Como a primeira vez

CAPÍTULO DEZ

Amoresss, quanta demora não é, capitulo difícil de sair mas já está aqui só um recadinho : eu não sou perita em diagnósticos, nem pesquisei à fio e como manda o figurino na vida real, isso é um ficção, não condiz exatamente com a realidade... obrigada pela compreensão de vocês e beijinhooos :* não esqueçam das estrelinhas e comentem bastante que me ajuda a continuar com a história <3

MATHEUS

"Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos [...]" _ Clarice Lispector

Não acredito, ela realmente acordou, os sentimentos que invadem meu peito estrondam em minha alma, trazendo-me vida novamente, sinto-me preenchido, renovado, algo tão bom, que tenho vontade gritar, de pegá-la no colo, e sentir que está tudo bem, tudo vai voltar ao normal e poderemos continuar de onde paramos, mas a situação infelizmente não permite...

- Princesa, você finalmente acordou, mal posso acreditar - Ela me direciona um olhar confuso, o que me deixa preocupado, visualiza o quarto todo, como se procurasse alguém. - calma, eu vou chamar o doutor para vir vê-la.

Rapidamente grito no corredor para uma enfermeira simpática, que sai rindo de mim em busca do médico.

Volto para o quarto e vejo Júlia olhando os lírios que trouxe para ela, e fico admirando-a, como o seu rosto, iluminado pela fraca luz do sol que invade o quarto pelas frestas da janela e da cortina que a cobre, pode ser tão lindo, mesmo com um curativo acima de seu supercílio, e dois pequenos pontos na altura de seu queixo, um pouco mais pálida do que de costume, mas mesmo assim, não sei se posso dize com toda essa posse, mas ela é minha Júlia, ao menos essa posse me foi dada naquele beijo cheio de sentimentos ocultos e promessas à serem cumpridas, os raios alcançam seu belos olhar, esse que me fez uma falta enorme em meu coração, que agora me trás um sentimento de alegria e finalmente uma paz que só ela pode me oferecer.

O médico então chega por detrás de mim sem que eu perceba e leva sua mão em meu ombro.

- Conheço esse seu olhar meu jovem, um amor assim deve ser realmente apreciado... - Ele diz e me pede licença para examiná-la.

Saio e vou até a maternidade do hospital, vejo crianças dormindo, umas em incubadoras outras em berços, com fitinhas nos bracinhos, azuis, rosas, vermelhos, verdes, é incrível a forma que dormem, a forma que outras mechem devagar suas perninhas, choram, tão serenas, seguras, inocentes do mundo que as cercam e as esperam la fora, então flash's passam por minha cabeça meu passado conturbado e remoto, àquele que deixei para trás, mas que mesmo assim insiste em ser presente em minha memória...

"- por favor Mateus, eu preciso fazer isso, essa criança não virá em um bom momento, veja, olhe para mim, não posso cuidar de uma criança agora...

- Não importa eu estou aqui do teu lado, não pode e nem vou deixa-la fazer isso!

[passos, e arrombam a porta]

- vem aqui agora sua prostituta de uma figa, tu já tá de novo com esse moleque?

- deixa ela em paz dandão!