Homecoming [BNHA x OC]

Capítulo I: Bakatsuki

— Vão embora! 

O vilão gritou, a pleno pulmões. Ele estava surtando.

Aoi suspirou. Por causa do surto daquele vilão idiota, iria se atrasar para a sua aula – não que fosse uma boa aluna, só não queria levar mais uma advertência e ter que leva-la ao seu pai.

Mas, bem, ela já surtou diversas vezes, mas até agora não tinha feito nada para atrasar todas as pessoas na sua frente.

— Pelo menos eu tenho uma desculpa por esse atraso. — murmurou, para ninguém em especial.

Nesse momento, Kamui Woods, o herói de madeira, pulou pela cabeça dos civis que assistiam ao surto daquele vilão. Todos foram a loucura quando o herói o prendeu com sua individualidade.

— Mostre-nos seu melhor golpe, homem árvore! — um senhor com guelras, que estava ao seu lado gritou. 

Para a infelicidade do herói, uma outra pessoa resolveu se intrometer: uma mulher enorme, que Aoi não reconhecia, entrou em cena, chutando o vilão e fazendo-o ir ao chão, desacordado. 

Roubou toda a cena de Kamui Woods. 

— Esse vilão combinou bem com a minha estréia oficial. — a mulher falou, sorrindo. — Sou a Mount. Lady. É um prazer abundante conhecê-los.

Vários repórteres apareceram, enquanto a multidão ia ao delírio. 

Aoi não era fã de heróis. Dizia ela que não acompanhava-os nem nada do tipo, mas não resistiu. Tinha esse hábito desde que aquilo aconteceu. Pegou o caderno simples de capa azul que sempre estava em sua mochila e começou a rabiscar.

Fez um esboço simples da Mount Lady e começou a notar a sua análise sobre a nova heroína. Suas análises não eram tão boas quanto a de seu amigo, mas ela sempre tentava dar o deu melhor.

— Gigantificamento… — murmurou baixinho, enquanto escrevia. — É uma habilidade boa para chamar a atenção da população em geral. Mas também será bastante limitado, a não ser...

— Você está fazendo anotações? — o mesmo senhor de antes falou. — Pretende se tornar herói, é? Legal! Boa sorte, garota!

Aoi não respondeu nada. Apenas baixou os ombros e, em seguida, fez uma reverência.

Entenda, a menina não tinha pretensão de se tornar heroína nem nada do tipo. Quando era pequena – criança – talvez esse fosse o seu sonho: montar uma agência de heróis, ao lado de Izuku.

Mas já não podia mais fazer isso.

Agora, ela só tinha aquele hábito estranho de anotar sobre os heróis em um caderno antigo. Caderno este que tinha anotações não só dela, mas os desenhos e letras de seu herói favorito, Izuku Midoriya.

Aquele caderno era uma herança que havia recebido meses antes, como o último presente de alguém que ela não conseguiu salvar.

Como podia virar uma heroína se ela não conseguiu salvar a pessoa mais importante de sua vida?