei, agora vá por vestes limpas, descanse que mais tarde haverá um banquete em sua homenagem, não é todo dia que você volta de uma batalha. por um minuto pude ver o quanto meu pai estava orgulhoso de mim e até que eu estava feliz por mim também, mas tenho medo do que ele pode fazer comigo depois de descobrir o que realmente aconteceu nos campos de batalha.

— Pai isso não é necessário, devemos investir dinheiro na cidade, melhorar as condições de vida dos aldeões. além disso nossos soldados estão acamados, precisamos de mais poder militar, nunca vamos saber quanto teremos outra guerra. — Ele me interrompe com um pigarro, obviamente não está interessado no povo.

— Harry quantas vezes eu já te disse que isso cabe a mim e não a você, quando você for rei faça do seu jeito, e chega desses assuntos por hoje, agora vá e se lave para mais tarde. - diz meu pai com seriedade e dando a direção da saída. - Sim senhor.

Dou de costa para o meu pai, nunca vi uma mudança de humor tão rápida quanto a dele, quando minha mãe era viva ele era tão bom para o povo, mas depois da morte dela algo nele mudou.

Enquanto eu pensava em se tornar rei, algo do outro lado do reino estava diferente.
Bardok, o rei dos ogros, planejava uma vingança. Foi então que teve a grande ideia de mandar o seu filho, Cassius, para orquestrar as suas ideais. Cassius não era igual o seu pai, tinha uma aparência de humano, mas tinha uma grande força, uma força que poderia ser até maior que a do seu pai.

Cassius puxou a forma humana da sua mãe, uma ninfa que acabou morrendo na hora do parto e por esse fato teve que viver com o seu pai, onde aprendeu a ser um grande lutador e ser um homem duro.

- Meu filho, está quase na hora de executarmos nosso plano, você está preparado? - meu pai, Bardok, me olha profundamente, com uma sobrancelha erguida.

- Estou mais preparado que antes, quero que todos eles paguem pelos nossos exércitos -Nosso plano será executado essa noite. - Mas, por que essa noite?

- Essa noite será o baile de homenagem para o príncipe que acabou com o nosso reino.

- E o que exatamente o senhor quer que eu faça? - Logo você saberá, aguarde as minhas instruções.

Enquanto isso em Andorra os preparativos para o baile estavam indo trabalhando intensamente. Harry não sabia para que tudo isso, ele desconfiava que não seria só um baile e sim uma apresentação para as princesas de todo o reino. Se tinha uma coisa que Harry mais odiava que baile eram as princesas, ele sentia-se confuso não tinha assunto, não tinha a menor vontade de ficar com elas, talvez ele fosse estranho. Quando finalmente estava tudo pronto era hora do grande baile...

Visão do Harry

Quando eu olho a hora vejo que já são 19:00 e começo a arrumar-me. Boto um lindo terno azul com dourado, presente do meu pai, até que ele tem um bom gosto, e finalmente chegou a grande hora. Saio do meu quarto, indo em direção ao salão de festa e foi nesse momento que vi que me tornei alguém digno, um príncipe. Então ergo a minha cabeça e entro no salão e foi aí que...

-Senhoras e senhores, apresento a vocês o príncipe Harry Williams Após o anúncio paro de frente a todos presentes no saguão, que aplaudiam com a minha presença. - Venha meu filho quero-lhe apresentar alguns amigos.

- Sim senhor! Meu pai me guia até um grupo de senhores bem arrumados, já tinha visto alguns rostos dali

- Cavalheiros a vossa atenção. Naquele momento vi que o meu pai era um homem muito respeitado, porque assim que ele pediu a atenção de todos, os senhores logo se calaram e olharam para a minha pessoa. Foi quando o general Nicolau, pai de Elliot, veio cumprimentar-me.

- Olha aí o grande Harry. - General, como vai? E nossas tropas? - Todos nós vamos bem, meu príncipe

- E cadê o Elliot? -Saiu com uma dama logo no início da festa.

-Olha ele sempre indo com sede ao pote. Todos no grupo deram gargalhadas, em seguida veio um homem com uma dama nos seus braços na minha direção tinha algo no rosto daquela dama que fez questionar se ela estava bem

- Olá príncipe, chamo-me Pietro, mas todos me conhecem como Calaf e essa aqui é a minha filha - o homem começou.

- A minha graça vossa majestade. - A mulher se inclinou em minha direção.

-Não precisa me chamar assim, pode me chamar de Harry. - Se o senhor deseja. Fico ali alguns minutos conversando com aquela dama nada atraente, mas os seus conhecimentos eram muito importantes para a nossa sociedade.

- Com a licença de todos, vou tomar um pouco de ar.

- Sim, meu senhor, Saio dali. Aquela conversa já estava me deixando louco não aguentava mais aqueles assuntos sobre guerra, eles achavam que tudo se conquistava na luta e não na diplomacia.

Quando chego no jardim vejo Elliot sentado bebendo, mas não vejo a sua companhia

- Elliot? O que faz aqui fora?

- Não queria entrar sozinho, vossa majestade.

- Mas seu pai disse que você estava acompanhado de uma dama, e pare de chamar-me assim.

- Sim, mas eu a dispensei, majestade.

- Por que você insiste em chamar-me assim?

- O jeito que você fica depois que eu te chamo assim deixa-me feliz.

-Como assim?

- Vai falar que você nunca percebeu o quanto eu fico mexido ao seu lado?

-E... Elliot - gaguejei - olhe para trás.

- Eu não quero olhar para trás eu quero olhar para você.

Meu querido inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora