Um Golpe Da Sorte MG&JYH

Capítulo 10 - Baile de Inverno.

● Jeong Yunho;

– Eu não aceito isso!! – exclamou Wooyoung, após perder no truco novamente. – Detesto esse jogo maldito.

– Aceita bem, você é um perdedor mais uma vez  – disse Seonghwa rindo, embaralhando as cartas novamente.

– Cala boca, eu ganhei de você no pif! – mostrou a língua, cruzando os braços como uma criança.

– Aceita que perdeu garoto – falei rindo, negando com a cabeça, enquanto voltava minha atenção ao meu namorado, que me mostrava algo no celular. – Que isso?

– É um filhote de papagaio! Ele está pra adoção, ninguém quer ele por ter uma asa faltando. – percebi a tristeza em sua última fala, me aproximei da tela e vi um adorável bichinho se mexendo.

– Tadinho, parece ser uma gracinha – murmurei e ele concordou, voltando a deitar a cabeça em meu ombro, me fazendo entrelaçar uma de nossas mãos. – Onde é esse centro de adoção?

– É lá em Busan, fica perto daquele salão de festas que eu te falei mais cedo – assenti, encostando minha própria cabeça na dele. – Tô morrendo de frio.

– Cadê sua blusa de frio? – perguntei.

– Deixei na sala, achei que fosse dar sol hoje – falou, se encolhendo mais para perto de mim.

– Vou buscar pra você então, espera ai. – fiz menção a me levantar, mas ele segurou meu braço.

– Não, não precisa – falou, voltando a deitar sobre meu ombro, me fazendo estranhar sua atitude por um instante. – Me abraça?

   Mesmo confuso, o abraçei sem pensar duas vezes. Beijei seu cabelo e o apertei, vendo ele largar o celular e se enfiar mais nos meus braços, como um gatinho grudado em sua mãe.

– Quer me falar alguma coisa? – perguntei baixinho, acariciando suas costas, sentindo ele brincar com os fiozinhos da minha calça.  – Você parece ansioso hoje.

– Eu tô com vergonha... – confessou, escondendo o rosto no meu peito.

– Quer ir pra outro lugar? Você sabe que não precisa disso – falei, o acariciando. Ele assentiu e levantou o rosto, me puxando pela mão enquanto pedia licença pros garotos avisando que logo estaríamos de volta.

   Fomos até a sala de aula, que sempre está vazia nos intervalos. Quando chegamos lá, Mingi se sentou em cima da própria carteira enquanto eu me aproximei dele, apoiando minhas mãos em sua cintura, o incentivando a falar.

– Eu... Bom, eu pensei muito sobre o que aconteceu semana passada e eu queria te perguntar uma coisa. – falou coçando a nuca, em um tom sério mas envergonhado ao mesmo tempo. – Você ficou chateado por que eu não transei com você?

– O que? – perguntei incrédulo, não acreditando que ele me fez essa pergunta.

– Eu queria, de verdade. Mas, você precisava descansar e eu fiquei com medo de doer na hora e eu... eu ainda sou virgem, eu quero que seja um momento especial e eu fiquei com medo de estragar tudo então eu queria saber se você ficou chateado, porque eu senti você diferente comigo, eu não fiz por mal eu só me senti nervoso e não consegui fa-

– Mingi, eu não quero só transar com você, que merda?! – exclamei, percebendo que ele esfregava as mãos em próprio nervosismo. Me afastei um pouco dele, o olhando. – Que tipo de pessoa você acha que eu sou? Eu fiquei com tesão sim, mas eu não fiquei triste porque não fizemos sexo!

– Calma, eu só te perguntei...

– Mas que pergunta fodida foi essa? Acha que o que, tô namorando com você só pra te comer? Porra! – gritei.