☀︎︎ 𝒮𝔢𝔰𝔱𝔞 ℱ𝔢𝔦𝔯𝔞 ─ PT 3 ☀︎︎

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Nunca deixem ninguém fazer suas cabeças, vocês vão se arrepender.

Olho para a casa gigantesca repleta de luzes e pessoas se pegando atrás dos arbustos.

Se não soubesse que isso é uma festa, meu primeiro palpite seria que isso é um cabaré.

Sinto um tapa no meu ombro e indignado olho pra aquele no qual sei muito bem que distribuiu o tapa em meu ombro.

─ Porra, Gwen... Oque foi isso?! ─ Sinto outro, provavelmente por conta do xingamento ─ Isso dói! ─ Me afasto levemente da mesma com a mão no ombro.

─ Finney, de verdade, tira essa cara do rosto e deixa de pensar que isso foi um erro, convivo com você a quinze anos e sei muito bem que é isso que você tá achando só por sua expressão.─ suspiro, até porque errada ela não tá ─ Você tem que aprender a viver a vida, Finn.. ─  Nesse tempo Donna andava ao nosso lado, não falava nada, mas parecia bem empolgada nem reparando em nosso papo agora. ─ Você já é um quase adulto, depois que a adolescência terminar só vai vir responsabilidade pra cima de você, vai por mim, entra naquela casa, acha alguma garota e se diverte, não pensa muito...

Não sei, as vezes Gwen conseguia ser mais madura que eu algumas vezes, mesmo com seus quinze anos.

Ela olha pro lado e vê Donna andando com um pouco mais de presa, ela olha novamente pra mim.

─ Pensa no que eu disse, e.... Não morre até eu te encontrar de novo. ─  Ela ri e da um tapinha em meu ombro e corre até Donna, franzo o cenho.

─  Mas.. Gwen! Pra onde 'cê tá indo?! Oh... Gwen!...─  tento chamar sua atenção mas a mesma já estava longe.

Me sentia meio inseguro em andar sozinho, por conta da minha altura e físico, andar sozinho só me fazia se sentir mais desconfortável. Pra mim alguém repararia em mim e pensaria coisas maldosas ou iriam cochichar entre seus amigos

"olha aquele garoto, parece um graveto", como já aconteceu incontáveis vezes.

Mas bem, eu sou Finney Blake, quem diabos repararia em mim no meio de tanta gente? Parece até piada.

Meus pés se dirigiam para dentro da casa, pois ficar parado no meio da grama não era algo muito satisfatório de ficar se fazendo por um certo período de tempo.

Uma hora iam achar que eu era um doido perdido por aqui.

Caralho... Tinha gente a beça na casa, era quase como uma verdadeira boate.

Não que eu já tenha ido em uma, mas boate é meio que um salão de festa enorme com várias pessoas dançando, não é?

A maioria das pessoas ali eram gente da escola, cada passo que eu dava eu tinha que desviar de alguém pra não ser arrastado.

Em algumas partes da casa o chão estava molhado, provavelmente por pessoas terem derramado bebidas, as garotas se vestiam semi nuas, usando o sutiã como se fosse um top, e um short extremamente curto, aquilo nem poderia se considerar um short, e os meninos ou estavam com as camisetas abertas ou sem nada na parte de cima.

Não é querendo dizer nada, mas ver uns se esfregando nos outros de forma dessa forma sexual era meio nojento.

Andando um pouco, finalmente vejo a atração da festa. Karen, a loira tão conhecida na escola por ter quase todos os meninos apaixonados por ela, mas sei lá, não diria apaixonados, apenas sentem desejo por ela.

Eu me sentia incrivelmente decente vestindo aquela roupa que se baseava em uma camiseta larga e uma calça cargo bem velhinha. Karen atraia grande parte da atenção por estar em cima da mesa com um copo de bebida, ela pulava, dançava e cantava. Provavelmente já bêbada.

Acampamento de verão - RinneyOnde histórias criam vida. Descubra agora